‘CASO BEATRIZ’: Comparado a retrato falado, irmão de Daniel Alves desabafa nas redes sociais
‘CASO BEATRIZ’: Comparado a retrato falado, irmão de Daniel Alves desabafa nas redes sociais
O irmão do jogador Daniel Alves (do Barcelona-ESP), o cantor Ney Alves, que é vocalista da banda Forró na Hora, está envolto numa grande polêmica. Ontem (23/2), ele precisou usar as redes sociais para desabafar e ‘se defender’. Ney Alves teve sua imagem associada ao retrato falado do possível assassino da menina Beatriz Angélica Mota, 7 anos, morta a facadas durante uma solenidade de formatura do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, no Sertão, no dia 10 de dezembro do ano passado.
O caso está dando o que falar na cidade. Depois da divulgação do retrato falado feito a pedido da Polícia Civil de Pernambuco, uma montagem foi colocada na internet com a imagem do suspeito ao lado da foto do cantor. Ele procurou a polícia e prestou queixa sobre o caso. Ney afirmou que está sentindo-se ?humilhado? com o ocorrido. Na publicação, Ney também alerta sobre as punições para quem compartilhar a imagem. O cantor mora em Juazeiro (BA), cidade separada de Petrolina pelo Rio São Francisco.
Leia na íntegra o desabafo no cantor:
“Venho fazer um desabafo não como artista Ney Alves, porém como cidadão que teve sua honra totalmente abalada em virtude de uma brincadeira de péssimo gosto que circulou nas redes sociais envolvendo minha imagem. Como se já não bastasse a tragédia irreparável que tirou a vida de uma inocente, a menina Beatriz, associaram a minha figura ao retrato falado do suposto autor do crime, cuja montagem está sendo compartilhada em grupos do WhatsApp.
Peço de todo o meu coração que não alimentem essa maldade, não disseminem a imagem, haja vista a total humilhação a que fui submetido. Ainda, alerto aos propagadores da desgraça alheia que acabo de sair da delegacia, onde foi registrado um boletim de ocorrência e todos aqueles que compartilharam a imagem serão devidamente notificados e punidos. Chega de usar as redes sociais como ferramenta de chacota do próximo”.
Investigação –
O delegado seccional de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, Marceone Ferreira, responsável pelas investigações da morte de Beatriz Angélica, concedeu entrevista coletiva ontem (24/2). Durante a entrevista, ele explicou o porque do retrato falado ter sido divulgado mais de dois meses após o crime.
?Esse retrato foi construído ao longo de mais de um mês, junto com um perito e três testemunhas, que estavam na festa. Tiveram outras testemunhas que não participaram diretamente da confecção, mas também visualizaram essa mesma pessoa em atitude suspeita. Precisávamos tirar algumas dúvidas, fazer alguns ajustes no retrato e divulgar aquele que mais se aproxima da pessoa que foi vista”, esclareceu.
Marceone Ferreira disse ainda que o Caso Beatriz tem prioridade número 1 dentro do Estado de Pernambuco e que todos os esforços estão voltados para elucidação do crime. O delegado afirmou que algumas linhas de investigação já foram descartadas e que a polícia está cada vez mais perto de elucidar o crime. Por fim, não descartou a participação de outra pessoa.
?A gente não trabalha somente com a possibilidade de um autor. Trabalhamos com um ou com dois, mesmo porque as ligações apontam, devido à complexidade, toda a circunstância em que o crime ocorreu, que a probabilidade da participação de mais de uma pessoa é muito grande?, argumentou.