'Temos um longo caminho até o mercado baiano comprar carros elétricos', afirma economista após anúncio de nova montadora na Bahia
Empresa chinesa de carros elétricos anunciou instalação de fábricas na Bahia; especialista afirma que investimento pode tornar veículos mais acessíveis no estado
divulgação
Apesar de o anúncio da chegada da montadora automotiva chinesa de carros elétricos BYD a Bahia nesta terça-feira (4/7), a compra dos automóveis pelos baianos ainda deve demorar. É o que aponta o economista e especialista em finanças, Edisio Freire, para Aratu On.
"Temos um longo caminho pela frente até que essa curva [de preços dos carros] chegue em num patamar razoável e confortável para que o mercado passe a consumir naturalmente os veículos elétricos", afirma Freire. Na Bahia, os veículos à combustão têm consumo majoritário no setor.
O economista afirma que os preços dos carros vão influenciar na absorção dos elétricos pelo mercado baiano. “A indústria de veículos precisa melhorar, amadurecer, tornar esse produto mais acessível". Para ele, essa acessibilidade deve acontecer com a instalação da fábrica chinesa em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador.
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) já afirmou que enviará à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) um projeto de lei para pedir isenção de IPVA para carros elétricos fabricados no estado que custem até R$ 300 mil. A proposição pretede estimular a compra dos elétricos pelos baianos.
EMPREGOS E SERVIÇOS
Ocupando o espaço deixado pela Ford em Camaçari, o anúncio da BYD levantou vários questionamentos sobre o setor no estado e a apreensão de novos empregos. Edisio Freire acredita que a chegada da montadora deve causar um impacto positivo na economia local. “A indústria automobilística é uma das indústrias que mais fomenta a economia em toda região onde tem uma unidade instalada, esperamos que a instalação de uma rede industrial possa gerar emprego e renda e, consequentemente, tornar a economia baiana e da região de Camaçari mais pujante”.
Segundo o economista, a instalação da BYD deve gerar mais empregos na região do entorno da fábrica. "É mais barato para a própria empresa [contratar pessoas do local]. Isso fomenta a economia, o desenvolvimento, o melhor funcionamento do comércio, dos serviços”, afirma Freire. Além disso, com essa injeção na economia local, serviços como segurança e infraestrutura urbanas podem melhorar graças ao aumento na arrecadação de impostos. "Toda a cadeia acaba se beneficiando”.
PROGRAMA DE DESCONTOS
Com relação ao incentivo do Governo Federal para o barateamento de carros populares, Edisio é bem direto ao afirmar que, diferentemente da crise que o setor enfrentou em 2014/2015 com uma saturação do setor industrial automobilístico, o atual momento brasileiro é positivo.
“Estamos num momento em que o consumidor quer consumir. Apesar dos preços dos veículos no pós-pandemia terem dispararado absurdamente, com carros populares custando R$ 65 mil, a ação do governo de trazer um incentivo momentâneo para reduzir os preços é uma atitude positiva".
Além disso, o aumento de preços de serviços e itens automotivos no mundo inteiro e a escassez de produto também devem ser atrelados como vilões para os altos valores dos automóveis. Ainda assim, ele afirma que outras políticas governamentais mais assertivas são importantes para que haja um estímulo no consumo de carros.
LEIA MAIS: BYD deve investir R$ 3 bilhões na Bahia e gerar mais de 5 mil empregos
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"Temos um longo caminho pela frente até que essa curva [de preços dos carros] chegue em num patamar razoável e confortável para que o mercado passe a consumir naturalmente os veículos elétricos", afirma Freire. Na Bahia, os veículos à combustão têm consumo majoritário no setor.
O economista afirma que os preços dos carros vão influenciar na absorção dos elétricos pelo mercado baiano. “A indústria de veículos precisa melhorar, amadurecer, tornar esse produto mais acessível". Para ele, essa acessibilidade deve acontecer com a instalação da fábrica chinesa em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador.
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) já afirmou que enviará à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) um projeto de lei para pedir isenção de IPVA para carros elétricos fabricados no estado que custem até R$ 300 mil. A proposição pretede estimular a compra dos elétricos pelos baianos.
EMPREGOS E SERVIÇOS
Ocupando o espaço deixado pela Ford em Camaçari, o anúncio da BYD levantou vários questionamentos sobre o setor no estado e a apreensão de novos empregos. Edisio Freire acredita que a chegada da montadora deve causar um impacto positivo na economia local. “A indústria automobilística é uma das indústrias que mais fomenta a economia em toda região onde tem uma unidade instalada, esperamos que a instalação de uma rede industrial possa gerar emprego e renda e, consequentemente, tornar a economia baiana e da região de Camaçari mais pujante”.
Segundo o economista, a instalação da BYD deve gerar mais empregos na região do entorno da fábrica. "É mais barato para a própria empresa [contratar pessoas do local]. Isso fomenta a economia, o desenvolvimento, o melhor funcionamento do comércio, dos serviços”, afirma Freire. Além disso, com essa injeção na economia local, serviços como segurança e infraestrutura urbanas podem melhorar graças ao aumento na arrecadação de impostos. "Toda a cadeia acaba se beneficiando”.
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“Estamos num momento em que o consumidor quer consumir. Apesar dos preços dos veículos no pós-pandemia terem dispararado absurdamente, com carros populares custando R$ 65 mil, a ação do governo de trazer um incentivo momentâneo para reduzir os preços é uma atitude positiva".
Além disso, o aumento de preços de serviços e itens automotivos no mundo inteiro e a escassez de produto também devem ser atrelados como vilões para os altos valores dos automóveis. Ainda assim, ele afirma que outras políticas governamentais mais assertivas são importantes para que haja um estímulo no consumo de carros.
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