Sem patrocínio, salas de cinema do circuito de arte correm o risco de fechar

As salas de cinema do circuito alternativo de Salvador correm o risco de fechar. A informação é do gestor cultural e diretor das salas de arte, Marcelo Sá. Isto porque, ao longo dos últimos anos, a única empresa privada que injetava dinheiro no projeto era a Vivo, cujo acordo beneficiava o cinema do shopping Paseo, no Itaigara. O contrato foi encerrado neste mês e não será renovado. ?Sem o suporte da Vivo, não temos nenhum apoio financeiro, e não conseguimos fechar com nenhuma outra empresa? afirma Sá, em contato com o Aratu Online.

Atualmente, quatro espaços compõe o circuito de arte na capital baiana. Além do localizado no shopping Paseo, existem o Cinema da UFBA, no Vale do Canela, Cinema do Museu, no Corredor da Vitória e Cinema XIV, no Pelourinho, este último em manutenção. Sá tem aberto para a comunidade, sobretudo para aqueles que frequentam os espaços, o risco iminente de encerramento das atividades caso uma atitude não seja tomada. ?Estamos tentando informar as pessoas, para que elas fiquem sabendo dessa possibilidade?, desabafa.

Situação semelhante já aconteceu em espaços parecidos, como os localizados no Clube Bahiano de Tênis e Aliança Francesa. A realidade é que, sem dinheiro privado, a única alternativa parece ser uma intervenção dos poderes públicos municipal e estadual, que devem ser informados oficialmente sobre a situação nos próximos dias. ?Devo entrar em contato com os órgãos do setor de cultura da prefeitura e governo do estado a partir de amanhã (terça-feira)?, informa Sá.

O quadro já preocupa parte do público e tem gerado manifestações nas redes sociais como a de Sérgio Farias, frequentador das salas: ?O APELO aqui é para que as pessoas FREQUENTEM as salas que ainda existem, multipliquem o ?boca a boca?, as postagens, os compartilhamentos, amplifiquem ao máximo a necessidade de salvar esses ?bunkers de cultura” que ainda restam e nos proporcionam bons filmes?.