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Crise hídrica: governo solicita estudos para reter água em reservatórios

O CMSE também deliberou pela ampliação no fornecimento de energia elétrica por meio de usinas termelétricas a óleo diesel e gás natural.

Por Da Redação

Crise hídrica: governo solicita estudos para reter água em reservatóriosCemig/Divulgação

Embora Salvador seja castigada nos últimos dias pela chuva, as regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste do país sofrem com a escassez de água. E, não à toa, o governo sinalizou preocupação com o abastecimento de energia no período de chuvas do próximo ano.


Em reunião nesta última quarta-feira (4/8), o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) solicitou a realização de estudos sobre manter medidas para preservar mais água nos reservatórios de hidrelétricas no período úmido e a respeito das condições de atendimento eletroenergético na transição do período seco para o período de chuvas em 2021, para o fornecimento em 2022.


Em nota divulgada na noite desta última quarta, o Ministério de Minas e Energia (MME) informou que, durante a reunião, foi solicitada a "realização de estudos que se façam necessários relativos à permanência de flexibilizações hidráulicas nas usinas hidrelétricas Jupiá e Porto Primavera no próximo período úmido, entre os meses de dezembro de 2021 e abril de 2022".


Caberá ao Operador Nacional do Sistema (ONS) e à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) analisar as condições de atendimento eletroenérgetico na transição para o período de chuvas.


O CMSE também deliberou pela ampliação no fornecimento de energia elétrica por meio de usinas termelétricas a óleo diesel e gás natural. Segundo a pasta, o colegiado indicou a disponibilização de um terceiro navio regaseificador, no terminal de regaseificação de Pecém, no Ceará, para possibilitar o fornecimento de gás natural para usinas térmicas.


Também foi discutida a autorização para a flexibilização da operação do Sistema Interligado Nacional (SIN), de modo a ampliar o intercâmbio entre os subsistemas, "para aproveitar os excedentes energéticos regionais".


As ações adicionais, segundo a pasta, visam o enfrentamento da "desafiadora conjuntura atual, com vistas a preservar os usos da água, mantendo, portanto, a governabilidade das cascatas hidráulicas, e garantir o suprimento de energia elétrica aos consumidores brasileiros".


O ONS também informou o início das ofertas de geração de energia elétrica de usinas termoelétricas sem contratos. "Dessa maneira, dá-se efetividade às diretrizes construídas com vistas ao aumento das disponibilidades energéticas do SIN, recursos que serão essenciais ao longo dos anos 2021 e 2022", diz a nota.


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