Cultura

'Dinheiro investido em cultura não é um investimento a fundo perdido', afirma Márcio Meirelles

Criador do Bando de Teatro Olodum e diretor do Teatro Vila Velha foi entrevistado do Linha de Frente, programa do Grupo Aratu

Por Da Redação

'Dinheiro investido em cultura não é um investimento a fundo perdido', afirma Márcio MeirellesCréditos da foto: Reprodução/Linha de Frente
https://www.youtube.com/watch?v=vZHk3KPHgp8
Convidado do programa Linha de Frente, do Grupo Aratu, o dramaturgo e diretor do Teatro Vila Velha, Márcio Meirelles abordou a importância da cultura na formação social e econômica. "O dinheiro investido em cultura não é um investimento a fundo perdido, como a gente ouve falar. É um investimento no desenvolvimento da sociedade", afirmou ao entrevistador do programa, o jornalista Pablo Reis.
"O Estado investe em indústria e comércio, os bancos são subsidiados [...]. Outras áreas tem esse investimento do Estado e supostamente não deveriam ter", afirma Meirelles. Para ele, há uma percepção coletiva de que o financiamento da cultura tem objetivos individuais, de manter artistas sem retorno coletivo. "Não é, cara. É para o público estar lá [no teatro], assim como você faz um hospital para os doentes, não faz para pagar os salários dos médicos e enfermeiras", elabora.
O dramaturgo falou também sobre o impacto da pandemia de Covid-19, entre 2020 e 2022, no Teatro Vila Velha. "Sofreu muito com infiltração, com uma série de coisas, porque era uma casa fechada. Perdemos muita coisa [...]. Foi muito complicado". Durante o período, a solução foi fazer um teatro virtual. "Foi um refinamento de uma linguagem que já vínhamos estudando, da tecnologia", conta Meirelles.
Outro desafio enfrentado pelo espaço nos últimos anos foi o cenário político brasileiro. "Tivemos anos de política contra os artistas, criminalizando os artistas, exatamente porque o que a gente faz é abrir a cabeça, esclarecer, abrir os segredos da humanidade e das emoções", diz Meirelles, afirmando que é papel da arte ser subversiva e gerar novas realidades.
O ENTREVISTADO
Aos 70 anos, Meirelles já dirigiu 125 espetáculos teatrais, incluindo "Ó Pai, Ó", "Cabaré da RRRaça" e "Zumbi". Ele também criou o Bando de Teatro Olodum e foi Secretário de Cultura do Estado da Bahia (Secult). A mais nova montagem do diretor é a peça "Josefina, a dos Ratos", em cartaz no Teatro Vila Velha. O espetáculo é uma releitura baiana do conto do escritor tcheco Franz Kafka "Josefina, a Cantora, ou O Povo dos Ratos".
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