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Caso Davi Fiúza: quase oito anos após desaparecimento, primeira audiência com testemunhas acontece

Começa nesta quarta-feira a audiência com as testemunhas de acusação do caso. A expectativa dos famíliares de Davi é que, ainda tardiamente, a justiça seja feita.

Por Da Redação

Caso Davi Fiúza: quase oito anos após desaparecimento, primeira audiência com testemunhas acontece Créditos da foto: acervo pessoal


Após sete anos e dez meses de apreensão e angústia, a família do jovem Davi Fiúza, desaparecido em outubro de 2014, vê a oportunidade de encontrar justiça para o caso do rapaz. Nesta quarta-feira (31/8), acontece a primeira audiência judicial com depoimento das testemunhas de acusação.


O garoto, que na época tinha 16 anos, desapareceu após uma abordagem policial na localidade conhecida como Vila Verde, na Estrada Velha do Aeroporto.


Testemunhas afirmam que viaturas da 49ª Companhia Independente de Polícia Militar (49ªCIPM/São Cristóvão) estavam realizando abordagens na rua São Jorge de Baixo. Porém, um outro carro, descaracterizado e com policiais sem farda, abordou Davi, que foi amarrado e colocado no fundo da viatura e levado.


Após todo esse tempo, a mãe do jovem, Ruth Fiúza, comemorou o julgamento, ainda que tardio. “Eu tô no aguardo, ansiosa. É um começo bem tardio, mas antes tarde do que nunca. [Estou] Esperando a imparcialidade de tudo isso que começa hoje, que o caminho é longo a trilhar nisso tudo”, desabafou.


Em agosto de 2018, a Polícia Civil concluiu o inquérito e 17 policiais militares foram indicados por participarem da abordagem. Destes, apenas sete foram denunciados pelo Ministério Público, em setembro do mesmo ano, por sequestro e cárcere privado. Os policiais Moacir Amaral Santiago, Joseval Queiros da Silva, Genaro Coutinho da Silva, Tamires dos Santos Sobreira, Sidnei de Araújo dos Humildes, George Humberto da Silva Moreira e Ednei da Silva Simões.


“Eu achei que foi só uma abordagem e que não aconteceria nada demais. Mero engano meu! O Estado agiu de uma forma torturadora e atroz, tanto que já são oito anos que Davi não pôde mais voltar. Só cabe a mim agora a luta, transformar meu luto em luta e lutar para que eu possa um dia dar um funeral digno para o meu filho”, finalizou Ruth.


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