‘Futebol não é para meninas’, afirma Ramon Díaz após empate contra o Bahia
Ramon Díaz, técnico do Internacional, critiou a arbitragem após o empate contra o Bahia e afirmou que "futebol é para homens, não é para meninas"
Por Lucas Pereira.
O técnico do Internacional, o argentino Ramon Díaz, afirmou em coletiva de imprensa realizada após o empate contra o Bahia, neste sábado (8), que o “futebol é para homens, não é para meninas”. A fala, considerada machista em repercussão nas redes sociais, foi dada durante um apontamento à arbitragem do jogo e a erros contra o clube gaúcho, em partidas recentes.

“Tenhamos muito cuidado, que o clube tenha muito cuidado com os árbitros. Com o que aconteceu hoje, e já passou uma partida em que Romero fez o gol e também o anularam. Que tenham muito cuidado, temos que ter muito cuidado. Eu vou falar com o presidente. Não pode ser que, em um clube tão importante, que passe isso, o que aconteceu hoje. Porque foi incrível. O futebol é para homens, não é para meninas, é para homens”, disse o treinador de 66 anos.
“Futebol é para homem, não é para, não é para menina, é para homem”
— DataFut (@DataFutebol) November 9, 2025
Ramon Diaz.
pic.twitter.com/A66QrBkFuW
As críticas aconteceram após o gol de Carbonero, ainda quando o jogo estava em 0x0, ter sido anulado após o VAR recomendar revisão ao árbitro Lucas Paulo Torezin (PR), que anulou marcou falta no começo do lance, em cima de Willian José.
Rapidamente, diversos internautas criticaram à declaração de Ramon Díaz. Um torcedor escreveu no X: “Isso Ramon, crie mais crise no Internacional”. Uma outra internauta disse: “que preguiça dessa besteira de macho inseguro e chato”.
Diversos outros perfis lembraram de outra fala machista por parte do técnico, na época em que treinava o Vasco da Gama. Na ocasião, o time perdeu por 2x1 para o Bragantino e o treinador criticou o VAR do jogo anterior, contra o Grêmio, que era comandado pela árbitra Daiane Muniz:
“Na última partida, em casa, uma senhora, uma mulher, interpretou um pênalti de outra maneira. O futebol é diferente. Principalmente de que o VAR seja decidido por uma mulher”, falou à época.
Outro caso de machismo no futebol ocorreu no começo de 2025, o presidente do Atlético-GO, Adson Batista, protagonizou um episódio polêmico durante uma entrevista coletiva após o empate de sua equipe com o Goianésia, pelo Campeonato Goiano. Ao responder uma pergunta da repórter Nathália Freitas, da TV Globo/Rádio CBN, ele fez um comentário machista ao tentar justificar o desempenho do time, reduzindo a fala dela ao suposto fato de achar um jogador "bonitinho".

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