O ex-governador da Bahia e ex-ministro Jaques Wagner (PT) encaminhou no final da tarde de ontem (10/6), uma petição ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, para contestar a transferência da investigação que apura a sua relação com a OAS ao juiz federal do Paraná, Sérgio Moro.
Na opinião do petista, a matéria é ?requentada? e ?houve um equívoco da equipe? do magistrado. Só lembrando que Wagner foi alvo do STF na última quinta-feira (9/6). Em seu despacho, o ministro Celso de Mello, que era relator do caso, disse que atendeu a um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Com base na delação do senador cassado Delcídio Amaral (sem partido-MS), Janot pediu para incluir Wagner no inquérito-mãe da Lava Jato que tramita no Supremo, o quadrilhão.
O ex-governador da Bahia, por sua vez, questiona: “Isso foram e-mails recepcionados na época da prisão de Léo Pinheiro [diretor da OAS], onde ele reclamava o dinheiro da obra da Via Expressa, que ele concluiu a obra e [o governo] não tinha feito [o pagamento]. O processo foi para a mão do Teori [Zavascki], que disse que não tinha nada a ver com a Lava Jato e pediu para ser redistribuído. Se era para ir para o Paraná quem tinha que mandar era o Teori e não o Celso de Mello?. As palavras de Wagner foram ditas durante o ato contra o governo Temer, ontem (10/6), na capital baiana.
Há suspeita de que recursos ilegais da empreiteira foram utilizados para abastecer a primeira campanha do ex-governador para o Palácio de Ondina, em 2006.
Fonte: Da redação