Caso Vitória: vestígios de sangue são encontrados em possível cativeiro

A casa em que os vestígios foram encontrados pertence a Maicol dos Santos, único suspeito preso

12/03/2025 09h00

Peritos encontraram vestígios de sangue no banheiro da casa onde a polícia acredita que Vitória Regina de Souza, de 17 anos, foi mantida em cativeiro antes de ser assassinada, em Cajamar, em São Paulo. Durante as diligências, uma pá e uma enxada foram recolhidas perto do local onde o corpo da jovem foi abandonado e devem passar por perícia.

A casa em que os vestígios foram encontrados pertence a Maicol Antonio Sales dos Santos, único suspeito preso até o momento. Vitória desapareceu no dia 26 de fevereiro, quando retornava do trabalho para casa. O corpo da vítima foi encontrado uma semana depois, em um matagal da cidade, com sinais de tortura.

Na segunda-feira (10), uma primeira perícia foi realizada com a ajuda de um cão farejador em busca de vestígios de sangue, embora a residência tenha sido lavada. Nesta terça-feira (11), a perícia foi complementada com o uso de um drone e um scanner 3D, apesar da falta de preservação adequada da residência.

Durante as diligências, uma pá e uma enxada foram recolhidas perto do local onde o corpo da jovem foi abandonado. | Foto: Arquivo Pessoal

A polícia solicitou a prisão temporária de Gustavo Vinicius de Moraes Santos, ex-namorado de Vitória, e Daniel Lucas Pereira, mas a Justiça negou o pedido por falta de provas.

Maicol Antonio Sales dos Santos permanece preso por 30 dias após mentir no depoimento à polícia, conforme decisão judicial. Vestígios de sangue também foram encontrados no porta-malas do carro do suspeito e serão analisados para identificação de DNA.

Os celulares dos suspeitos começaram a ser examinados nesta terça-feira (11), e a polícia afirmou que já há indícios sobre o planejamento do crime.

Mudança de advogado

Maicol Antonio Sales dos Santos, o principal suspeito no caso da morte de Vitória Regina, está preso e, em carta escrita à mão, afirmou ter trocado o advogado de defesa.

A Polícia Civil de São Paulo apontou contradições no depoimento de Maicol, o que motivou sua detenção. Inicialmente, ele se apresentou como testemunha e afirmou estar em casa com a esposa no dia do crime, mas essa versão foi desmentida pelo depoimento da companheira. O carro de Maicol, um Corolla prata, foi visto na região onde o corpo de Vitória foi encontrado. A polícia investiga se o veículo foi utilizado no sequestro da jovem.

A defesa anterior alegou que a prisão era desnecessária, argumentando que Maicol tinha emprego fixo e colaborava com as investigações. No entanto, a Justiça manteve a prisão temporária do suspeito por 30 dias.