Cira "do acarajé" morre aos 70 anos em Salvador; "perdemos um ícone", diz presidente da Abam

A quituteira Jaciara de Jesus, mais conhecida como Cira "do acarajé", de 70 anos, morreu na madrugada desta sexta-feira (4/12). A baiana, que ficou nacionalmente conhecida pela venda da iguaria nos bairros de Itapuã e do Rio Vermelho, estava internada há 18 dias no Hospital São Rafael.

A informação foi confirmada ao Aratu On pela presidente da Associação das Baianas de Acarajé (Abam), Rita Santos.

"Ela estava em tratamento por problemas renais. Apesar de ser transplantada, ela estava fazendo hemodiálise. Está difícil! Perdemos um ícone, uma representante da categoria em todo o Brasil. Ela era uma pessoa muito prestativa. Mesmo não sendo associada, na hora que você precisasse, poderia contar com ela. Não tinha tempo ruim para Cira. Perdemos uma pessoa muito importante. Perdemos uma estrela desse patrimônio cultural que são as baianas de arajé. Ela era uma inspiração para baianas de outros estados, como Brasília, Rio de Janeiro e Mato Grosso", lamentou. 

Cira teve Covid-19 em abril e conseguiu se recuperar. A presidente da Abam lembrou ainda que a pandemia vem causando diversos problemas na vida das baianas. "Está difícil. Nesse período de pandemia está muito complicado e de muitas perdas", concluiu. 

Ainda não há informações sobre o horário e local de sepultamento de Jaciara. O acarajé de Cira é um dos mais famosos da capital baiana e  possui pontos de vendas em Piatã, Itapuã e Rio Vermelho e um em Lauro de Freitas. Em 2019, a iguaria foi eleita o melhor do estado pela revista Veja.

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