Cesta básica ficou mais cara em Salvador no mês de agosto; aumento é de quase 20% em relação a 2019

A cesta básica apresentou alta durante o mês de agosto, segundo a pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) divulgada nesta sexta-feira (4/9). O estudo apontou que as compras ficaram 0,84% mais caras do que julho, e 19,38% a mais do que agosto do ano anterior. 

A variação registrada no ano já atinge 16,15%. Segundo o órgão, oito produtos foram os "vilões" do aumento de preço: banana (18,87%), leite integral e óleo de soja (10,21% cada), pão francês (9,78%), arroz (9,05%), carne bovina de primeira (7,40%) café em pó (2,31%) e manteiga (0,26%).

Por outro lado, quatro produtos registraram redução de preço médio em relação a julho. São eles: tomate (-21,75%), feijão carioquinha (-15,82%), farinha de mandioca (-8,22%) e açúcar cristal (-3,33%).

O DIEESE calcula, ainda, que um profissional assalariado precisa de uma jornada de 88 horas e 9 minutos de trabalho para conseguir comprar uma cesta básica. Utilizando o salário mínimo, uma pessoa adulta gastaria 43,32% do seu rendimento mensal nos alimentos.

Além de Salvador, outras 12 capitais analisadas pelo órgão registraram aumento no preço, enquanto em quatro delas as compras saíram mais baratas que o mês anterior. Com base na cesta mais cara, que, em agosto, foi a de São Paulo (R$ 539,95), o DIEESE estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 4.536,12, o que corresponde a 4,34 vezes o mínimo vigente de R$ 1.045,00. O tempo médio de horas trabalhadas para adquirir os produtos da cesta, em agosto, foi de 99 horas e 24 minutos, maior do que em julho, quando ficou em 98 horas e 13 minutos.

Desde 18 de março, devido à pandemia do coronavírus, o DIEESE suspendeu a coleta presencial de preços. Agora, a consulta tem sido feita nos estabelecimentos que fazem parte da amostra regular da pesquisa por telefone, e-mail, consultas na internet e em aplicativos de entrega. 

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