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Pode dar comida de gente para animais de estimação? Aratu On Explica para você

O Brasil tem a segunda maior população de cães, gatos e aves canoras e ornamentais do mundo

Por Bruna Castelo Branco

Pode dar comida de gente para animais de estimação? Aratu On Explica para vocêPexels/Ilustrativa
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O Brasil, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), tem a segunda maior população de cães, gatos e aves canoras e ornamentais do mundo. É muito bicho! Quando a gente fala em animais de estimação, os números também são altos: o país é o terceiro maior em população total de pets, com 58,1 milhões de cães e 27,1 milhões de gatos, sem falar nas aves, peixes e outros bichinhos domésticos.


E, se você tem um desses em casa, com certeza já se perguntou: "Será que posso dar um pouco da minha comida para ele? Tem que ser só ração? Mas ele gosta tanto de risoto de queijo... E fruta, pode? Chocolate? E um pedaço de pão? Mordedores sintéticos podem fazer mal? E se eles comerem plástico sem querer?". O Aratu On Explica para você!


NADA DE DIVIDIR A COMIDA

De primeira, o veterinário e nutrólogo Rafael Ramos apontou: nada de dividir a sua comida, feita para você, um ser-humano, com o seu bichinho. "A comida humana pode ser inadequada para cães e carece de equilíbrio nutricional adequado. Além disso, alguns alimentos e condimentos que consumimos são tóxicos para eles".


Mas, se você quiser muito dar comida de verdade ao invés de ração, há uma saída: preparar o alimento especialmente para o pet, sem condimentos, como sal e outros temperos, e se atentar ao valor nutricional da refeição. Arroz sem tempero, frango sem pele e sem ossos, carne suína, batata e cenoura, por exemplo, podem ser boas opções - mas, só se preparados do jeito certo.


"Ambas as opções, comida ou ração, podem ser adequadas, desde que sejam balanceadas e atendam às necessidades nutricionais do cão. Rações de boa qualidade são formuladas para atender à demanda nutricional dos cães, enquanto que a comida caseira requer cuidado para que todos os nutrientes necessários sejam garantidos", explica o veterinário.


ALIMENTOS TÓXICOS

Caso você tenha um cachorrinho, é necessário se atentar a mais um ponto: diversos alimentos, como chocolates, uvas e passas, por exemplo, são tóxicos para eles. O chocolate, como ressalta Rafael Ramos, é o mais perigoso de todos:


"O chocolate contém teobromina, que é tóxica para cães e pode causar problemas sérios, como envenenamento e problemas cardíacos. Além do chocolate, cães não devem consumir uvas, passas, cafeína, álcool e produtos lácteos em excesso, pois podem ser tóxicos. A cebola e o alho, mesmo em pequena quantidade, pode causar problemas. Por isso, na maioria das vezes, é melhor evitar".


Em relação às frutas, há várias que os pets podem comer, e você pode até oferecê-las como petisco ou recompensa por um comportamento. Elas são: banana, maçã, pera, pêssego, morango, ameixa, mirtilo e melancia. "E sempre observe as sementes das frutas", aponta o profissional. Mas, também há algumas que estão na listinha de alimentos proibidos, como: uva, carambola, abacaxi, cereja, damasco, laranja, limão, abacate e maracujá.


Ah, e o nutrólogo deixou outra dica importante: assim como a gente também tem horários definidos para comer, os bichinhos também devem ter. "Isso ajuda a controlar a quantidade de comida e estabelece uma rotina, além da similaridade com o ambiente natural em que os animais não tem acesso à alimentação em todos os instantes".


BRINQUEDOS SAUDÁVEIS


Quem tem contato com pets, principalmente com cachorros, sabe que eles podem passar horas brincando de morder - e que eles também, muitas vezes, acabam ingerindo pedaços de objetos durante a atividade.


Para evitar que eles engulam plástico ou outros materiais tóxicos, há a opção de oferecer mordedores comestíveis, feitos com produtos naturais. O empresário baiano Narcizo Neto, um dos sócios da marca Good Lovin Snacks, especialista em mordedores comestíveis, conta que, em grande parte dos brinquedos sintéticos, há substâncias químicas que fazem mal para os bichos.


"Os mordedores da indústria podem ser nocivos para os pets porque muitos deles não são comestíveis. Então, temos que ter muito cuidado, pois o rótulo diz que não é comestível, mas o pet não vai saber se pode comer ou não, e acaba ingerindo aqueles produtos, que são lavados com ácido sulfúricos, peróxido de hidrogênio, e outros ácidos".


E aqui vai uma última dica: se o seu bichinho tiver um mordedor e outros brinquedos para destroçar, é menos provável que ele destrua a sua casa. "Os mordedores trazem ao pet um processo de relaxamento e exercício mandibular, relaxamento de coluna, controle da ansiedade, limpeza de tártaros e diversão. Também evita que o pet destrua móveis de dentro de casa", afirma Neto.


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