IBGE: inflação sobe 1,18% em dezembro, na Região Metropolitana de Salvador, e fecha 2020 em 4,13%
IBGE: inflação sobe 1,18% em dezembro, na Região Metropolitana de Salvador, e fecha 2020 em 4,13%
Neste mês de dezembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 1,18% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O número, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE) e divulgado nesta terça (22/12), é maior que os 0,63% de novembro, além de superior ao mesmo mês do ano passado (0,95%).
O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 13 de novembro e 11 de dezembro. Considerando todo o ano de 2020, aqueles que moram na capital baiana e cidades vizinhas pagaram 4,13% de inflação. Esse número é um pouco abaixo da média nacional, de 4,23%, mas foi a maior prévia da inflação do ano na RMS desde 2016, quando havia fechado o ano em 6,97%.
ALIMENTAÇÃO
Os alimentos tiveram, no ano de 2020, o maior aumento em 18 anos, de 14,54%, e exerceram de longe a maior pressão inflacionária na Região Metropolitana de Salvador, segundo o IBGE. O impacto dos alimentos consumidos em casa, calculado em 18,31%, foi maior do que o da alimentação fora, somada em 5,47%.
Dentre os itens, houve aumento nas carnes de 31,80%, sobretudo a costela, que subiu 44,65%. Os cereais, leguminosas e oleaginosas também encareceram bastante: 51,29%. O maior destes foi o arroz, com aumento de 66,03%.
VILÕES DO MÊS
Seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados aumentaram o IPCA da RMS em dezembro. A alta da gasolina (13,86%) e do etanol (14,18%) foram um dos vilões do aumento.
Segundo o IBGE, o aumento mensal médio dos transportes foi de 4,76%, o maior em 13 anos, desde fevereiro de 2007 (que havia sido de 4,91%). Além dos combustíveis, as passagens aéreas tiveram, em dezembro, aumento de 35,76%.
O segundo "vilão" foi a habitação. Entre os gastos com moradia, a principal influência veio da energia elétrica, que subiu 5,16%, puxada pela volta da bandeira vermelha patamar 2, após 10 meses consecutivos de bandeira verde.
O grupo alimentação e bebidas teve o terceiro maior aumento na prévia da inflação do mês dezembro, com 1,16%. Cresceram tanto a alimentação em casa (1,13%) quanto jantar fora (1,23%); neste último caso, sobretudo das refeições almoço e jantar (1,26%).
Apenas dois grupos tiveram queda: vestuário (-8,82%) e educação (-0,66%). No primeiro, houve quedas tanto nas roupas femininas (-17,23%) quanto nas masculinas (-9,92%) e infantis (-9,63%). Já entre as despesas com educação, as principais influências vieram dos cursos regulares (-1,11%), sobretudo do ensino fundamental (-2,73%) e da pré-escola (-7,89%).
COMPARAÇÃO
No último trimestre, ou seja, de outubro a dezembro, o índice apresentou crescimento, com maior aumento neste mês. Segundo o IBGE, esse foi também o maior índice para um dezembro na RMS desde 2015, quando havia ficado em 1,20%.
O IPCA-15 baiano foi o 5º maior entre as 11 regiões metropolitanas pesquisadas. O valor, 1,18%, é um pouco maior que a média nacional, de 1,06%. Considerando o ano todo, a RMS fica com a 6º maior inflação dentre as 11 áreas investigadas.
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