Inflação de Salvador e Região Metropolitana de Salvador dispara e é a 2ª mais alta do país em maio
Valor foi o maior para um mês de maio nos últimos 22 anos, ou desde que o IBGE começou a medir esse dado
Salvador e Região Metropolitana (RMS) foram destaques negativos no mês de maio em relação à inflação. Neste mês, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Saúde Pública (IBGE), ficou em 1,15% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 14 de abril e 15 de maio.
Esse valor consagrou a capital baiana o 2º mais alto dentre as 11 áreas pesquisadas separadamente pelo IBGE, abaixo apenas do verificado na Região Metropolitana de Fortaleza/CE (1.29%). Além disso, esse foi o maior valor para um mês de maio nos últimos 22 anos, ou seja, desde que o IBGE começou a medir esse dado.
O indicador voltou a acelerar, ou seja, o aumento foi maior que o crescimento do mês anterior. No Brasil como um todo, a prévia da inflação de maio ficou em 0,59%, com altas em todos os locais.
ACUMULADO
Com o resultado de maio, o IPCA-15 do ano de 2022 acumula alta de 5,29% na RMS. Já no acumulado nos 12 meses encerrados em maio, a inflação seguiu acelerando e chegou a 13,24% (frente a 12,36% até abril). Continua acima do nacional (12,20%) e já é o 2º mais alto do país, abaixo apenas da RM Curitiba/PR (14,80%). Em maio, o indicador acumulado em 12 meses passou a ser maior que 10,00% em todos os locais pesquisados.
"VILÕES"
Esse número foi resultado de aumentos nos preços médios de oito dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice. Além disso, desses oito grupos que aumentaram, cinco aumentaram mais do que em abril, ou seja, tiveram aceleração na prévia da inflação.
Apenas habitação (-0,95%) teve deflação média, ou seja, caiu um pouco de valor. A mudança foi puxada pela energia elétrica (-4,82%), embora a queda de preço na RMS tenha sido bem menor do que a verificada no país como um todo (-14,09%).
No outro extremo, porém, os grupos alimentação e bebidas (1,76%) e transportes (1,85%), que têm os maiores pesos entre as despesas das famílias, foram os que mais contribuíram para a alta do IPCA-15 de maio. O aumento dos alimentos foi influenciado, sobretudo, pelas altas de leite e derivados (4,35%), dos panificados (2,89%) e de aves e ovos (2,93%). A cebola (16,67%) foi o item que mais aumentou dentre as dezenas de produtos e serviços pesquisados.
Por outro lado, produtos alimentícios que vinham pressionando a inflação para cima nos meses anteriores tiveram quedas de preço importantes em maio, a exemplo da cenoura (-7,44%) e do tomate (-2,48%), que diminuiram em relação ao mês anterior.
No grupo transporte, os combustíveis (2,83%) deram a maior contribuição de alta, puxados pela gasolina (2,10%), que exerceu a maior pressão inflacionária individual na prévia de maio.
As passagens aéreas (13,20%) e o seguro voluntário de veículos (7,60%) foram outros itens que tiveram importantes contribuições na alta dos preços nos transportes e no IPCA-15 do mês. Por outro lado, conserto de automóvel (-1,50%) e aluguel de veículo (-11,23%) ajudaram a segurar a prévia de inflação na RMS.
Com a segunda maior alta entre os grupos, saúde e cuidados pessoais (1,94%) também teve influência importante, em maio, puxado pelos preços dos medicamentos em geral (produtos farmacêuticos, 3,70%) e, individualmente, pelo perfume (6,78%). Nesse grupo, a deflação média nos planos de saúde (-0,70%) foi, por sua vez, uma das principais contribuições no sentido de conter o IPCA-15 de maio, na RM Salvador.
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