Educação

Sindicatos divergem e instituições federais de ensino na Bahia mantêm greve

Os comandos locais das greves nas universidades e nos institutos federais baianos divergiram do posicionamento da Proifes e asseguraram a manutenção da greve nas instituições na Bahia

Por Matheus Caldas

Sindicatos divergem e instituições federais de ensino na Bahia mantêm greveCréditos da foto: divulgação/Ufba

Os comandos locais das greves nas universidades e nos institutos federais baianos divergiram do posicionamento da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) e asseguraram, na última segunda-feira (27/5), a manutenção da greve nas instituições na Bahia.


A Proifes publicou, também na segunda, uma nota na qual anuncia acordo com Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Público para encerrar a greve. O governo federal ofereceu aumentos de 13,3% a 31% até 2026, com os reajustes começando em 2025 – na sexta-feira (24/5), no entanto, o Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub) já havia rejeitado a proposta, mantendo a paralisação nas universidades federais do estado.


Também na sexta, no entanto, abriu-se uma polêmica: uma assembleia de docentes do Instituto Federal da Bahia (Ifba) ligados à Apub anunciou a aceitação da proposta salarial do governo federal. A divulgação causou reações de professores nas redes sociais. Parte das manifestações defende o posicionamento do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Basica Profissional (Sinasefe), que reiterou a continuidade da greve e classificou a Proifes como “entidade cartorial criada para trair a classe trabalhadora”. O Sinasefe abarca a maioria dos docentes do Ifba e do Colégio Militar de Salvador (CMS).


Diante do imbróglio, a Apub emitiu nota, na última segunda-feira, reiterando a posição de manutenção do movimento grevista. O comunicado, assinado pela diretoria da entidade, diz que o grupo é “fortemente contrário” à assinatura do acordo entre Proifes e governo federal. “Seguimos o que foi decidido em assembleias da Apub Sindicato, na Unilab no dia 17 de maio e na Ufob e Ufba no dia 24 de maio de 2024, que, por maioria dos/as presentes, votou-se pela rejeição da assinatura do acordo pelo Proifes-Federação”, diz trecho do documento, publicado no site oficial do sindicato.


“Ainda que a Diretoria da Apub Sindicato tenha defendido a assinatura do acordo e a assembleia do Ifba o aprovado no dia 23 de maio – em razão da necessidade de garantir, por meio da negociação, reajustes salariais que reponham as perdas acumuladas do período – acatamos a vontade expressa nas assembleias de docentes da Ufba, Ufob E Unilab, sendo, portanto, defendida por nós”, acrescenta a Apub.


O Aratu On procurou representantes do Sinasefe na Bahia e da Apub, mas, até o momento, não obteve retorno. O espaço segue à disposição para manifestações.


O comando nacional do Sinasefe ainda categorizou a negociação do governo com a Proifes como “intransigente”. “Algo que não aconteceu em 2012 e em 2015”, diz a entidade, em trecho de nota. Os períodos se referem à gestão da ex-presidente Dilma Rousseff.


“No entanto, desta vez o governo cometeu um ato falho: ele partiu para essa linha de enfrentar e desmontar a nossa mobilização no momento em que nossa greve está forte, inclusive, nos locais onde, virtualmente, a pseudoentidade signatária do acordo teria organização”, sustenta o Sinasefe. “Nos cinco locais que eles “dirigem”, a greve vai continuar, os comandos de greve criados pela categoria vão manter a greve!”, emenda.


Na visão da direção do sindicato, “o governo errou a mão”. “A vitória de hoje não foi pequena: o governo recuou do que seria uma cerimônia de assinatura organizada e agendou uma reunião para na segunda-feira (03/06). Ainda que afirmem previamente que não vão ceder, eles já cederam ao agendar a nova rodada”, comenta.


PARALISAÇÃO NA BAHIA


Com exceção da Universidade do Vale do São Francisco (Unifvasf), com campi em Pernambuco e na Bahia, professores das instituições de ensino superior públicas baianas aderiram aos movimentos grevistas deflagrados pelos diferentes sindicatos que representam os docentes. Confira a lista abaixo:


- Universidade Federal da Bahia (Ufba)


- Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob)


- Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)


- Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)


- Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab)


- Instituto Federal da Bahia (Ifba)


- Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (Ifbaiano)


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