Dia do Repórter Fotográfico: 5 imagens que entraram para a história
O trabalho do repórter fotográfico vai além do registro: é testemunho histórico, denúncia social e, muitas vezes, resistência diante da censura e da violência
Por Dinaldo dos Santos.
Nesta terça-feira, 2 de setembro, celebra-se o Dia do Repórter Fotográfico, profissão marcada pela coragem, sensibilidade e capacidade de transformar instantes em narrativas visuais que atravessam gerações.
O trabalho desses profissionais vai além do registro: é testemunho histórico, denúncia social e, muitas vezes, resistência diante da censura e da violência.
Ao longo dos anos, diversas imagens se tornaram símbolos de momentos cruciais da humanidade. A seguir, cinco fotografias que entraram para a história e imortalizaram o poder do fotojornalismo:
1. Homem é derrubado por militares em manifestação, no Rio
Captada por Evandro Teixeira, um dos maiores nomes do fotojornalismo brasileiro, a foto flagrou a repressão da ditadura militar contra manifestantes nas ruas do Rio de Janeiro, na década de 1960. A imagem se tornou símbolo da violência do regime e da resistência popular.
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A foto foi tirada na Avenida Rio Branco, ao lado da Cinelândia, no Centro do Rio, no dia 21 de junho de 1968, durante uma manifestação estudantil contra a ditadura, num episódio que ficou conhecido como “Sexta-feira Sangrenta”.
Evandro Teixeira disse em entrevista a um pesquisador da Universidade Estadual de Londrina (UEL), publicada em 2012, que o homem que aparece na imagem era um estudante de medicina que morreu logo depois do tombo.
2. Menina despida corre desesperada em ataque no Vietnã
De autoria de Nick Ut, fotógrafo da Associated Press, o registro, de 1972, mostra a pequena Phan Thi Kim Phuc, correndo nua e em desespero após um ataque com napalm no Vietnã. A foto expôs ao mundo os horrores da guerra e foi determinante para a mudança da opinião pública internacional sobre o conflito.
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3. “Tank Man” e o Massacre da Praça da Paz Celestial
Conhecida como “Tank Man”, a cena eternizada por Jeff Widener (Associated Press), em 1989, durante o massacre da Praça da Paz Celestial, em Pequim, mostra um jovem desarmado barrando a passagem de tanques do Exército chinês. Tornou-se ícone universal da luta por liberdade e resistência pacífica.
4. Abutre observa criança em desnutrição no Sudão
Clicada pelo sul-africano Kevin Carter, a fotografia retrata uma criança sudanesa desnutrida caída no chão, observada por um abutre. A imagem chocou o planeta e rendeu ao fotógrafo o Prêmio Pulitzer, mas também gerou forte debate ético sobre os limites do fotojornalismo.
5. Criança morta simboliza drama de refugiados
A imagem acima retrata o pequeno Aylan Kurdi, o menino sírio de apenas três anos encontrado sem vida em uma praia da Turquia em 2 de setembro de 2015. Capturada pela fotojornalista turca Nilüfer Demir, essa fotografia se tornou um símbolo global da crise dos refugiados, especialmente do drama humano vivido por quem tenta alcançar a Europa em busca de segurança.
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