Atleta é expulsa de time após criar perfil em plataforma +18; clube nega

Marcela Soares possuía ganho superior nas plataformas de conteúdo adulto do que como atleta

Por Da Redação.

A atleta Marcela Soares, de 21 anos, foi desligada do Celemaster Uruguaianense após a diretoria do clube tomar conhecimento de que ela produzia conteúdo adulto em plataformas voltadas ao público +18. Apesar da repercussão, o clube nega que a dispensa tenha sido motivada por essa atividade paralela.

Segundo Marcela, a decisão do clube veio logo após a divulgação de fotos e vídeos sensuais publicados por ela em suas redes sociais. "Ganhei liberdade e a minha própria independência financeira. Foi difícil, a hipocrisia é real, o machismo também. Me senti injustiçada, excluída e julgada, mas não vou me deixar abater. Estou me fortalecendo de novo", desabafou.

Atleta é expulsa de time após criar perfil em plataforma +18.Foto: @maarcelaoficia

Com passagens por equipes como Leoas da Serra, Marechal Copagril, Pato Branco, Female e Celemaster, Marcela afirma atualmente ganhar cerca de R$ 55 mil por mês na internet - valor significativamente superior ao que recebia como atleta profissional.

Contrato sem restrições

Ela ainda afirma que seu contrato com o Celemaster não previa restrições quanto a atividades fora das quadras. “Não estava fazendo nada errado. Fui julgada, inclusive por outras mulheres, companheiras de quadra. É triste, mas é real. Deixo o esporte, mas não deixo as plataformas. Estou com a consciência tranquila.”

Em nota oficial, o clube afirmou que a saída de Marcela não teve relação com a produção de conteúdo adulto. “Ela chegou no início da temporada, como todas as outras atletas, e permaneceu até o fim do ano. Dias antes da saída do grupo principal, ela nos pediu para retornar à sua cidade, algo que está registrado no próprio processo”, disse o dirigente Malfussi.

Processo judicial 

A equipe também justificou o desligamento mencionando um processo judicial movido pela atleta em 2024. “Fomos processados pela primeira vez, justamente por essa jogadora. Isso nos deixou profundamente abalados, porque lutamos há décadas pelo futsal feminino.”

Marcela, por sua vez, alega ter sofrido uma lesão durante os treinos e diz que não recebeu qualquer tipo de assistência ou suporte do clube durante o período de recuperação.

Marcela Soares. Foto: redes sociais | @maarcelaoficial

A jogadora entrou com uma ação na Justiça do Trabalho de Uruguaiana pedindo o reconhecimento de vínculo empregatício com o Celemaster e cobrando R$ 18.977,52 em direitos trabalhistas que, segundo ela, não foram pagos. Sua defesa argumenta que Marcela exercia a atividade de forma subordinada, habitual e remunerada, o que configuraria uma relação formal de trabalho.

O Celemaster, por outro lado, afirma ser uma entidade sem fins lucrativos e alega atuar exclusivamente com o futsal feminino amador.

 

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