Dólar cai pela oitava vez consecutiva e bolsa fecha estável

O dólar comercial caiu pela oitava sessão consecutiva nesta terça-feira (29), encerrando o dia cotado a R$ 5,631, com queda de R$ 0,018 (-0,31%). A moeda operou estável durante a manhã e passou a recuar ao longo da tarde, chegando a R$ 5,62 por volta das 12h20. Este é o menor valor desde 3 de abril.

No acumulado de abril, o dólar apresenta queda de 1,31%. Em 2025, a desvalorização chega a 8,88%.

O recuo da moeda norte-americana foi influenciado pelo arrefecimento da guerra comercial nos Estados Unidos e pela expectativa de manutenção dos juros elevados no Brasil, fatores que favorecem a entrada de capital estrangeiro no país.

No mercado acionário, o dia foi marcado por volatilidade. O índice Ibovespa, principal indicador da B3, encerrou o pregão praticamente estável, aos 135.093 pontos, com leve alta de 0,06%. Segundo analistas, a performance foi impactada por um movimento de realização de lucros, em que investidores vendem ativos para garantir os ganhos recentes.

Nos Estados Unidos, o secretário de Comércio, Howard Lutnick, afirmou que o presidente Donald Trump pode assinar um decreto prevendo alívio tarifário para veículos produzidos no país. Segundo ele, "as fabricantes receberão crédito de 15% sobre o valor dos veículos montados que poderão abater suprimentos importados afetados pela sobretaxação de 25% que entrou em vigor no início do mês".

No cenário doméstico, o mercado continua reagindo às declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Ele afirmou que "os juros continuarão altos porque a inflação está fora das expectativas". A manutenção de juros elevados tende a atrair investimentos internacionais para o país.