Aumentos na gasolina e conta de luz fazem Salvador ter maior inflação do país em maio
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio de 2021 foi a maior inflação para um mês de maio, na Região Metropolitana de Salvador, desde 1998.
Os soteropolitanos e moradores da Região Metropolitana de Salvador (RMS) sentiram o aumento nas contas no mês do maio, especialmente em relação ao preço da gasolina e do aumento na conta de luz. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, os valores deste mês ficaram 1,12% mais caros nesssas cidades.
O dado, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado nesta quarta-feira (9/6), representa um aumento significativo em relação a abril, quando os preços subiram 0,09%, numa das taxas mais baixas do país. O IPCA de maio de 2021 foi a maior inflação para um mês de maio na RMS desde 1998, além de ser a maior desde novembro do ano passado (1,17%) quando se consideram todos os meses do ano.
Considerando os cinco primeiros meses de 2021, o aumento acumulado fica em 3,24%. O valor chega próximo ao acumulado de janeiro a novembro de 2020, de 3,36%. Comparando desde 1º de junho do ano passado, a inflação na RMS já soma 7,65%. Apesar de alto, esse valor é menor que a média nacional para o período, de 8,06%.
VILÕES
Dentre os nove grupos de produtos e serviços avaliados pelo IBGE, oito apresentaram altas em maio, na Região Metropolitana de Salvador. Apenas a sessão de vestuário teve leve variação negativa média dos preços, de 0,02%. Os dois maiores aumentos vieram, respectivamente, dos custos com habitação (3,05%) e transportes (2,71%) - este último grupo exerceu a principal pressão de alta, por ter um peso maior nas despesas das famílias.
Os combustíveis aumentaram em média 8,93%, com a gasolina ficando 8,43% mais cara. O aumento do etanol foi ainda maior, de 16,31%. O aumento na passagem de ônibus, no final de abril, ainda repercutiu no IPCA de maio (4,02%) e também contribuiu para aumentar a inflação do mês.
Dentre os custos de moradia, a alta da energia elétrica, que está em tarifa vermelha com preços 10,54% mais altos, foi a mais impactante. Esse foi segundo maior aumento todos os itens que formam o IPCA, abaixo apenas do etanol.
Os alimentos também seguiram aumentando, com preço O,32% maior, sobretudo aquele consumidos em casa (aumento de 0,83%). Os itens mais caros da cesta básica foram as carnes em geral (1,99%), aves e ovos (2,99%) e panificados (1,70%). Já a comida de fora de casa teve queda de 1,09%, puxada pelos lanches, que ficaram 3,98% mais baratos. Também diminuiram os preços das frutas (-2,75%) e da cebola (-8,83%).
INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação das famílias com menores rendimentos (até 5 salários mínimos) também bateu recorde na RMS, sendo a maior do país. O aumento de maio ficou em 1,25%, um aumento considerável em relação a abril, quando o índice foi de 0,19%. O dado também ficou ainda bem acima do verificado em maio de 2020 (-0,30%).
Em maio, o INPC do Brasil como um todo ficou em 0,96%. Nos cinco primeiros meses de 2021, o índice acumula alta de 3,38% na RMS e chega a 8,17% nos 12 meses encerrados em maio. No Brasil como um todo, os acumulados são, respectivamente, 3,33% e 8,90%.
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