Mais de 25 mil imóveis serão isentos de IPTU em Lauro de Freitas
Atualização na legislação fiscal de Lauro de Freitas vai aumentar em mais 350% o número de imóveis isentos de IPTU
Por Laraelen Oliveira.
O novo pacote de medidas que trata da atualização da legislação fiscal de Lauro de Freitas, encaminhado pela Prefeitura à Câmara Municipal, vai aumentar em mais de 350% o número de imóveis isentos do Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). Atualmente, cerca de 5,5 mil imóveis são isentos do pagamento do tributo, mas com a nova legislação esse número aumentará para 25 mil.
Segundo a Prefeitura, o pacote de medidas que atualiza a legislação fiscal vai promover mais justiça fiscal e a modernização da administração pública, tendo como base a Emenda Constitucional 132/2023 aprovada pelo Congresso Nacional e que trata da reforma tributária. A gestão municipal destacou que o objetivo é tornar a arrecadação municipal mais justa, eficiente e transparente.
A prefeita Débora Régis explica que a nova legislação irá implementar alíquotas progressivas no IPTU, substituindo a lógica regressiva anterior, ou seja, os imóveis de maior valor contribuirão com percentuais maiores, enquanto os de menor valor serão beneficiados com isenções ou tributações simbólicas, respeitando a capacidade econômica de cada contribuinte. O pacote também prevê uma redução de até 20% no IPTU para pagamento em cota única.
“Estamos promovendo uma verdadeira transformação na forma como o município arrecada e se relaciona com os contribuintes. Com essas mudanças, Lauro de Freitas se posiciona entre os municípios mais preparados para a nova era tributária do Brasil, sem perder o foco na justiça social e na eficiência pública”, afirmou
Desburocratização
O secretário municipal da Fazenda, Ricardo Gois, destacou que o pacote de medidas vai reduzir a burocracia e aumentar a eficiência, tornando os serviços mais acessíveis para a população. Ele salientou também que, no próximo ano, começam a entrar em vigor novas regras da reforma tributária, que, entre outros pontos, vai substituir o ISS pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).
“O novo Código Tributário não significa apenas mais justiça fiscal para os mais pobres. Ele também representa um passo fundamental para a modernização da nossa cidade. As mudanças vão desburocratizar processos, facilitar a vida do contribuinte e aproximar a prefeitura do cidadão, com mais agilidade e transparência. Estamos trazendo a nossa legislação tributária para o século XXI”, afirmou.
Outro ponto fundamental, pontuou o secretário, é a adaptação da legislação às mudanças da reforma tributária nacional, que já começa a ser implementada a partir do próximo ano. Ele disse que Lauro de Freitas está saindo na frente, se antecipando às exigências e garantindo que a cidade não seja surpreendida. “Essa preparação é vital para que possamos ter estabilidade, previsibilidade e segurança jurídica. E é justamente a segurança jurídica que abre caminho para novos investimentos. Nenhum empresário, pequeno ou grande, vai aplicar seus recursos em um município que vive na incerteza ou que não oferece regras claras”, concluiu.
Reflexos no cenário regional e nacional
As mudanças em Lauro de Freitas dialogam com um cenário nacional de maior estabilidade econômica. Dados do IBGE apontam que o Brasil registrou, em 2025, a menor taxa de desocupação desde 2012, o que fortalece a confiança do mercado e aumenta o poder de compra da população. Esse contexto cria condições favoráveis para o consumo e para investimentos no setor imobiliário, diretamente beneficiado por legislações mais modernas e políticas de incentivo fiscal nos municípios.
Na capital baiana, por exemplo, o Feirão da Casa Própria vem reunindo imóveis com preços acessíveis, ampliando as possibilidades para famílias que buscam sair do aluguel ou investir em uma moradia própria. Com maior previsibilidade econômica e estímulos locais, como o aumento da isenção de IPTU em Lauro de Freitas, o setor tende a ganhar novo fôlego.
Já no campo das relações trabalhistas, o governo federal anunciou que empregadores com irregularidades no recolhimento do FGTS de trabalhadoras domésticas, mais de 80 mil em todo o país, terão cobranças reforçadas. A medida visa assegurar direitos da categoria, fortalecendo a formalização e o acesso a benefícios.
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