MEU CARNAVAL: Maravilhoso mesmo é ver o Carnaval por outro ângulo e continuar sendo folião com o doce na boca
MEU CARNAVAL: Maravilhoso mesmo é ver o Carnaval por outro ângulo e continuar sendo folião com o doce na boca
Alegria, música, dança, brincadeira e emoção! Foram esses os ingredientes que me fizeram ter a certeza que o Carnaval de Salvador foi a maior e melhor festa de rua do planeta, mais uma vez, em 2017. Mas esse sucesso todo não pode ser atribuído apenas ao calor e recepção do povo baiano mesmo eles sendo o tempero principal para a folia. Até porque a gente não pode esquecer ou minimizar os turistas, a galera que trabalha e todos os envolvidos, que dão o gostinho especial durantes os dias de festa.
Eu fui nascido e criado praticamente dentro do circuito Barra- Ondina (Dodô), morando durante anos no Morro Ipiranga, na subida do Cristo. Conheço cada beco e esquina desse lugar e isso me deu a chance de ser folião por muito tempo. Porém esse ano, em especial, foi indescritível sentir a sonoridade de cada trio de outro ângulo, tendo como base a observação, coisa fundamental na atuação de um repórter.
Ver artistas como Ivete Sangalo, Claudia Leitte, Xanddy, Tomate, Bell e muitos outros em cima do trio, de ‘pertinho’, como a gente diz aqui na Bahia, é outro nível. As vezes, era muito complicado segurar a euforia de estar ali bem próximo e lembrar que o contato era ou deveria ser extremamente profissional. E um desses momentos serviu, inclusive, para mudar a opinião sobre um determinada cantora pois eu achava ela chata, mimada e sem talento algum. Ela, por sua vez, conseguiu provar o contrário e me deixou completamente apaixonado por suas apresentações. Ficaram curiosos, né? Vão continuar…rs
Apesar disso, o melhor mesmo era passar por dentro dos blocos e sentir a alegria de um povo que passa o ano todo esperando por esse momento de libertação. Casais trocando beijos quentes e amassos sem se preocupar com a opinião de outros, cantoras como Claudia Leitte e Daniela Mercury, que outrora eram vistas como chatas ou apagadinhas, sendo representantes do público LGBT, levantando a bandeira da liberdade sexual, dando força e visibilidade aos menos assistidos.
Com tudo isso, espero que em 2018 essa energia possa se repetir e eu possa ser novamente um contador de histórias.
Até lá, minha gente!
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*Publicada originalmente às 21h27