EM CRISE: Com dívida de mais de meio milhão, Ilê Ayê reduz bloco e extingue projetos sociais

EM CRISE: Com dívida de mais de meio milhão, Ilê Ayê reduz bloco e extingue projetos sociais

Por Diego Adans.

EM CRISE: Com dívida de mais de meio milhão, Ilê Ayê reduz bloco e extingue projetos sociaisReprodução/ A Tarde

A crise que assola o país afeta o bloco afro mais antigo do Brasi, o Ilê Ayê. Em conversa, por telefone, na manhã desta terça-feira (7/2), o diretor do Ilê Ayê, José Carlos dos Santos, o Vovô, revelou ao Aratu Online que as dívidas da entidade beiram os R$ 600 mil e atinge diretamente fornecedores, funcionários  e terceirizados.

Por conta disso, projetos sociais importantes como a Escola Mãe Hilda e Escola de Percussão Band?erê estão com as matrículas suspensas. “Não temos condições de matricular os alunos. Estamos com salários atrasados. Não temos como pagar professores e socioeducadores”, lamenta Vovô.

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Criada desde 1995,  a Escola Mãe Hilda surgiu com o objetivo de sistematizar e socializar as práticas e produções educativas do Ilê Aiyê e editar os Cadernos de Educação da Entidade, atuando juntamente com outras duas escolas coordenadas pelo Projeto de Extensão Pedagógica: a Escola de Percussão Band?erê e a Escola Profissionalizante.”

“Na Band’erê damos aulas de percussão para meninos como forma de envolvê-los em uma atividade lúdica e, ao mesmo tempo, propiciar-lhes o acesso ao mundo da cultura negra produzido pelo Ile Aiyê”, explica.

A principal razão do débito do bloco afro é 0 atraso de pagamento de uma verba de uma grande empresa nacional. “O montante é grande, já falei isso em outras entrevistas… mas, agora, prefiro não comentar sobre isto para não sofrer sanções jurídicas e até mesmo prejudicar esse repasse”, salientou.

CARNAVAL

Ao ser questionado sobre a possibilidade de o Ilê Ayê não desfilar no Carnaval de Salvador, Vovô é taxativo. “Não existe essa possibilidade. Mas, é claro, que este ano…vamos diminuir o número de cordeiros, segurança, integrantes da banda”. Por enquanto, o bloco já conta com patrocínio da Caixa Econômica Federal e do governo estadual.

 “Estamos falando também com a Prefeitura, a Bahiagás… nossa vida (Bloco Afro) é sempre assim, difícil. Todo ano é esse problema. Os empresários não querem investir e para piorar veio essa crise. Mas não vamos entregar os pontos”.

*Publicada originalmente às 10h46

 

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