OPERAÇÃO CHUVA: Prefeitura aposta ‘suas fichas’ na tecnologia para evitar novos desastres
OPERAÇÃO CHUVA: Prefeitura aposta ‘suas fichas’ na tecnologia para evitar novos desastres
Treze de março de 2018…
A data poderia passar despercebida. Infelizmente, não foi o que aconteceu. A capital baiana foi palco, mais uma vez, de um desastre causado pela chuva. Quatro pessoas morreram após um prédio desabar, às 6h30, no bairro de Pituaçu. Drama semelhante foi visto há exatos 1051 dias.
Na ocasião (dia 27 de abril de 2015), 15 pessoas perderam suas vidas nas comunidades de Marotinho e Barro Branco após chover 198 milímetros, quase o triplo do que foi registrado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) nesta terça: 74 milímetros. Apesar do ‘baixo’ índice, o estrago foi devastador. Ao todo, dez famílias do Alto de São João foram afetadas pelo desabamento. Seja com a perda de entes e/ ou lares.
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Ironicamente, a tragédia aconteceu no mesmo dia em que a prefeitura de Salvador lançou a Operação Chuva 2018, que será dividida, basicamente, em duas linhas: prevenção e alerta. Para tanto, a aposta desta vez é na tecnologia.
A Codesal lançou o aplicativo Fala Salvador Defesa Civil, onde é possível registrar – em tempo real – denúncias, sugestões, solicitar serviços de vistoria, monitoramento, etc. O acompanhamento das condições de tempo em clima será realizado pelo Centro de Monitoramento e Alerta (Cemadec). “Não corram risco, quando se sentirem ameaçados, procurem a prefeitura… o aplicativo surge justamente para isso. Diminuir essa distância e tornar a interação ainda mais rápida”, ressaltou Neto.
Durante a coletiva à imprensa, o prefeito ACM Neto afirmou que, ?apesar de um intenso índice pluviométrico, que representou mais de 50% do previsto para o mês de março, a cidade se comportou bem em termos de alagamento?. O gestor municipal foi além. Segundo ele, a cada ano são gastos mais de R$ 120 milhões em ações de manutenção contínuas com o objetivo de prevenir desastres.
“Esse ano, inclusive, houve a decisão de anteciparmos o período de aplicação orçamentária e de colocação de recursos antevendo um 2018 de chuvas mais intensas do que foi 2017 e 2016”, disse. Dentre as ações de prevenção está o investimento de R$ 22 milhões para conter 23 encostas e a implantação dos 30 mil m² de geomantas em toda a cidade até o final do primeiro semestre.
RELEMBRE
Em 27 de abril de 2015 choveu 198 milímetros. A prefeitura de Salvador sustentou, à época, que, em um único dia, caiu dois terços das chuvas previstas para um mês. O Aratu Online registrou no especial “Soterrados” todo o drama vivido pelas famílias de Joice Bispo Ribeiro Reis, Jonatan Bispo Reis, Geraldina de Cunha Bispo Reis e Adriano Bispo Pereira após sucumbirem diante de uma encosta traiçoeira no Marotinho, localidade do bairro de Bom Juá, próximo à BR-324. Um quinto não resistiu aos ferimentos e veio a falecer dias depois. Eram todos da mesma família.
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No Barro Branco, o drama foi ainda maior: 11 mortes. Dentre as vítimas, estavam uma idosa de 75 anos e três adolescentes com idades entre 12 e 16 anos: Samuel Santos, José Cosme, Jocenildo dos Santos Luz, Maria Tereza de Jesus Silva, Roberto Ubiratã Júnior, Elaine Silva, Sirvaldo Silva Neves Filho, Dezenaide Dias, Cássia Paim, Mária José e Magnólia Paim.
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*Publicada originalmente às 18h07 (13/3)