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Concentração de gases de efeito estufa volta a bater recorde em 2023, diz estudo

A última vez que a Terra experimentou uma concentração comparável de CO2 foi de 3 a 5 milhões de anos atrás, quando a temperatura média era de 2ºC a 3ºC

Por Da Redação

Concentração de gases de efeito estufa volta a bater recorde em 2023, diz estudo
As concentrações de gases de efeito estufa atingiram um novo recorde em 2023. É o que aponta o mais recente relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), divulgado nesta segunda-feira (28/10). Segundo os dados, o planeta atingiu valores máximos nos níveis de dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O).
O resultado foi influenciado pelo aumento da queima de combustíveis fósseis e pelos incêndios florestais. A concentração de CO2 na atmosfera atingiu média global de 420 partes por milhão (ppm) em 2023, o que representa uma alta de 2,3 ppm em relação ao ano anterior – marcando o 12º ano consecutivo com aumento acima de 2 ppm.
O nível de metano na atmosfera, por sua vez, ficou em 1.934 partes por bilhão (ppb), enquanto o de óxido nitroso atingiu 336,9 ppb. Esses valores são, respectivamente, 265% e 125% dos níveis pré-industriais (antes de 1750).
De 1990 a 2023, o forçamento radiativo – o efeito de aquecimento no clima – por gases de efeito estufa de longa duração aumentou 51,5%, com o CO2 respondendo por cerca de 81%. A última vez que a Terra experimentou uma concentração comparável de CO2 foi de 3 a 5 milhões de anos atrás, quando a temperatura média era de 2ºC a 3ºC.
Isso significa, de acordo com a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, que o mundo está cada vez mais longe de cumprir a meta do Acordo de Paris – que limita o aquecimento da Terra a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais. "Cada fração de grau de aumento de temperatura tem um impacto real em nossas vidas e em nosso planeta", afirmou.
O mesmo foi dito pela vice-secretária-geral da entidade, Ko Barrett. Ela alertou ainda que, em um futuro próximo, a própria mudança climática pode fazer com que os ecossistemas se tornem fontes maiores de gases de efeito estufa.
"Os incêndios florestais podem liberar mais emissões de carbono na atmosfera, enquanto o oceano mais quente pode absorver menos CO2. Consequentemente, mais CO2 poderia permanecer na atmosfera para acelerar o aquecimento global. Esses ‘feedbacks’ climáticos são preocupações críticas para a sociedade humana", afirmou.
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