Responsável por fundar Balé do TCA, Carlos Américo Moraes morre em Salvador
Responsável por fundar Balé do TCA, Carlos Américo Moraes morre em Salvador
O corpo de Carlos Américo Moraes Machado, um dos responsáveis por fundar, em 1981, o Balé Teatro Castro Alves (BTCA), está sendo velado na noite desta sexta-feira (03). As causas da morte não foram divulgadas e o seu corpo será cremado na tarde deste sábado, em horário ainda não confirmado, no cemitério Jardim da Saudade.
Gaúcho radicado na Bahia, Carlos Moraes estudou música, direito e teatro na juventude. Em 1957, tornou-se aluno de Tony Seitz Petzhold, da escola alemã. Em 1961, entrou para o Corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro como bailarino, vindo a ser Maître de Ballet desta companhia em 1977. Foi aluno de mestres como Marina Fedossejeva, Eugenia Feodorova, Tatiana Leskova, Olga Preobrajenskaya, Harald Lander, William Dollar e Arthur Mitchel. Com Mercedes Batista aprendeu técnicas de dança afro. Bailarinos e professores acreditam que Moraes contribuiu muito para a profissionalização da dança na Bahia e para quebrar preconceitos em relação aos homens no balé. Moraes é considerado um mestre da dança clássica no Brasil.
Moraes chegou na Bahia em 1971, em princípio para uma estadia temporária e com a missão de substituir um professor de balé, mas acabou se estabelecendo em Salvador. Foi um dos responsáveis pela criação do BTCA no início da década de 80. Dirigiu ainda o Ballet Brasileiro da Bahia e a Cia. Ilimitada de Dança, composta por dançarinos veteranos do BTCA, criada sob os auspícios da Fundação Cultural do estado da Bahia (FUNCEB), em 2004. Em 1998, ele recebeu a medalha de honra ao mérito do Governo do Estado. Recentemente, em abril deste ano, ele foi condecorado com a comenda 2 de Julho, a mais alta honraria concedida pelo poder legislativo estadual, pelos serviços prestados à sociedade baiana e por contribuir com o desenvolvimento da dança no Estado da Bahia.