Taxista morto em Cidade Nova foi sequestrado há 8 dias, diz presidente de associação da categoria
De acordo com Denis Paim, cinco taxistas sofrem alguma violência, por dia, em Salvador
O taxista José Carlos Junior, assassinado nessa quinta-feira (30/5), no bairro de Cidade Nova, em Salvador, tinha sido sequestrado há cerca de oito dias, na região da Ribeira, e disse que "Deus tinha lhe dado uma nova chance". A informação foi revelada pelo presidente da Associação geral de Taxistas, Denis Paim, em entrevista à repórter Daniela Mazzei, da TV Aratu, na manhã desta sexta (31), durante o programa Bom Dia Bahia.
"Ele pegou a corrida na Ribeira e o meliante já deu voz de assalto, e aí fizeram alguns assaltos, furtos em pontos de ônibus... [...] Ele tinha falado pra mim que Deus tinha dado uma nova chance pra ele", contou Paim.
De acordo com o presidente da associação, "infelizmente é triste a realidade dos taxistas", justificando que cinco profissionais sofrem furto ou alguma violência por dia, na capital baiana. Somente neste ano de 2024, ainda segundo Denis, 217 taxistas já foram vítimas da insegurança na cidade.
"Há um ano a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) não nos atende. A categoria está abandonada", afirmou Paim. "O colega ficou mais de quatro horas 'de relógio' na Ribeira, passou por várias blitze... Nós estamos clamando, sempre, que abordem os taxistas quando estiverem com passageiro", acrescentou.
ASSASSINATO
José Carlos dos Santos Junior foi baleado ainda dentro do veículo, na quinta-feira, na localidade conhecida como "Forno", no bairro de Cidade Nova, em Salvador. Além dele, um passageiro - que tinha conseguido escapar e descer uma escadaria - foi alcançado e baleado diversas vezes. Uma cadela, que também foi atingida, foi socorrida por moradores do bairro.
Equipes da 37ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) preservaram a cena do crime até a chegada do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e da Polícia Civil. Os corpos foram removidos para o Instituto Médico Legal (IML) de Salvador.
José Carlos deixou um filho de 12 anos.
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