Grandes ídolos do Bahia: histórias que inspiram um futuro na era City
Um celeiro de ídolos do Bahia marcaram gerações, cada um à sua maneira escrevendo capítulos inesquecíveis da trajetória tricolor
Por Dinaldo dos Santos.
O Esporte Clube Bahia sempre foi um celeiro de ídolos que marcaram gerações, cada um à sua maneira escrevendo capítulos inesquecíveis da trajetória do Esquadrão de Aço.
Em meio às expectativas da torcida com a atual gestão do Grupo City, que promete montar elencos mais competitivos e de alto nível, cresce também o sonho de ver surgir novos jogadores capazes de se juntar a um seleto rol de lendas que moldaram a identidade tricolor.
Entre os nomes mais emblemáticos, Bobô ocupa lugar de destaque. Craque do título brasileiro de 1988, o meia marcou época com seu talento, visão de jogo e gols decisivos. Ao seu lado, outros protagonistas daquela conquista, como Charles e Zé Carlos, ficaram eternizados na memória coletiva.
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Voltando no tempo, não há como esquecer Nadinho, o goleiro heroico de 1959, ano em que o Bahia conquistou o primeiro título brasileiro da história, diante do Santos de Pelé. Outros ídolo daquela era, o atacante Marito, também simboliza o espírito aguerrido que moldou o DNA do clube.
Já em tempos mais recentes, jogadores como o zagueiro Roberto Rebouças, o volante Baiaco, o meia-atacante Douglas Franklin e o centro avante Beijoca se revelaram ícones da década de 1970.
Nos anos 1980, além das figurinhas do bicampeonato brasileiro, nomes já consagrados como os de Dario, o Dadá Maravilha; e o de Claudio Adão, inseriram em suas careiras, belas passagens pelo Tricolor, marcando parte da história do Bahia.
Há ainda aqueles que, mesmo sem mostrarem constantes com um futebol primoroso, entraram para a história do time por serem responsáveis em atos inesquecíveis.
Neste quesito, o atacante Raudinei está eternizado com um gol que garantiu o título estadual de 1994 para o Esquadrão, feito no último minuto da partida, disputada contra o maior rival, o Vitória.
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Confira passagens dos ídolos do Bahia
Nadinho – Considerado um dos primeiros grandes ídolos do Bahia, o goleiro marcou época nos anos 1950 e entrou para a história ao fazer parte do elenco campeão brasileiro de 1959, título que projetou o Esquadrão no cenário nacional.
Marito – Ponta direita que virou símbolo de raça e qualidade técnica no ataque do Bahia durante as décadas de 1950 e 1960, conquistando título o primeiro título brasileiro do clube. Ele ficou conhecido como "Diabo Loiro" e se tornou inesquecível para a torcida tricolor.
Roberto Rebouças – Zagueiro de grande destaque nos anos 1970, conhecido pela regularidade, aplicação tática, bravura de "xerife", e capacidade de comandar seus parceiros, sendo peça importante em conquistas regionais.
Douglas – Meio-campista habilidoso e de personalidade marcante, brilhou na década de 1970. Sua visão de jogo e qualidade nos passes o colocaram como referência criativa do time, lembrado com carinho pela torcida.
Baiaco – Outro nome lendário dos anos 70, foi volante de forte marcação e espírito de combatente. O baiano de São Francisco do Conde representava a garra que a arquibancada exigia em campo.
Beijoca – Atacante irreverente, de gols decisivos e estilo desbravador, que conquistou o coração da torcida nos anos 70. Seu apelido e sua presença folclórica o eternizaram como um dos símbolos da paixão tricolor.
Dadá Maravilha – Um dos maiores personagens do futebol brasileiro também vestiu a camisa do Bahia, no fim da década de 70. Com seu faro de gol inconfundível, deixou sua marca e trouxe espetáculo à Fonte Nova.
Cláudio Adão – Centroavante de refinada técnica, jogou no Bahia no ano de 1986, onde acrescentou qualidade e experiência ao ataque, que já tinha a presença de Bobô. Mesmo com passagem curta, marcou época pela eficiência e categoria.
Bobô – Grande ídolo da conquista do Campeonato Brasileiro de 1988, foi o cérebro do time campeão. Sua técnica apurada, inteligência em campo e gols decisivos o transformaram em um dos maiores nomes da história do clube.
Charles – Parceiro de Bobô na geração de 1988, o atacante foi fundamental naquela conquista. Goleador nato, formou uma dupla inesquecível que garantiu ao Bahia o seu segundo título nacional.
Zé Carlos – Atacante também herói de 1988. Foi um dos pilares ofensivos daquele time histórico, símbolo de competitividade e comprometimento.
Raudinei – Atacante que brilhou nos anos 1990, conhecido pela velocidade e oportunismo. Viveu bons momentos com a camisa do Bahia e se destacou como artilheiro em temporadas importantes.
Ídolos do Bahia e a era City
Agora, com a chegada do Grupo City, a expectativa é que o Bahia consiga montar equipes não apenas competitivas, mas históricas. A torcida sonha em ver novos craques alcançando o patamar de ídolos, capazes de unir talento, carisma e títulos.
A primeira investida em um grande nome do futebol brasileiro aconteceu em 2024. O meia Éverton Ribeiro do Flamengo aceitou a proposta do Bahia e assinou contrato com o clube.
O experiente jogador, na época com 34 anos, chegou ao Tricolor de Aço, após o encerramento de seu contrato com o Flamengo em dezembro de 2023. O craque não chegou a um acordo pela renovação e deixou o clube depois de seis anos e meio.
O Bahia venceu as concorrências de gigantes como Corinthians, Fluminense e Internacional. Éverton Ribeiro escolheu o Esquadrão por conta do projeto esportivo apresentado e pelos gatilhos contratuais oferecidos.
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Éverton representa o nome de peso atual do time do Bahia, mas além dele outros atletas, ainda que não tenham o mesmo currículo do ex-Flamengo, foram adquiridos em comercializações de grandes disputas no cenário nacional, como foram os casos dos volantes Caio Alexandre e o recém-convocado para a seleção brasileira, Jean Lucas.
Para o Grupo City, apesar de ser uma organização experiente no setor do futebol, a memória dos que passaram serve como inspiração e parâmetro nas contratações: não basta jogar bem, é preciso se identificar com a camisa, entender a grandeza do clube e escrever páginas que resistam ao tempo.
Com um passado glorioso e rico em personagens inesquecíveis, o futuro, na era City, pode reservar a chegada de novos nomes que, daqui a décadas, sejam lembrados como símbolos da grandeza proposta ao Tricolor.
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