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Com foco na costa da Ilha de Itaparica, tremor de terra é sentido no Recôncavo Baiano

A magnitude preliminar do abalo sísmico, segundo o LabSis/UFRN, foi calculada em 2.2 mR. Não houve relatos de moradores da região que confirmem se foi possível sentir o tremor de terra.

Por Da Redação

Com foco na costa da Ilha de Itaparica, tremor de terra é sentido no Recôncavo BaianoCréditos da foto: reprodulção/Tripadvisor

Um tremor de terra com foco próximo à costa da Ilha de Itaparica foi sentido no Recôncavo da Bahia, na madrugada desta quarta-feira (17/7). O evento foi registrado, por volta de 0h30 (horário de Brasília), pelo Laboratório Sismológico da UFRN.


A magnitude preliminar do abalo sísmico, segundo o LabSis/UFRN, foi calculada em 2.2 mR. Não houve relatos de moradores da região que confirmem se foi possível sentir o tremor de terra.


[caption id="attachment_355779" align="aligncenter" width="582"] Divulgação: LabSis/UFRN[/caption]

Antes desta ocorrência, o último evento sísmico registrado na Bahia, havia sido no dia 15 de julho, no município de Jacobina, quando um tremor de magnitude aproximada em 1.8 mR abalou a região.


PREOCUPAÇÃO NA ILHA


A ocorrência de um evento desta natureza, em proximidades da Iha de Itaparica, desperta a atenção para a situação intrigante de uma formação erosiva, em 2018, na Vila de Matarandiba, no município de Vera Cruz.


Neste local, uma imensa cratera se formou, deixando moradores da região preocupados. O processo erosivo foi, à época, relacionado a um processo de extração de salgema, realizado, nos anos 1980, pela empresa Down Química.


[caption id="attachment_355809" align="aligncenter" width="700"] Foto: divulgação/Down Química[/caption]

Sobre a situação, a empresa tem posicionamento em seu site oficial, dando conta que desde que aconteceu o fenômeno, em uma área remota e de mata fechada, a Down Química, seguindo sua política de transparência e segurança, comunicou, de forma imediata, as autoridades e a comunidade e adotou uma série de medidas para acompanhamento da situação e garantia de segurança para todos.


De acordo com a publicação do site, foram realizados estudos nos seguintes segmentos: eletrorresistividade, Geomecânicos (fases I e II), Radar de Penetração de Solo, Sísmico de Reflexão Superficial, Sísmico Profundo 3D, e ERM. Todos eles, segundo a empresa, concluíram que tanto a Vila quanto as operações da Dow estriam seguras.


Observa-se, porém, que o Estudo Geomecânico (fase II) aponta que "a formação do vazio de superfície pode ser atribuída à combinação de dois fatores: características tectônicas regionais, ou seja, a presença de pequenas fraturas e fissuras geológicas, e o antigo modelo de extração de sal-gema nos poços desativados na década de 1980. Os dois fatores combinados, junto com percolação impulsionada por pressão, podem ter causado o fenômeno geológico".


Procurada pela reportagem do Aratu On, por e-mail, para saber se, por conta do evento sísmico recente, a empresa tem informações sobre eventuais relações/alterações com a região da Vila de Matarandiba, a assessoria de comunicação da Down Química respondeu que "os monitoramentos contínuos realizados pela Dow na ilha de Matarandiba não identificaram tremores".


Segundo a empresa, "a Dow utiliza tecnologias de ponta, que fornecem informações em tempo real sobre os movimentos do solo na ilha de Matarandiba e que são capazes de antecipar qualquer evento que possa colocar a comunidade e seus funcionários em risco". Depois, listou as tecnologias:


- o Dados de satélite de alta precisão - Essa tecnologia permite monitorar e recuperar a história do movimento do solo em toda a região da ilha com precisão milimétrica. Esse monitoramento permite identificar qualquer variação no solo da região. Em operação desde 26 de junho de 2018, sem alterações identificadas;


- o Microssísmico - microssensores instalados para monitorar continuamente qualquer movimento ou possibilidade de novos eventos geológicos na região. A capacidade de cobertura de cada equipamento atinge um raio de 4 km, o que significa que o conjunto de equipamentos cobre toda a ilha de Matarandiba. Sistema em operação desde agosto de 2018, sem atividade anormal do solo identificada até o momento;
- o Câmera – capta imagens do sinkhole 24 horas por dia monitoradas a partir de uma sala de controle;
- o Drone – capta imagens para verificação de estabilidade do sinkhole

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