Morre Claudia Cardinale, ícone do cinema italiano, aos 87 anos

Ícone do cinema italiano, Claudia Cardinale estrelou clássicos como O Leopardo, 8½ e Era Uma Vez no Oeste; carreira foi marcada por glamour, independência e períodos de ostracismo

Por Da redação.

Fonte: SBT News

A atriz Claudia Cardinale, símbolo glamouroso do cinema italiano do pós-guerra e dona de uma carreira extensa no cinema e no teatro, morreu nesta terça-feira (23), aos 87 anos.

Criada na Tunísia em uma família de origem siciliana, Cardinale foi revelada em 1957, após vencer um concurso de beleza em Túnis que a levou ao Festival de Veneza. Nos primeiros papéis, sua voz precisou ser dublada, já que crescera entre o dialeto siciliano e o francês.

Atriz Claudia Cardinale Reprodução Reuters   Via Sbt News

Claudia Cardinale, ícone do cinema italiano

O início da carreira foi marcado por dificuldades pessoais, incluindo uma gravidez mantida em segredo após um relacionamento abusivo.

Mas o sucesso internacional veio em 1963, com 8½, de Federico Fellini, e O Leopardo, de Luchino Visconti, ao lado de Burt Lancaster. Mais tarde, brilhou também em produções de Hollywood, como A Pantera Cor-de-Rosa e Era Uma Vez no Oeste.

Na década de 1970, sua trajetória foi abalada pela separação do produtor Franco Cristaldi. Irritado, ele articulou seu afastamento da indústria italiana, e Cardinale chegou a enfrentar dificuldades financeiras. Foi resgatada por Franco Zeffirelli, que a escalou para Jesus de Nazaré (1977), e seguiu atuando em produções europeias.

Dona de uma voz rouca e conhecida por seu espírito independente, a atriz desafiava convenções, inclusive ao comparecer ao Vaticano de minissaia.

Reconhecida no Festival de Berlim em 2002 pelo conjunto da obra, ela somou mais de 150 personagens no cinema, teatro e TV, incluindo sua última aparição na série suíça Bulle (2020).

Revista elege os 12 melhores filmes brasileiros de 2025

Além do italiano, o cinema brasileiro vive um momento de grande efervescência em 2025, impulsionado pela conquista histórica do filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, que trouxe ao Brasil seu primeiro Oscar de Melhor Filme Internacional. 

Recentemente, "O Agente Secreto", estrelado pelo baiano Wagner Moura, também animou os fãs ao faturar dois prêmios importantes no Festival de Cannes: de Melhor Ator (para Moura) e Melhor Direção, para Kleber Mendonça Filho.

O Agente Secreto

Mas há outras diversas películas que fizeram - ou farão - a audiência rir, chorar e das vivas ao cinema brasileiro, celebrado na última quinta-feira (19). E a revista Rolling Stone Brasil elegeu os 12 melhores melhores lançamentos nacionais do primeiro semestre, que já estrearam comercialmente.

Outras premiações do Brasil em Cannes, além de 'O Agente Secreto'

O cinema brasileiro voltou a ser destaque internacional quando o filme O Agente Secreto, dirigido por Kleber Mendonça Filho, conquistou dois prêmios importantes no Festival de Cannes 2025: Melhor Direção para Mendonça e Melhor Ator para Wagner Moura.

Ambientado no Recife de 1977, durante a ditadura militar, o longa mistura suspense e crítica política ao retratar a trajetória de Marcelo, um especialista em tecnologia envolvido em uma rede de espionagem e perseguições políticas.

A produção franco-brasileira já era uma das mais aguardadas da competição e confirmou as expectativas com sua vitória dupla. Com esse reconhecimento, O Agente Secreto reforça a presença marcante do Brasil na história do Festival de Cannes, que já premiou diversas produções nacionais ao longo das décadas.

 

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