NOVA REBELIÃO: Pelo menos quatro pessoas foram mortas na Cadeia Pública de Manaus
NOVA REBELIÃO: Pelo menos quatro pessoas foram mortas na Cadeia Pública de Manaus
Pelo menos quatro pessoas morreram após uma rebelião na Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, localizada no centro de Manaus, na madrugada deste domingo (8/1). O local, que ficou desativado por três meses por falta de estrutura e segurança, foi reaberto no dia 3 de janeiro para receber detentos após os massacres que deixaram 60 mortos em dois presídios. A informação foi confirmada ao UOL pelo secretário de Administração Penitenciária do estado, Pedro Florêncio.
Fotos feitas por agentes penitenciários mostram que pelo menos três vítimas foram decapitadas e um corpo foi queimado. Os nomes das vítimas não foram informados. Em nota, o Comitê de Gerenciamento de Crise do Amazonas informou que os presos “iniciaram uma briga por motivo desconhecido” e que quatro detentos “foram mortos pelos próprios internos”. Dos quatro mortos, três foram decapitados e um foi asfixiado.
“A situação neste momento é considerada estável e com policiamento reforçado pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar. As mortes serão investigadas”, conclui o texto de dois parágrafos.
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Segundo o último balanço do governo, de quinta-feira, 284 detentos foram levados à cadeia Raimundo Vidal. Desde a madrugada, familiares de presos estão na porta da cadeia aguardando informações. Com a entrada de policiais do Choque na cadeia, os familiares (a maioria é composta por mulheres e mães dos presos) ficaram nervosos com a falta de informação. Algumas mulheres que tinham o rosto coberto tentaram bloquear a rua, mas a ação foi impedida pela polícia.
A Vidal Pessoa foi desativada, em outubro do ano passado, após frequentes registros de fuga, rebelião, assassinatos de presos nas celas e constatação pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) de que os detentos eram submetidos no local a condições sub-humanas.
Logo após a reabertura da cadeia, o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Amazonas, Antônio Jorge Albuquerque Santiago, disse que o local não oferecia segurança aos carcereiros nem aos detentos.
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