Confronto entre torcidas de Sport e Santa Cruz deixa 12 feridos em Recife
Em uma das gravações, é possível ver um homem sendo espancado por um grupo de mais de 10 torcedores do Santa Cruz
Fonte: Da Redação
O "Clássico das Multidões" entre Santa Cruz e Sport, pelo Campeonato Pernambucano, gerou cenas de violência nas ruas do Recife antes da partida, no estádio do Arruda. Torcedores das duas equipes se enfrentaram em brigas, correria e depredação em vários bairros da cidade. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram confrontos, fogos de artifício, correria e depredação, com torcedores carregando pedras e pedaços de paus.
Em uma das gravações, é possível ver um homem sendo espancado por um grupo de mais de 10 torcedores do Santa Cruz, que o rendem e o agredem com socos e pontapés. Um motociclista também se junta ao grupo e joga a moto na vítima, já no chão. Outras imagens mostram tumulto e saque a supermercados e lojas nos bairros da Torre, Madalena e Encruzilhada. Alguns estabelecimentos comerciais fecharam as portas em meio à violência.
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Torcedores das duas equipes se enfrentaram em brigas, correria e depredação em vários bairros da cidade. | Foto: Redes Sociais/g1
O Hospital da Restauração (HR), localizado no bairro do Derby, informou que até a tarde do sábado (1º) 12 vítimas de agressão física haviam dado entrada na unidade.
Em uma reunião na sexta-feira (31), ficou definido que 645 policiais, incluindo efetivo do Batalhão de Choque, Rádio Patrulha, Rocam e Cavalaria, seriam responsáveis pela segurança do evento.
A governadora Raquel Lyra (PSDB) se manifestou sobre o caso, afirmando que acompanha as ações das forças de segurança e anunciou que se reunirá com representantes do Judiciário e do Ministério Público para discutir a situação. Em suas redes sociais, Raquel afirmou: "Estou trabalhando com a equipe do governo desde o primeiro momento, e tomando as devidas providências para punir os vândalos responsáveis pela barbárie vista mais cedo no Recife." Ela também ressaltou que cerca de 700 policiais foram mobilizados para a missão.
O Hospital da Restauração (HR), localizado no bairro do Derby, informou que até a tarde do sábado (1º) 12 vítimas de agressão física haviam dado entrada na unidade. | Foto: Redes Sociais/SBT News
O prefeito do Recife, João Campos (PSB), também se posicionou, condenando as cenas de violência e pedindo identificação e punição severa para os responsáveis: "O que vimos hoje foram cenas criminosas no confronto entre vândalos que usam o futebol para praticar violência. É urgente a identificação e uma punição severa para esses delinquentes! Futebol não é isso", afirmou.
Apesar da violência, a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) manteve o clássico. Por volta das 14h30, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, declarou que o jogo não seria cancelado, alegando que isso "jogaria gasolina na fogueira" e que a partida deveria ocorrer para tentar reduzir a violência. Carvalho afirmou ainda que somente ele poderia determinar o cancelamento do evento.
Anteriormente, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Álvaro Porto (PSDB), havia solicitado ao governo e à FPF o cancelamento do jogo, após as cenas de violência, entrando em contato com autoridades como o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, e o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, desembargador Ricardo Paes Barreto.
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