Um relatório do Banco Mundial, divulgado nesta terça-feira (21/11) pelo Estadão, sugere o fim do ensino superior gratuito no Brasil. A proposta diz que essa seria uma medida de cortar gastos, sem prejudicar os mais pobres, já que, segundo eles, 65% dos estudantes das instituições de ensino superior federais estão na faixa dos 40% mais ricos da população. O órgão defende que essa prática pode estar “perpetuando a desigualdade no país”.
A sugestão foi publicada através do relatório ?Um ajuste justo – propostas para aumentar eficiência e equidade do gasto público no Brasil?, elaborado pela instituição. De acordo com a proposta, universitários com renda média podem pagar seus estudos em uma universidade federal, após formatura. A alegação é de que, depois de formadas, as pessoas tendem a ter um aumento na renda. A ideia é que seja dado à eles uma espécie de “recurso”, similar ao Fies.
O estudo feito pelo Banco Mundial também indica que os gastos por aluno tenham como limite o valor gasto pelas instituições mais eficientes. As de menor eficiência teriam que adequar os gastos à sua realidade.
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ENTENDA
O Banco Mundial informou que, atualmente, dois milhões de pessoas estudam em universidades e institutos federais no Brasil. Nas faculdades particulares, são 8 milhões. No entanto, o custo médio de um aluno em universidade privada, por ano, é de R$ 14.000,00; em federais, R$ 41.000,00, e nos institutos federais salta para R$ 74.000,00. Segundo o relatório, o valor é muito “superior” a países como Espanha e Itália, porém, o rendimento continua sendo menor.
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O valor aplicado no ensino superior no Brasil equivale a 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), e cresce acima da média mundial: 7% ao ano, em termos reais. A reforma proposta pelo Banco, segundo eles, economizaria R$ 13 bilhões anualmente em universidades e institutos federais. Nos estados, a economia seria de R$ 3 bilhões.
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*Publicada originalmente às 14h55
Fonte: Da Redação