LUTO: Morre Orival Pessini, o ator por trás de ‘Fofão’ e ‘Patropi’

Morreu na madrugada desta sexta-feira (14/10), o ator e humorista Orival Pessini, aos 72 anos. Pessini ficou imortalizado por personagens que criou, como “Fofão” e “Patropi”. Ele morreu no Hospital São Luiz do Morumbi, em São Paulo.

Nascido em Marília (SP), iniciou a carreira no teatro amador. Aos 19 anos, estreou no “Quem conta uma conta”, programa infantil na extinta TV Tupi. Alcançou o sucesso anos depois com os personagens “Sócrates” e “Charles”, do “Planeta dos Macacos”, já na TV Globo.

O personagem “Fofão” foi criado, em 1983, para o programa “Balão Mágico”. Representava um alienígena atrapalhado com enormes bochechas, nascido no planeta fictício “Fofolândia”. Com ‘Fofão’, Pessini conquistou o gosto do público e se tornou um fenômeno dos anos 1980.

Orival migrou em 1986 para a Rede Bandeirantes, onde estreou um programa inteiramente dedicado ao personagem, o “TV Fofão”, que ficou no ar até 1989.

O ator ainda criou outro personagem de sucesso, o “Patropi” (típico hippie universitário), para o programa “Praça Brasil”. Ele, inclusive, ficou conhecido pelos famosos bordões “Sei lá, entende?” e “Sem crise, meu!”.

Em 2013, em entrevista à colunista Patrícia Kogut de O Globo, Pessini relembrou o início na TV:

– Inspirado em Chico Anysio, que interpretava vários personagens com o advento do videotape, eu quis fazer o mesmo no teatro amador. Comecei a fazer as máscaras antes de entrar para a TV.  A Globo ia lançar o programa “Planeta dos homens” (1976), uma sátira ao “Planeta dos macacos”. Fúlvio Stefanini me indicou, fiz uma máscara de macaco e fui mostrar para o Boni em 1975. Criei o personagem Sócrates, que foi um sucesso na época.  Quando terminou, Boni pediu que eu criasse um personagem infantil. Não queria nem ver o piloto, o que eu criasse iria para o ar direto. Na época, o filme “E.T.” fazia um baita sucesso. Pensei: vou criar um extraterrestre que é uma mistura de urso, cachorro, porquinho, palhaço e gente. Daí, nasceu o Fofão.

Nos últimos anos, ele se apresentava com a peça “Eles sou eu”, na qual interpretava sete personagens diferentes.