Quem é Nabiyah Be, filha baiana de Jimmy Cliff que brilha no cinema e na música

A filha baiana de Jimmy Cliff, Nabiyah Be, atriz e cantora de 30 anos, é nascida e criada em Salvador

Por Bruna Castelo Branco.

O anúncio da morte de Jimmy Cliff, feito pela família nesta segunda-feira (24), reacendeu o interesse mundial pela vida pessoal do ícone do reggae jamaicano. Entre os nomes conectados ao artista, um ganhou destaque no Brasil: Nabiyah Be, atriz e cantora de 30 anos, nascida e criada em Salvador.

Filha de mãe brasileira e de um dos maiores nomes da música jamaicana, Nabiyah cresceu imersa em shows internacionais, música marcantes e na efervescência cultural da capital baiana. Foi no encontro entre música e teatro que consolidou sua identidade artística — um percurso que ganha novos significados após a morte do pai.

A filha baiana de Jimmy Cliff, Nabiyah Be, atriz e cantora de 30 anos, é nascida e criada em Salvador. | Foto: Redes Sociais

A relação de Nabiyah com o palco começou ainda na infância. Aos 5 anos, ela fez a primeira apresentação em público, e, dois anos depois, já acompanhava Jimmy Cliff em viagens pelo mundo. “Era uma forma de manter a família unida”, relatou em entrevista ao O Globo em 2023.

Em um desses shows, correu para o palco e se recusou a sair. Acabou interpretando a música “Me abraça e me beija”, de Lazzo Matumbi, e passou a integrar as apresentações do pai, cantando em inglês e português. Também dividiu os vocais com Margareth Menezes na infância — e retomou a parceria décadas depois na gravação de “Querera”, do álbum Autêntica.

Filha de mãe brasileira e de um dos maiores nomes da música jamaicana, Nabiyah cresceu imersa em shows internacionais, música marcantes e na efervescência cultural da capital baiana. | Foto: Redes Sociais

Apesar das viagens, Nabiyah descreve a adolescência em Salvador como “bem baiana”, marcada pela convivência, pela troca cultural e pelo contato com a cena musical local. Fez teatro aos 11 anos e não abandonou mais os palcos. Aos 18, mudou-se para Nova York, onde estudou e atuou no circuito off-Broadway, em produções imersivas, musicais e espaços voltados à música brasileira. “No teatro, percebi que podia chorar sem ninguém saber por quê. Era libertador”, afirmou.

A carreira internacional ganhou força em 2018, quando estreou no cinema como Linda, vilã de Pantera Negra, primeiro blockbuster da Marvel estrelado por um super-herói negro. Depois, ampliou o reconhecimento ao interpretar Simone Jackson em Daisy Jones & The Six, série do Prime Video baseada no best-seller de Taylor Jenkins Reid. Na produção, Simone é uma pioneira da disco music e símbolo de resistência e reinvenção — temas que ressoam na trajetória pessoal de Nabiyah.

 

Com múltiplas influências — filha de pai jamaicano e mãe paulista, batizada como muçulmana e criada parte da infância em uma comunidade que utiliza ayahuasca —, a artista afirma ter precisado de tempo para compreender sua própria identidade. “Demorei a entender quem eu era. Hoje honro cada parte da minha história”, disse. Seu nome, de origem árabe, significa “a inteligência da profeta feminina”, referência que ela carrega com orgulho.

A relação de Nabiyah com o palco começou ainda na infância. | Foto: Redes Sociais

Siga a gente no InstaFacebookBluesky e X. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).

Comentários

Importante: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião do Aratu On.

Nós utilizamos cookies para aprimorar e personalizar a sua experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda em contribuir para os dados estatísticos de melhoria. Conheça nossa Política de Privacidade e consulte nossa Política de Cookies.