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Velório é interrompido após viúva afirmar que o morto apertou sua mão e se mexeu no caixão

Velório é interrompido após viúva afirmar que o morto apertou sua mão e se mexeu no caixão

Por Da Redação

Velório é interrompido após viúva afirmar que o morto apertou sua mão e se mexeu no caixãoDivulgação

O velório de um homem de 61 anos, que morreu de infarto, foi interrompido e o morto levado para o hospital após a viúva afirmar que ele apertou as mãos dela. O caso aconteceu no município de São Luís do Curu, no Ceará, a 83 quilômetros de Fortaleza.

Raimundo Bezerra de Sousa faleceu no hospital de Itapipoca, após passar mal na cadeia de Trairi, onde estava preso. Ele foi socorrido para a unidade hospitalar e entrou em óbito durante atendimento médico.

No velório, por volta das 11h30, familiares acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) relatando que o morto apresentou sinais vitais, ao apertar a mão da viúva, se mexer no caixão e o corpo suar. Entretanto, a equipe confirmou o óbito.

Inconformados, os parentes de Raimundo o retiraram do caixão e o levaram ao Hospital Municipal Antônio Ribeiro da Silva, em São Luís do Curu, para que o corpo se submetesse à uma nova avaliação.

Segundo o hospital, não foram detectados sinais vitais pela equipe médica e o corpo liberado para enterro. Após, o vai-e-vem, o corpo de Sousa foi enterrado no cemitério municipal de São Luís do Curu, por volta das 18h.

O professor de medicina legal da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), George Sanguinetti, afirma que é impossível se tratar de um caso de catalepsia (doença rara em que os membros se tornam rígidos, mas não há contrações, embora os músculos se apresentem mais ou menos rijos) pois com o avanço da medicina, com exames, é difícil ocorrer diagnóstico errado de óbito.

Ele destaca, neste caso, que o corpo foi examinado por três vezes para detectar a morte real e a morte aparente. 

Para o médico legista, neste caso, pode ter ocorrido espasmos cadavéricos com contratura muscular de membros, e o "lado afetivo da família do falecido acreditou na possibilidade de ele estar vivo".

"Há fenômenos que fazem parte da realidade de morte que podem confundir as pessoas. Após a morte, nem todas as células morrem imediatamente. Por exemplo: a barba pode crescer, por até seis horas, o sistema digestivo continuar funcionando por até uma hora", explica Sanguinetti, destacando que, além disso, há espasmos cadavéricos.

"A movimentação na placa mioneural dá reação de espasmos cadavéricos. Há também a contratura muscular, que com o passar do tempo da morte, o corpo vai ficando rígido", destaca o professor de medicina legal.

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