Policiais militares que trabalham na RMS perdem isenção no pedágio da Estrada do Coco
Policiais militares que trabalham na RMS perdem isenção no pedágio da Estrada do Coco
Policiais militares que trabalham em algumas unidades da Região Metropolitana de Salvador terão de pagar a tarifa do pedágio da BA-099 (Estrada do Coco) a partir de fevereiro. A denúncia foi feita ao Aratu Online por um agente do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRV) que prefere não se identificar por temer represálias.
Atualmente, segundo o denunciante, os militares que precisam passar dirigindo pela rodovia possuem cadastro no sistema da Concessionária Litoral Norte (CLN), administradora da BA-099, e não pagam a tarifa de R$ 6,40 entre as segundas e sextas-feiras. Nos finais de semana e feriados, a taxa é de R$ 9,70.
Além dos policiais do BPRV, a medida afetará também os servidores lotados na 59ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Vila de Abrantes), já que sua sede fica em Arembepe, no município de Camaçari.
Os agentes trabalham por escala, ou seja, não estão diariamente nas suas unidades. Fazendo uma conta básica, levando em consideração um policial que trabalha três dias durante a semana e um dia no final de semana, ele vai desembolsar R$ 231, 20 em um mês de 30 dias, por exemplo. Esse custo extra, inclusive, será pago pelo próprio servidor, já que, detalha o denunciante, o Governo Estadual não paga pelo deslocamento dos seus servidores.
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INSEGURANÇA
Uma opção, agora, é deixar os veículos em casa e ir para os batalhões de ônibus. Para o policial que conversou com a equipe de reportagem do Aratu Online, o problema é a insegurança. Prova disso é o assassinato de Jailson César dos Santos Mendes. Em janeiro de 2017, ele estava indo para seu trabalho quando reagiu a um assalto a ônibus.
O soldado, lotado na 53ª Companhia Independente (CIPM/Mata de São João), entrou em luta corporal com um dos bandidos e foi morto em seguida. Um dos suspeitos, Tiago Barbosa Muniz, 30 anos, se apresentou no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) dias depois do caso. Já seu comparsa, adolescente, foi localizado por unidades da PM, trocou tiros com as guarnições e morreu ao dar entrada em um hospital.
POSICIONAMENTO
Por meio de nota, a assessoria de imprensa da CLN informou que desde julho de 2017 está regularizando o cadastro de veículos isentados, respeitando o contrato de concessão celebrado entre a empresa e o Governo do Estado.
A empresa explicou ainda que o contrato firmado entre as partes diz que apenas veículos oficiais estão livres do pagamento da tarifa de pedágio. Ou seja, os carros particulares dos PMs precisam pagar a taxa. A concessionária contou ainda que tem comunicado oficialmente às instituições cadastradas sobre a regularização.
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*Publicada originalmente às 18h41 (16/1)