Educação

Assembleia rejeita proposta de greve estudantil na Ufba, mas confirma paralisação no dia 25

Apesar da decisão, há paralisação estudantil marcada para o dia 25 de abril

Por Matheus Caldas

Assembleia rejeita proposta de greve estudantil na Ufba, mas confirma paralisação no dia 25divulgação/UFBA

Em meio à crise vivenciada nas instituições federais de ensino superior, os estudantes da Universidade Federal da Bahia (Ufba) optaram por não entrar em greve. A decisão aconteceu em assembleia realizada na noite da última segunda-feira (15/4), pelo Diretório Central dos Estudantes da instituição (DCE).


A proposta de greve foi rejeitada por 2.781 estudantes, ante 852 votos a favor do movimento grevista. Houve, ainda, 81 abstenções. Apesar disto, existe um movimento de paralisação estudantil marcado para o dia 25 de abril.


Em nota publicada nas redes sociais, os representantes do DCE argumentam que “a greve dos técnicos e estado de mobilização dos professores são muito importantes”. “Além disso, nós estudantes temos muitas demandas estruturais nos nossos cursos, de permanência e assistência estudantil e de recomposição do orçamento. Assim como apoiamos a luta pelos avanços salariais e de carreira pautadas pelos técnicos e professores” diz trecho do comunicado, que ressalta que os estudantes estão “em estado de mobilização”.


A UFBA vive crise financeira decorrente do corte orçamentário promovido pelo governo Lula (PT). O orçamento da instituição para este ano é considerado 7% menor em relação ao ano de 2023, quando foram repassados R$ 186,3 milhões para investimentos da universidade.


Neste ano, a Ufba terá um corte de R$ 13 milhões no orçamento, já que só foram repassados R$ 173,2 milhões. Em valores nominais, sem considerar inflações, o valor é considerado inferior ao de 2014, já que era composto por menos alunos e áreas construídas.


Ao Aratu On, a assessoria de imprensa da universidade afirmou, na última segunda-feira(15), que não há discussões institucionais para adesão a movimentos grevistas. Por outro lado, os servidores da instituição estão em paralisação desde março.


Enquanto a Ufba segue normalmente com as atividades acadêmicas, duas outras instituições federais baianas tomaram decisões diferentes. Ligados ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-RN), os professores da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) aderiram à greve. Já a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) teve indicativo de greve aprovado, mas sem data para iniciar o processo.


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