Após país perder 300 mil vagas de emprego, Guedes anuncia que vai para o "ataque" com privatizações e reformas
Após país perder 300 mil vagas de emprego, Guedes anuncia que vai para o "ataque" com privatizações e reformas
O Brasil deve perder cerca de 300 mil vagas formais de trabalho neste ano, afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta segunda-feira (23/11). Ele ainda acrescentou que, nos próximos dois anos, vai "partir para o ataque" com a agenda de reformas e privatizações de estatais.
Os dados mostrados pelo ministro são de que, apesar do número alto de demissões, 2020 não foi o pior ano para os brasileiros. “Nós vamos possivelmente chegar ao final deste ano perdendo 300 mil empregos, que dizer, 20% do que perdemos nos anos de 2015 e 2016. No ano que enfrentamos a maior crise da nossa história, uma pandemia global, vamos perder entre um quinto e um terço dos empregos perdidos na recessão anterior”, disse Guedes, durante o seminário virtual Visão do Saneamento – Brasil e Rio de Janeiro, promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Há cerca de um mês, os dados apontados por Guedes sinalizavam perda de 1 milhão de empregos.
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Nos anos de 2015 e 2016, a média anual citada pelo governo seria a perda de cerca de 1,3 milhão de empregos. “A economia voltou em V como esperávamos. O FMI [Fundo Monetário Internacional] previa uma queda de 9,5% do PIB [Produto Interno Bruto] brasileiro. Vai ser bem menos que a metade”, afirmou Guedes.
Depois, em outro evento, Guedes salientou que os dois próximos anos serão focados nas reformas. "Dedicamos esse primeiro ano, um ano e meio, para atacar as grandes despesas do governo, jogamos na defesa. Nos próximos dois anos, vamos para o ataque. Vamos para as privatizações, para a abertura, para simplificação, reforma tributária, a reindustrialização em cima de energia barata”, disse o ministro, ao participar do 3º Encontro O Brasil Quer Mais, evento virtual organizado pela International Chamber of Commerce Brazil (ICC).
Segundo Guedes, os três maiores gastos que o governo conseguiu controlar foram com a Previdência, juros da dívida pública e salários de servidores, todos após aprovação de reformas. “O mais difícil foi o controle de gastos que está sendo implementado há algum tempo. Falta agora o movimento final: pacto federativo, desindexando, desvinculando, desobrigando despesas, travando essas despesas e entregando os orçamentos públicos à classe política”, afirmou.
“Acho que daqui até o fim do ano vamos aprovar uma pauta comum onde há acordo na Câmara, no Senado e no Poder Executivo”, disse. Segundo o ministro, “bons candidatos” para a aprovação são projetos como de Lei de Falências, o marco regulatório do gás natural e cabotagem, Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, com medidas para controle de gastos, e a independência do Banco Central.
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