Além do Brasil: Elon Musk coleciona atritos na União Europeia, Austrália e Inglaterra
Em contrapartida, países como Turquia e Índia - alinhados a Musk - rem recebido apoio do milionário, que censura postagens e bane perfis contrários a estes governos
Créditos da foto: IHA PhotoSob a direção do bilionário Elon Musk, a rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, tem enfrentado conflitos com autoridades de vários países, incluindo Brasil, Austrália, Inglaterra, União Europeia, entre outros.
Enquanto na União Europeia, no Brasil e na Austrália, Musk defende a ideia de uma "liberdade de expressão" irrestrita, na Índia e na Turquia, a plataforma X tem obedecido a ordens judiciais, suspendendo conteúdos e perfis sem alegar "censura". Na Índia, por exemplo, a plataforma removeu um documentário da BBC que criticava o primeiro-ministro Narendra Modi.
No Brasil, Musk fechou o escritório da plataforma e tem evitado prestar contas à Justiça. Ele é alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito sobre milícias digitais, que investiga grupos que supostamente se organizaram nas redes para atacar o STF e a eleição de 2022.
“Musk tem se mostrado mais resistente em países que tentaram regular a internet de forma mais eficaz, como a Austrália, onde se discute a remuneração de conteúdos jornalísticos, ou o Brasil, onde o STF está ativo em discussões sobre a regulação de plataformas digitais”, afirma Bruna Santos, gerente de Campanhas Global na Digital Action.
Ainda segundo Bruna, o X tem acumulado conteúdos ilegais, incluindo apologia a drogas e pornografia, evidenciando a postura de Musk em relação à liberdade de expressão sem considerar a ilegalidade ou os danos a terceiros.
Segundo conclusões preliminares da Comissão Europeia, com base na Lei de Serviços Digitais (DSA), a plataforma de Elon Musk está violando leis locais, destacando que a verificação de contas é enganosa, pois qualquer um pode se inscrever para obter o status de "verificado" mediante pagamento. Caso a rede social seja considerada culpada, poderá enfrentar multas de até 6% do faturamento anual, entre outras sanções.
Na Austrália, a plataforma também enfrentou as autoridades locais por conta da resistência a acatar ordens judiciais. O primeiro-ministro, Anthony Albanese, chamou Musk de “bilionário arrogante que pensa estar acima da lei”. O conflito surgiu porque a plataforma se recusou a remover conteúdos violentos, como um vídeo de um atentado, que as autoridades consideravam incitadores de ódio.
Recentemente, Musk teve atritos com autoridades inglesas em meio a protestos da extrema-direita contra imigrantes, após uma notícia falsa associar um assassinato a eles. O ministro da Justiça do Reino Unido, Heidi Alexander, criticou os comentários de Musk, considerados “inaceitáveis”, reacendendo o debate sobre a regulação de plataformas digitais. No Reino Unido, o X é acusado de impulsionar conteúdos anti-imigrantes, o que poderia ter alimentado a violência extrema.
Aliados de Musk, Turquia e Índia tem apoio do milionário em censura nas redes
Na Índia, em janeiro de 2023, a plataforma removeu conteúdos relacionados a um documentário da BBC que abordava a repressão à minoria muçulmana em Gujarat, onde o atual primeiro-ministro Modi governou. Musk afirmou não ter conhecimento do caso e destacou que as regras na Índia sobre mídias sociais são rigorosas.
Já na Turquia, a plataforma removeu conteúdos e perfis a pedido das autoridades, sem que o governo fosse acusado de censura. Em maio de 2023, a plataforma suspendeu perfis às vésperas das eleições presidenciais, justificando que tomava essas medidas para garantir a continuidade do serviço no país.
Quando questionado sobre o motivo de atender aos pedidos das autoridades turcas, Musk respondeu: “A escolha é restringir totalmente o Twitter ou limitar o acesso a alguns tweets. Qual deles você prefere?”
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Enquanto na União Europeia, no Brasil e na Austrália, Musk defende a ideia de uma "liberdade de expressão" irrestrita, na Índia e na Turquia, a plataforma X tem obedecido a ordens judiciais, suspendendo conteúdos e perfis sem alegar "censura". Na Índia, por exemplo, a plataforma removeu um documentário da BBC que criticava o primeiro-ministro Narendra Modi.
No Brasil, Musk fechou o escritório da plataforma e tem evitado prestar contas à Justiça. Ele é alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito sobre milícias digitais, que investiga grupos que supostamente se organizaram nas redes para atacar o STF e a eleição de 2022.
“Musk tem se mostrado mais resistente em países que tentaram regular a internet de forma mais eficaz, como a Austrália, onde se discute a remuneração de conteúdos jornalísticos, ou o Brasil, onde o STF está ativo em discussões sobre a regulação de plataformas digitais”, afirma Bruna Santos, gerente de Campanhas Global na Digital Action.
Ainda segundo Bruna, o X tem acumulado conteúdos ilegais, incluindo apologia a drogas e pornografia, evidenciando a postura de Musk em relação à liberdade de expressão sem considerar a ilegalidade ou os danos a terceiros.
Segundo conclusões preliminares da Comissão Europeia, com base na Lei de Serviços Digitais (DSA), a plataforma de Elon Musk está violando leis locais, destacando que a verificação de contas é enganosa, pois qualquer um pode se inscrever para obter o status de "verificado" mediante pagamento. Caso a rede social seja considerada culpada, poderá enfrentar multas de até 6% do faturamento anual, entre outras sanções.
Na Austrália, a plataforma também enfrentou as autoridades locais por conta da resistência a acatar ordens judiciais. O primeiro-ministro, Anthony Albanese, chamou Musk de “bilionário arrogante que pensa estar acima da lei”. O conflito surgiu porque a plataforma se recusou a remover conteúdos violentos, como um vídeo de um atentado, que as autoridades consideravam incitadores de ódio.
Recentemente, Musk teve atritos com autoridades inglesas em meio a protestos da extrema-direita contra imigrantes, após uma notícia falsa associar um assassinato a eles. O ministro da Justiça do Reino Unido, Heidi Alexander, criticou os comentários de Musk, considerados “inaceitáveis”, reacendendo o debate sobre a regulação de plataformas digitais. No Reino Unido, o X é acusado de impulsionar conteúdos anti-imigrantes, o que poderia ter alimentado a violência extrema.
Aliados de Musk, Turquia e Índia tem apoio do milionário em censura nas redes
Na Índia, em janeiro de 2023, a plataforma removeu conteúdos relacionados a um documentário da BBC que abordava a repressão à minoria muçulmana em Gujarat, onde o atual primeiro-ministro Modi governou. Musk afirmou não ter conhecimento do caso e destacou que as regras na Índia sobre mídias sociais são rigorosas.
Já na Turquia, a plataforma removeu conteúdos e perfis a pedido das autoridades, sem que o governo fosse acusado de censura. Em maio de 2023, a plataforma suspendeu perfis às vésperas das eleições presidenciais, justificando que tomava essas medidas para garantir a continuidade do serviço no país.
Quando questionado sobre o motivo de atender aos pedidos das autoridades turcas, Musk respondeu: “A escolha é restringir totalmente o Twitter ou limitar o acesso a alguns tweets. Qual deles você prefere?”
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