Aprovada, médica negra perde vaga de professora após ação de candidata branca contra cotas da UFBA
O concurso feito pela Universidade é para exercer o cargo de docente em otorrinolaringologia.
Créditos da foto: Reprodução/TV Aratu
Uma médica negra, aprovada em concurso feito pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), para exercer o cargo de professora de otorrinolaringologia, teve a sua nomeação impedida por uma decisão liminar que destinou a vaga para uma profissional branca.
A situação aconteceu com Lorena Pinheiro, de 39 anos. Ela se inscreveu como candidata autodeclarada negra e teve homologada sua colocação no dia 13 de agosto, mas acabou perdendo a vaga, mediante determinação judicial em processo movido pela concorrente, sob o pretexto de ter obtido nota superior.
Lorena questionou a decisão na Justiça Federal, alegando a não utilização do critério de cotas para a escolha, considerando que o edital da seleção previa essa determinação para os casos de apenas uma vaga.
A liminar foi concedida pela juíza Arali Maciel Duarte, da 1ª Vara Federal Cível da Bahia, que determinou a mudança do critério de escolha e proibiu a nomeação de cotista para vaga, favorecendo, nesse episódio, a candidata Carolina Cincurá Barreto.
Em sua decisão, a magistrada considera que a regra do edital "implicará a concessão de 100% das vagas para candidatos cotistas, em afronta ao direito de quem se submeteu à ampla concorrência e obteve notas mais altas".
A UFBA informou que nomeou a indicada pela Justiça, Carolina Cincurá Barreto, mas que vai recorrer da decisão.
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Lorena questionou a decisão na Justiça Federal, alegando a não utilização do critério de cotas para a escolha, considerando que o edital da seleção previa essa determinação para os casos de apenas uma vaga.
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Em sua decisão, a magistrada considera que a regra do edital "implicará a concessão de 100% das vagas para candidatos cotistas, em afronta ao direito de quem se submeteu à ampla concorrência e obteve notas mais altas".
A UFBA informou que nomeou a indicada pela Justiça, Carolina Cincurá Barreto, mas que vai recorrer da decisão.
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