Pequim fará Jogos "seguros e esplêndidos", diz presidente chinês; abertura da Olimpíada de Inverno será às 9h desta sexta
Estados Unidos, Reino Unido e alguns outros países aliados fizeram um boicote diplomático aos Jogos por causa da situação de direitos humanos na China.
A Olimpíada de Inverno de Pequim, que começa oficialmente na sexta-feira (4/2), será simplificada, segura e esplêndida, disse o presidente chinês, Xi Jinping, nesta quinta-feira (3), enquanto o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) criticou os fantasmas do boicote "levantando suas cabeças feias novamente" por preocupações relacionados aos direitos humanos.
Dirigindo-se à sessão do COI na capital chinesa por meio de uma breve mensagem de vídeo, Xi disse que a China tem desempenhado um papel ativo no movimento olímpico desde a realização dos Jogos Olímpicos de Verão de 2008.
Para esses Jogos de Inverno, o país incentivou 300 milhões de chineses à prática de esportes de inverno, como prometido, disse ele. "Os Jogos Olímpicos de Inverno serão abertos amanhã à noite. O mundo está voltando os olhos para a China e a China está pronta. Faremos o nosso melhor para entregar ao mundo Jogos simplificados, seguros e esplêndidos", afirmou ele.
A capital chinesa se tornará a primeira cidade a sediar as edições de verão e inverno das Olimpíadas, mas os preparativos foram atingidos por boicotes diplomáticos e pela pandemia de coronavírus. Estados Unidos, Reino Unido e alguns outros países aliados fizeram um boicote diplomático aos Jogos por causa da situação de direitos humanos na China.
Grupos de direitos humanos há muito criticam o COI por conceder os Jogos à China, citando seu tratamento aos uigures e outros grupos minoritários muçulmanos, o que os Estados Unidos consideram genocídio. A China nega acusações de abusos de direitos humanos.
O presidente do COI, Thomas Bach, defendeu repetidamente a escolha para a Olimpíada de 2022, dizendo que o COI não é um órgão político nem tem mandato para influenciar leis em Estados soberanos. Ele disse na quinta-feira que nos dois anos que antecederam os Jogos de Pequim ele viu "as nuvens escuras da crescente politização do esporte no horizonte". "Nós também vimos que na mente de algumas pessoas os fantasmas do boicote do passado estavam levantando suas cabeças feias novamente", disse Bach.
As Olimpíadas de 1976, 1980 e 1984 foram todas atingidas por boicotes de países durante a era da Guerra Fria, prejudicando severamente a universalidade e as finanças do evento. "É por isso que temos trabalhado ainda mais para levar essa missão unificadora dos Jogos Olímpicos ao maior número possível de líderes e tomadores de decisão", declarou Bach.
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