MP-BA acusa PMs de matar 3 jovens e fraudar cena do crime na Gamboa
Ministério Público requereu à Justiça o afastamento dos agentes de segurança no policiamento ostensivo durante 180 dias
Reprodução
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou quatro policiais por crime de fraude processual na morte de três jovens na localidade da Gamboa de Baixo, em Salvador. O caso aconteceu em 1º de março de 2022.
Segundo a denúncia da Promotoria de Justiça de Controle Externo da Atividade Policial e pelo Grupo de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp), os cabos Tárcio Oliveira Nascimento, Thiago Leon Pereira Santos, Lucas dos Anjos Bacelar Dias e Marinelson Mendes Alves da Cruz "alteraram, substancialmente, a cena do crime em diversos momentos, objetivando apagar os rastros dos homicídios". Na ocasião, os jovens Alexandre Santos dos Reis, Cléverson Guimarães Cruz e Patrick Sousa Sapucaia foram executados.
O MP requereu à Justiça o afastamento dos PMs no policiamento ostensivo durante 180 dias e a proibição dos mesmos em adentrar a localidade da Gamboa de Baixo, sem manter contato com testemunhas e familiares das vítimas.
SIMULAÇÃO
Com base nas investigações e laudos periciais da reprodução simulada dos crimes, a denúncia aponta que os policiais "plantaram" armas de fogo, como se estivessem em posse das vítimas, e lavaram, utilizando vassoura, baldes e água de casas da comunidade, as poças de sangue deixadas em uma escadaria da Gamboa de Baixo, onde de fato foram atingidos Alexandre e Patrick.
Além disso, os policiais retiraram os corpos dos três jovens de uma casa abandonada, já sem vida, colocando-os em lençóis e os encaminhando ao Hospital Geral do Estado.
O objetivos dos PMs, segundo a investigação, era sustentar a falsa versão de que os oficiais foram recebidos à bala quando passavam pela Avenida Contorno, iniciando perseguição dos jovens até a casa abandonada, local em que ocorreu o confronto armado.
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SIMULAÇÃO
Com base nas investigações e laudos periciais da reprodução simulada dos crimes, a denúncia aponta que os policiais "plantaram" armas de fogo, como se estivessem em posse das vítimas, e lavaram, utilizando vassoura, baldes e água de casas da comunidade, as poças de sangue deixadas em uma escadaria da Gamboa de Baixo, onde de fato foram atingidos Alexandre e Patrick.
Além disso, os policiais retiraram os corpos dos três jovens de uma casa abandonada, já sem vida, colocando-os em lençóis e os encaminhando ao Hospital Geral do Estado.
O objetivos dos PMs, segundo a investigação, era sustentar a falsa versão de que os oficiais foram recebidos à bala quando passavam pela Avenida Contorno, iniciando perseguição dos jovens até a casa abandonada, local em que ocorreu o confronto armado.
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