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Foto: Encontro Ciclotur&iacute;stico da Primavera (2019)/divulga&ccedil;&atilde;o MSVB</pre>

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Criado em setembro de 2013, o Movimento Salvador Vai de Bike (MSVB) celebra oito anos, neste 22 de setembro (Dia Mundial Sem Carro). Salvador atualmente &eacute; uma das cidades com maior crescimento nos usu&aacute;rios&nbsp;de bicicletas &nbsp;do pa&iacute;s. Tal crescimento n&atilde;o se limitou a important&iacute;ssimos avan&ccedil;os na infraestrutura ciclovi&aacute;ria da cidade.

Nosso sistema de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas inexpressivo em 2013, hoje somam mais de 300 quil&ocirc;metros. T&atilde;o importante quanto a amplia&ccedil;&atilde;o sem precedentes na infraestrutura, foi o amplo conjunto de iniciativas, nas mais diversas &aacute;reas, que juntas ao longo dos &uacute;ltimos oito anos, iniciaram um processo de verdadeira transforma&ccedil;&atilde;o da cidade, tornando-a mais amig&aacute;vel para os ciclistas, sensibilizando e capacitando motoristas, melhorando o conv&iacute;vio e tornando mais harm&ocirc;nico o compartilhamento das vias, atuando na forma&ccedil;&atilde;o de novos ciclistas, desde a inf&acirc;ncia, introduzindo a bicicleta no dia a dia das pessoas.

Lembro-me muito bem,&nbsp;justamente em setembro deste mesmo ano, quando lan&ccedil;amos o Movimento e inauguramos o sistema de bicicletas compartilhadas, os c&eacute;ticos de plant&atilde;o diziam: &ldquo;isso n&atilde;o vai dar certo em Salvador, a cidade n&atilde;o foi feita para pedalar, quente, cheia de ladeiras, esse pessoal acha que estamos onde?&rdquo;. Pois bem, nunca se pedalou tanto em nossa cidade! Os ciclistas est&atilde;o nas ruas e&nbsp;at&eacute; os c&eacute;ticos,&nbsp;de outrora, hoje usufruem dos servi&ccedil;os e estrutura que facilitam o uso das bikes. Ali&aacute;s, com rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s ladeiras, deixe-me relembrar, at&eacute; isso melhoramos muito, com a implanta&ccedil;&atilde;o &nbsp;do tr&aacute;fego das bicicletas em todos os ascensores em funcionamento na cidade, que ligam a cidade alta a cidade baixa (Elevador Lacerda e os Planos Inclinados).

Outro exemplo s&atilde;o as embarca&ccedil;&otilde;es que fazem a travessia entre as regi&otilde;es da Pen&iacute;nsula Itapagipana e o Sub&uacute;rbio Ferrovi&aacute;rio que tamb&eacute;m foram adaptadas para receber diariamente o tr&aacute;fego das bikes. O tempo da travessia de poucos minutos, ganho extraordin&aacute;rio, &nbsp;j&aacute; que o mesmo trajeto, quando feito de carro ou &ocirc;nibus &eacute; de pelo menos uma hora. Quem pedala por essas locais de nossa cidade sabe da import&acirc;ncia dessas facilidades. E quem pedala sabe tamb&eacute;m da import&acirc;ncia de melhorar e harmonizar a conviv&ecirc;ncia entre ciclistas e motoristas.

Fomos pioneiros na quest&atilde;o capacita&ccedil;&atilde;o de motoristas, sobretudo de &ocirc;nibus, dentro das garagens, onde al&eacute;m de aulas te&oacute;ricas e pr&aacute;ticas, usamos como artif&iacute;cio uma viv&ecirc;ncia na qual todos se colocaram no lugar do ciclista, sendo ultrapassado por um &ocirc;nibus numa dist&acirc;ncia menor que 1,5 m. Impressionante os depoimentos dos motoristas depois de passarem por essa experiencia.

Temos nos utilizado das mais diversas atividades, associando a bicicleta &agrave; sa&uacute;de, cidadania, cultura, lazer e esporte. Devido a isso, o Movimento Salvador Vai de Bike apoia e realiza uma s&eacute;rie de eventos ligados &agrave; temas dos mais diversos. A exemplo dos passeios cicl&iacute;sticos do Outubro Rosa - contra o c&acirc;ncer de mama; pelo Fim da Viol&ecirc;ncia contra a Mulher; Novembro Azul - para chamar aten&ccedil;&atilde;o da import&acirc;ncia dos exames de pr&oacute;stata; Pedalada Cultural; Virada Cicl&iacute;stica, Salvador Night Bike; Passeio Cicl&iacute;stico da Primavera; e &agrave;s competi&ccedil;&otilde;es esportivas de ciclismo, entre outras atividades. At&eacute; no Carnaval, a maior festa popular do pa&iacute;s, demos um jeito de colocar a Bike. A abertura do nosso pr&eacute;-carnaval &nbsp;se d&aacute; com o Bike Fuzu&ecirc;, um verdadeiro abre alas com centenas de ciclistas fantasiados.

A id&eacute;ia &eacute; essa. Explorar todas as possibilidades e dimens&otilde;es. Nesse sentido, implantamos recentemente o &ldquo;Bike Comunidade&rdquo;, onde a bicicleta contribui para o desenvolvimento socioeconomico e comunit&aacute;rio. Ali&aacute;s, os neg&oacute;cios ligados &aacute;s bicicletas est&atilde;o em crescimento exponencial, outro efeito colateral extremamente positivo, o setor est&aacute; em ebuli&ccedil;&atilde;o.

Acreditamos na bicicleta. N&atilde;o apenas como uma op&ccedil;&atilde;o de mobilidade ativa e sustent&aacute;vel, mas, sobretudo, como importante &nbsp;instrumento de qualidade de vida para as pessoas&nbsp;e,&nbsp;por consequ&ecirc;ncia, para toda a cidade.&nbsp;

*Este material n&atilde;o reflete, necessariamente, a opini&atilde;o do&nbsp;Aratu On.

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Cr&eacute;dito da foto: Biblos/Jbeil, no L&iacute;bano | reprodu&ccedil;&atilde;o/YouTube</pre>

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Existem v&aacute;rias defini&ccedil;&otilde;es nos dicion&aacute;rios para o significado da palavra cidade. Grande parte delas&nbsp;giram em torno de: &quot;aglomera&ccedil;&atilde;o de pessoas em um &aacute;rea geogr&aacute;fica circunscrita, com in&uacute;meras edifica&ccedil;&otilde;es, que desenvolve atividades sociais, econ&ocirc;micas, industriais, comerciais, culturais e administrativas&quot;.&nbsp;H&aacute; relatos que indicam Jeric&oacute;, situada na atual regi&atilde;o da Palestina, como sendo a primeira cidade a surgir h&aacute; mais de nove mil anos antes de Cristo. Outros relatos afirmam que Biblos &eacute; a cidade continuamente habitada mais antiga do mundo. Localizada na costa mediterr&acirc;nea do L&iacute;bano, ao norte de Beirute, acredita-se que Biblos tenha sido ocupada primeiro entre 8.800 e 7.000.

Todas elas, entre outras cidades milenares, nasceram no sentido de &ldquo;aglomera&ccedil;&atilde;o de pessoas&rdquo;, &ldquo;&aacute;rea geogr&aacute;fica&rdquo;, &ldquo;edifica&ccedil;&atilde;o&rdquo; entre outras caracter&iacute;sticas comuns a todas as cidades de hoje. Estou dizendo que todas as cidades s&atilde;o iguais, ent&atilde;o? Claro que n&atilde;o! Mesmo aquelas muito pr&oacute;ximas, fronteiri&ccedil;as, certamente s&atilde;o bem diferentes, n&atilde;o s&oacute; nas suas configura&ccedil;&otilde;es urbanas, ou na cultura dos povos que nelas vivem. Cidades t&ecirc;m na sua ess&ecirc;ncia uma configura&ccedil;&atilde;o que as tornam &uacute;nicas. Cada uma tem seu pr&oacute;prio DNA, sua digital, que &eacute; exclusiva.&nbsp;

Uma defini&ccedil;&atilde;o do significado do que &eacute; uma &ldquo;cidade&rdquo;, que gosto muito, diz: &ldquo;Um ac&uacute;mulo de energia que se manifesta pelo tipo, quantidade e qualidade das transa&ccedil;&otilde;es que gera.&rdquo; Segundo Bernardo Toro, autor dessa defini&ccedil;&atilde;o, transformar uma cidade implica compreender e transformar as arquiteturas pol&iacute;ticas, sociais e culturais que as transa&ccedil;&otilde;es produzem, o autor complementa ainda que essa transforma&ccedil;&atilde;o necessita de um &ldquo;imagin&aacute;rio convocante&rdquo;. J&aacute; para o escritor Italiano&nbsp;Italo Calvino, toda &nbsp;cidade &eacute; tamb&eacute;m imaginada, pois &eacute; imposs&iacute;vel termos uma vis&atilde;o total dela, ainda pra o italiano qualquer transforma&ccedil;&atilde;o de uma cidade parte da capacidade de identificar o novo imagin&aacute;rio, que j&aacute; reside entre seus habitantes.&nbsp;

Acredito que o imagin&aacute;rio &eacute; fundamental para criar a converg&ecirc;ncia de interesses entre todos, para se ter uma cidade melhor para todos. Para caminharmos na dire&ccedil;&atilde;o de uma cidade com uma vida urbana vibrante, saud&aacute;vel, econ&ocirc;mica e socialmente mais justa, devemos antes de tudo formar nosso imagin&aacute;rio: A cidade que queremos. Uma cidade essencialmente &eacute; feita de pessoas, ideias e a&ccedil;&otilde;es. Portanto, pare um segundinho e pergunte a voc&ecirc; mesmo:

1 -&nbsp;Qual a cidade que EU quero? 
2 - O que EU tenho feito para que minha cidade seja a cidade que EU quero?

Se sua resposta a pergunta 2 for&nbsp;&quot;nada&quot;, ent&atilde;o encontre algo para fazer que possa, de alguma forma, contribuir para a cidade que voc&ecirc; quer. Se sua resposta for: &quot;j&aacute; estou fazendo&quot;, ent&atilde;o envolva mais pessoas nisso, para que o resultado do que voc&ecirc; est&aacute; fazendo seja ainda maior.&nbsp;O que estou tentando aqui &eacute; fazer voc&ecirc; refletir e agir. Pois se nada for feito, o que queremos aqui vira puro devaneio.

Uma quest&atilde;o final: se a sua resposta &agrave; pergunta 1, com toda a simplicidade ou complexidade dela, n&atilde;o for algo que possa ser almejado por TODOS os cidad&atilde;os, por favor, reformule, pois n&atilde;o &eacute; para uma cidade.

*Este material n&atilde;o reflete, necessariamente, a opini&atilde;o do&nbsp;Aratu On.

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Cr&eacute;dito da foto: Wendel Moretti/Pexels</pre>

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O artigo 201 do C&oacute;digo de Tr&acirc;nsito Brasileiro indica: Deixar de guardar a dist&acirc;ncia lateral de um metro e cinq&uuml;enta cent&iacute;metros ao passar ou ultrapassar bicicleta &eacute; infra&ccedil;&atilde;o m&eacute;dia, com penalidade de multa.

Acredite:&nbsp;respeitar esse pequeno espa&ccedil;o tem um poder de transforma&ccedil;&atilde;o enorme. O mais incr&iacute;vel &eacute; que essa atitude &eacute; uma a&ccedil;&atilde;o simples que n&atilde;o depende do poder do prefeito, da C&acirc;mara de Vereadores, da pol&iacute;cia, do seu patr&atilde;o ou chefe. Depende -&nbsp;&uacute;nica e exclusivamente - de VOC&Ecirc; que possui um carro. &Eacute; o poder do comportamento individual, com benef&iacute;cio coletivo.&nbsp;

As consequ&ecirc;ncias desse comportamento surgem em efeito cascata: menos riscos para os ciclistas, mais bicicletas nas ruas e, assim, menos carros, menos tr&acirc;nsito, menos estresse, melhor qualidade do ar, mais sa&uacute;de para popula&ccedil;&atilde;o, menos viol&ecirc;ncia, mais gente ocupando o espa&ccedil;o urbano e&nbsp;mais qualidade de vida para todos.&nbsp;

Conviv&ecirc;ncia e compartilhamento s&atilde;o palavras de ordem que refor&ccedil;am uma atitude que devemos disseminar entre os soteropolitanos.&nbsp;

O tr&aacute;fego de bicicletas pode ser compartilhado tanto com carros quanto com pedestres. &Eacute; l&oacute;gico que a infraestrutura ciclovi&aacute;ria &eacute; importante para qualquer cidade, entretanto, s&atilde;o necess&aacute;rios investimentos do poder p&uacute;blico que sempre ser&atilde;o limitados. E olha que a nossa cidade foi uma das que mais cresceu em infra no Brasil em t&atilde;o pouco tempo. Todavia, ilimitada &eacute; a nossa capacidade de exercer a cidadania, nossa atitude individual de cumprir o <a href="https://www.ctbdigital.com.br/" target="_blank">C&oacute;digo de Tr&acirc;nsito</a>, respeitar os ciclistas e fazer de um ato simples, por&eacute;m com poder de transformar a forma de conviv&ecirc;ncia nas ruas em nossa querida cidade. Aproveitamos o m&ecirc;s de maio e nos engajamos no movimento internacional &ldquo;Maio Amarelo&rdquo;, uma coaliz&atilde;o global que mobiliza o poder p&uacute;blico e a sociedade civil com a inten&ccedil;&atilde;o de colocar em pauta o tema seguran&ccedil;a vi&aacute;ria, al&eacute;m&nbsp;de mobilizar em torno dessa luta toda a sociedade.&nbsp;

Acreditamos fortemente que voc&ecirc;, cidad&atilde;o que possui um carro, com um esfor&ccedil;o m&iacute;nimo, pode se engajar nesse movimento. N&atilde;o apenas no m&ecirc;s de maio, mas tornar a seguinte atitude um h&aacute;bito permanente:

<h2 style="text-align: center;">Ao ver um ciclista, reduza a velocidade e ultrapasse respeitando a dist&acirc;ncia de 1,5 metro. Voc&ecirc; tem o poder para isso. Portanto,&nbsp;exer&ccedil;a, mobilize e compartilhe essa atitude.</h2>

A prop&oacute;sito, segundo dicion&aacute;rios: &ldquo;Poder&rdquo; &eacute; a capacidade de deliberar arbitrariamente, agir, mandar e tamb&eacute;m, dependendo do contexto, a faculdade de exercer a autoridade, a soberania, o imp&eacute;rio. Poder tem tamb&eacute;m uma rela&ccedil;&atilde;o direta com capacidade de se realizar algo, aquilo que se &quot;pode&quot; ou que se tem o &quot;poder&quot; de realizar ou fazer.

*Este material n&atilde;o reflete, necessariamente, a opini&atilde;o do&nbsp;Aratu On.

Estamos passando por um momento dram&aacute;tico por conta da pandemia, que tem afetado diversos aspectos sociais, interferindo diretamente em nosso comportamento, no acesso aos servi&ccedil;os de uma maneira geral, na economia, nas rela&ccedil;&otilde;es familiares e por a&iacute; vai.&nbsp;

Em termos de comportamento, podemos afirmar que a bicicleta, neste cen&aacute;rio, ganhou um destaque especial.&nbsp;A bike se tornou uma grande aliada em todo o mundo. O uso individual do transporte, assim como a facilidade na higieniza&ccedil;&atilde;o, a torna o meio de transporte mais seguro do momento, seja para se locomover ou para se exercitar, em tempos onde o mais importante &eacute; evitar aglomera&ccedil;&otilde;es. &Eacute; por isso que neste momento a bicicleta se associa &agrave;s estrat&eacute;gias de distanciamento f&iacute;sico e aos protocolos de higiene recomendados, inclusive pela OMS.&nbsp;

O poder da bicicleta &eacute; incr&iacute;vel. De 2013 para c&aacute;, o uso deste meio de transporte tem crescido exponencialmente em nossa cidade. Podemos apontar muitos fatores que gerou isso, mas acredito que o principal foi a cria&ccedil;&atilde;o do Movimento Salvador Vai de Bike, um amplo conjunto de iniciativas de est&iacute;mulo ao uso da bicicleta, que associado aos investimentos de infraestrutura vi&aacute;ria iniciados na gest&atilde;o do prefeito ACM Neto, fazem as bikes chamarem cada vez mais aten&ccedil;&atilde;o nas ruas da cidade.&nbsp;

E devido &agrave;s mudan&ccedil;as no cen&aacute;rio da bike dentro da capital baiana, Salvador ocupa posi&ccedil;&atilde;o de destaque hoje no cen&aacute;rio nacional. As magrelas est&atilde;o por toda parte. Apenas para citar o uso das bicicletas compartilhadas, do projeto Bike Salvador (as famosas &ldquo;laranjinhas&rdquo;), segundo levantamento recente, ao comparar os meses de janeiro de 2020 e janeiro de 2021 foi percebido um aumento de 71% nas viagens realizadas, enquanto o n&uacute;mero de usu&aacute;rios aumentou em 74%. Temos mais de dois milh&otilde;es e seiscentas mil viagens acumuladas no sistema. A bicicleta, de uma maneira geral em Salvador, tem sido utilizada tanto pelo cidad&atilde;o comum como tem sido ve&iacute;culo de log&iacute;stica para entregas de diversos tipos de produtos - viabilizando oportunidades de gera&ccedil;&atilde;o de renda &agrave; popula&ccedil;&atilde;o.&nbsp;

Com essa demanda urgente e necess&aacute;ria, n&oacute;s, do Movimento Salvador Vai de Bike, lan&ccedil;amos, em plena pandemia, o Bike Comunidade - projeto no qual as bicicletas s&atilde;o disponibilizadas para as comunidades e utilizadas pela popula&ccedil;&atilde;o para transporte de entregas, por trabalhadores que precisam utilizar para chegar aos locais de servi&ccedil;o, para as compras dom&eacute;sticas, entre outras diversas atividades. Ali&aacute;s, os &ldquo;neg&oacute;cios da bicicleta&rdquo; tamb&eacute;m est&atilde;o crescendo exponencialmente. &nbsp;

A bicicleta gera desenvolvimento econ&ocirc;mico, sim, e em tempos de pandemia ganhou uma for&ccedil;a ainda maior. Segundo dados da Alian&ccedil;a Bike, o setor fabril e o varejo de bicicletas no Brasil criaram 2.063 novos empregos com carteira assinada em 2020. Em 2021, o saldo tamb&eacute;m &eacute; positivo: 725 novas vagas apenas em janeiro e fevereiro. Os dados in&eacute;ditos foram tratados pela Alian&ccedil;a Bike com base no CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Minist&eacute;rio da Economia. Certamente, os impactos econ&ocirc;micos s&atilde;o ainda maiores, n&atilde;o detectados pelos sistemas oficiais existentes devido &agrave; informalidade. Mas, de fato, o setor vive um momento &uacute;nico.&nbsp;

Acreditamos que a bicicleta vem ganhando seu merecido espa&ccedil;o e tenho convic&ccedil;&atilde;o de que quanto mais bicicletas nas ruas mais qualidade de vida para as cidades, para as pessoas, para a economia. Inclusive neste momento de crise - que sequer t&iacute;nhamos ideia que ir&iacute;amos enfrentar -, a bicicleta acabou &ldquo;crescendo&rdquo;. &nbsp;Portanto, se voc&ecirc; foi &ldquo;contaminado&rdquo; pela magrela, busque pedalar de forma segura, use m&aacute;scara, evite aglomera&ccedil;&otilde;es, leve seu &aacute;lcool para higieniza&ccedil;&atilde;o constante, fa&ccedil;a o que precisa ser feito e volte para casa.&nbsp;

*Este material n&atilde;o reflete, necessariamente, a opini&atilde;o do&nbsp;Aratu On.

Elenco famoso, trama de vingan&ccedil;a, reviravoltas e personagens pol&ecirc;micos, Beleza Fatal entrega em sua proposta um modelo que agrada &agrave; espectatorialidade brasileira. Criada por Raphael Montes (Bom Dia, Ver&ocirc;nica), o maior ponto de qualidade da novela &eacute; a consci&ecirc;ncia que a equipe tem de que est&aacute; fazendo novela e precisa apostar nos modelos basilares do formato para alcan&ccedil;ar o que deseja mostrar.
H&aacute; uma coragem de Montes em investir em uma narrativa que se vale dos clich&ecirc;s e das conforma&ccedil;&otilde;es &lsquo;novel&iacute;sticas&rsquo;. Assim, o p&uacute;blico que gosta de telenovelas vai encontrar elementos j&aacute; conhecidos por ele: o n&uacute;cleo c&ocirc;mico, que &eacute; o da fam&iacute;lia sem dinheiro, os ricos apodrecidos, a vil&atilde; inescrupulosa etc. E esses pontos comuns reunidos revelam que h&aacute; uma consci&ecirc;ncia em convocar um padr&atilde;o familiar (<a href="https://aratuon.com.br/variedades/astrologa-preve-futuro-de-boninho-no-sbt-vai-explodir-e-passar-a-globo" target="_blank" rel="noopener">Oi, Globo</a>) para aproximar a audi&ecirc;ncia da produ&ccedil;&atilde;o.
Dessa forma, a HBO (emissora da novela) investe em Beleza Fatal e deixa n&iacute;tido que est&aacute; atenta a essa necessidade de mercado. E para contar essa hist&oacute;ria, com essas marcas comuns narrativas, a produ&ccedil;&atilde;o se vale tamb&eacute;m da est&eacute;tica visual da tradi&ccedil;&atilde;o de telenovela. O uso da luz mais chapada e aberta eleva a potencialidade desse universo de riqueza, beleza e cirurgia pl&aacute;stica, que &eacute; uma das bases do enredo.
Essa ilumina&ccedil;&atilde;o, aparentemente menos sofisticada, vem de um modelo de produ&ccedil;&atilde;o, por exemplo, no qual novelas originais s&atilde;o exibidas diariamente em tr&ecirc;s hor&aacute;rios. Por isso, diversas vezes, o apelidado de &ldquo;Luz de Maracan&atilde;&rdquo; era acionado. Ainda que esse n&atilde;o seja o caso de Beleza Fatal, a obra mostra o conhecimento dessa visualidade e elabora a constru&ccedil;&atilde;o de atmosfera se valendo das marcas de seu pr&oacute;prio formato.
Algo semelhante pode ser observado no uso das sombras. Elas est&atilde;o ali, principalmente, para acompanhar as personagens centrais da trama: a mocinha Sophia (Camila Queiroz) e a vil&atilde; Lola (Camila Pitanga). Olhar para Beleza Fatal &eacute; constatar as caracter&iacute;sticas est&eacute;ticas de telenovelas, e essa &eacute; uma das confirma&ccedil;&otilde;es. Assim como as sombras, a maioria dos recursos est&eacute;ticos, de encena&ccedil;&atilde;o e de som, estar&atilde;o &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o das duas figuras principais e do embate: mocinha x vil&atilde;.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/a6c9e8b7-55f3-46ae-9060-85720c572356.jpg?width=700&amp;height=422" alt="Foto: reprodu&ccedil;&atilde;o">
E &eacute; esse o diferencial desse tipo de formato e de produ&ccedil;&atilde;o. A plateia vai vibrar, torcer e se engajar com a rivalidade entre as personagens centrais estabelecidas pela obra. Todo o resto n&atilde;o pode ser largado, mas &eacute; menor. E por ter esse foco, a sensa&ccedil;&atilde;o de conex&atilde;o com a hist&oacute;ria se eleva. Dessa maneira, os pontos visuais e sonoros ser&atilde;o delas: de Lola e de Sophia - majoritariamente.&nbsp;
Quando o consumidor olhar para a cor rosa vibrante, vai imediatamente pensar em Lola. Amarelo (e suas deriva&ccedil;&otilde;es), em Sophia - seus cabelos, a roupa da sua m&atilde;e na pris&atilde;o. O fato de a jovem ir perdendo esse brilho puro pela sede de vingan&ccedil;a tamb&eacute;m &eacute; emblem&aacute;tico para a narrativa e posto de forma visual. Dentro de todas essas l&oacute;gicas, o que move as escolhas da produ&ccedil;&atilde;o &eacute; acertado, por&eacute;m falta ao produto sustentar a sua cria&ccedil;&atilde;o.
Em termos de enredo, al&eacute;m da obviedade dos encaminhamentos da hist&oacute;ria, as solu&ccedil;&otilde;es repetidas cansam. A inser&ccedil;&atilde;o dos problemas, as tens&otilde;es e como tudo ser&aacute; resolvido s&atilde;o quase id&ecirc;nticos em cada bifurca&ccedil;&atilde;o da trama. Assim, com certeza, Sophia vai descobrir um segredo de Lola ou da fam&iacute;lia Argento &mdash; os ricos, donos de tudo e corruptos &mdash;, ultrapassar todos os limites para expor o que encontrou de ruim e ser rebatida pela for&ccedil;a da influ&ecirc;ncia dos Argento e de sua arqui-inimiga.&nbsp;
Sem uma din&acirc;mica de progress&atilde;o ou controle das for&ccedil;as, a import&acirc;ncia do que est&aacute; sendo mostrado se esvai. E isso atinge o elenco, fazendo com que todos os n&uacute;cleos fiquem monoc&oacute;rdicos. A &uacute;nica atriz que se salva disso &eacute; Julia Stockler, a Gisela, porque ela vai al&eacute;m do que est&aacute; na obra e cria, atrav&eacute;s da voz e do corpo, outros tons para seu papel.&nbsp;
De toda maneira, a novela come&ccedil;a a ficar cansativa com tantos ciclos iguais. Outro elemento que pode ter interferido nessa sensa&ccedil;&atilde;o de repeti&ccedil;&atilde;o &eacute; sua forma de grava&ccedil;&atilde;o. As sequ&ecirc;ncias foram rodadas por loca&ccedil;&atilde;o, do in&iacute;cio ao fim. Talvez, por isso, reste uma impress&atilde;o de que n&atilde;o houve um desandar temporal e situacional. Quase todas as personagens agem sempre em um mesmo tom e a cria&ccedil;&atilde;o de atmosfera &eacute; semelhante o tempo inteiro.&nbsp;
Gradativamente, Beleza Fatal passa a ser entediante, cansativa e repetitiva. Ainda que ela cumpra uma fun&ccedil;&atilde;o importante no que se refere ao mercado da teledramaturgia brasileira, n&atilde;o basta introduzir uma obra que chame o p&uacute;blico. A manuten&ccedil;&atilde;o da qualidade e o cuidado com a espectatorialidade do consumidor &eacute; o que garante seu retorno.
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*Este material n&atilde;o reflete, necessariamente, a opini&atilde;o do Aratu On

Declara&ccedil;&atilde;o de ajuste anual do <a href="https://aratuon.com.br/economia/declaracao-do-imposto-de-renda-comeca-nesta-segunda-feira-confira-" target="_blank" rel="noopener">imposto de renda</a>. Voc&ecirc; j&aacute; ouviu falar da declara&ccedil;&atilde;o pr&eacute;-prenchida? O que &eacute;, quem pode e quais os pontos de aten&ccedil;&atilde;o? A declara&ccedil;&atilde;o pr&eacute;-prenchida do imposto de renda &eacute; uma funcionalidade oferecida pela Receita Federal do Brasil, que permite ao contribuinte iniciar a declara&ccedil;&atilde;o com diversas informa&ccedil;&otilde;es j&aacute; preenchidas automaticamente.&nbsp;
A declara&ccedil;&atilde;o pr&eacute;-prenchida utiliza dados fornecidos por fontes pagadoras, institui&ccedil;&otilde;es financeiras, planos de sa&uacute;de e outros &oacute;rg&atilde;os. Isso reduz o risco de erros e facilita o preenchimento, j&aacute; que o contribuinte precisa apenas revisar e complementar as informa&ccedil;&otilde;es.
Podem utilizar a declara&ccedil;&atilde;o pr&eacute;-prenchida:
<ul style="text-align: justify;">
<li>todos os contribuintes que possuem a senha gov.br no n&iacute;vel "prata ou "ouro". Se for bronze, eleve seu n&iacute;vel de seguran&ccedil;a;</li>
<li>quem tamb&eacute;m utiliza o programa do Imposto de Renda de Pessoa F&iacute;sica (vers&atilde;o de computador ou aplicativo m&oacute;vel), ou o servi&ccedil;o "Meu Imposto de Renda", no E-CAC;</li>
<li>contribuintes que entregaram a declara&ccedil;&atilde;o no ano anterior e j&aacute; tem os seus dados na <a href="https://aratuon.com.br/economia/receita-federal-libera-consulta-ao-lote-da-malha-fina-veja-detalhes" target="_blank" rel="noopener">base da Receita Federal</a> tamb&eacute;m poder&aacute; usar a declara&ccedil;&atilde;o pr&eacute;-prenchida.</li>
</ul>
Um ponto de aten&ccedil;&atilde;o: revise todos os dados. Apesar do preenchimento autom&aacute;tico, o contribuinte deve revisar todas as informa&ccedil;&otilde;es, pois podem haver erros ou omiss&otilde;es. Inclus&atilde;o de informa&ccedil;&atilde;o faltante, algum dado que n&atilde;o aparece automaticamente, como certas despesas m&eacute;dicas ou doa&ccedil;&otilde;es dedut&iacute;veis, talvez seja necess&aacute;rio para que voc&ecirc; possa complementar sua declara&ccedil;&atilde;o de forma assertiva.
Fique atento! A responsabilidade &eacute; do contribuinte, mesmo com preenchimento autom&aacute;tico. Eventuais inconsist&ecirc;ncias s&atilde;o de responsabilidades do contribuinte. A declara&ccedil;&atilde;o pr&eacute;-prenchida n&atilde;o altera os prazos da Receita Federal, ent&atilde;o &eacute; importante ficar atento ao calend&aacute;rio de entrega.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/2236ca0d-b385-4e87-98bc-389737e23597.jpg?width=600&amp;height=427" alt="">
+ <a href="https://aratuon.com.br/economia/imposto-de-renda-receita-abre-consulta-a-lote-residual-da-restituicao" target="_blank" rel="noopener">Imposto de Renda: Receita abre consulta a lote residual da restitui&ccedil;&atilde;o</a>
*Este material n&atilde;o reflete, necessariamente, a opini&atilde;o do Aratu On

Pesada, sombria e intensa, Adolesc&ecirc;ncia &eacute; uma das novas miniss&eacute;ries da Netflix. A premissa em si j&aacute; d&aacute; um n&oacute; na garganta, porque trata sobre um garoto de 13 anos, Jamie Miller (Owen Cooper), que &eacute; acusado de assassinar sua colega de escola. Apesar de algumas irregularidades, a s&eacute;rie impressiona por sua consci&ecirc;ncia de encena&ccedil;&atilde;o e desenho de som.
Como &eacute; que se conta uma hist&oacute;ria t&atilde;o assombrosa quanto essa? Como setar o tom, sem ultrapassar limites? Em termos de diegese e extra-diegese (o que h&aacute; dentro e fora da narrativa), a produ&ccedil;&atilde;o lida com essa premissa indigesta. Dentro da trama, um menino &eacute; preso por um crime de viol&ecirc;ncia extrema. Para que o impacto da situa&ccedil;&atilde;o seja sentido desde o in&iacute;cio, as din&acirc;micas da mise-en-sc&egrave;ne s&atilde;o exploradas.
A sequ&ecirc;ncia da pris&atilde;o de Jamie acontece nos primeiros minutos do seriado e &eacute; um excelente exemplo da qualidade do trabalho aqui. A come&ccedil;ar pelo fato de que ela tem poucos planos fechados, com movimenta&ccedil;&otilde;es espaciais intensas e mudan&ccedil;as geogr&aacute;ficas - como a ida da pol&iacute;cia do primeiro andar da casa de Jamie para o segundo.&nbsp;
A luz da interna &eacute; baixa, com a arte trabalhada na temperatura azulada e pontos de luz que v&ecirc;m dos policiais. Os sons possuem diversas camadas. Assim, o ambiente de caos &eacute; instaurado. Imagens e sons acelerados e intensos fazem com que o espectador se aproxime das emo&ccedil;&otilde;es das personagens - como de desespero e d&uacute;vida.&nbsp;
Al&eacute;m disso, nesta sequ&ecirc;ncia inicial e at&eacute; o final do primeiro epis&oacute;dio, o p&uacute;blico ainda n&atilde;o sabe para quem torcer ou o que pensar exatamente do que est&aacute; ocorrendo. H&aacute; uma organicidade dos movimentos do elenco, das c&acirc;meras e ru&iacute;dos que direcionam a plateia, em uma dan&ccedil;a sinuosa entre a&ccedil;&otilde;es f&iacute;sicas, amor familiar e contradi&ccedil;&otilde;es humanas.
Em termos de sons, ap&oacute;s a sa&iacute;da da casa dos Miller, a pot&ecirc;ncia do trabalho de sonoridades de Adolescence se eleva. A partir dali, quem assiste &eacute; convidado a mergulhar cada vez mais na atmosfera daquele universo ficcional. Quem faz o folley desta produ&ccedil;&atilde;o brilha - &nbsp;juntamente com toda a equipe de som. Cada elemento sonoro evoca um sentimento e explica cada situa&ccedil;&atilde;o vivenciada.&nbsp;
Depois do piloto, cada epis&oacute;dio se passa em um contexto - o que faz a s&eacute;rie cair um pouco, &eacute; verdade, mas chegaremos l&aacute; -, mas, ainda assim, o espectador sente que est&aacute; presente na narrativa justamente por conta dessa preocupa&ccedil;&atilde;o com os detalhes do som. Os ru&iacute;dos da escola, da delegacia, da sala de terapia entregam uma experi&ecirc;ncia narrativa particular.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/ab367de6-948e-4bc4-9a37-5ca6b4258c16.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="">
Est&aacute; tudo ali: as portas que abrem e fecham (aumentando ou diminuindo o som de uma ambiente), os telefones que tocam, as escadas do col&eacute;gio que t&ecirc;m aquele barulhinho de t&ecirc;nis rangendo. Mas, ainda melhor, o uso do sil&ecirc;ncio. Com toda esta l&oacute;gica de sonoridades, a aus&ecirc;ncia de ru&iacute;dos &eacute; potente, &eacute; simb&oacute;lica, &eacute; desconfort&aacute;vel. O auge desta estrat&eacute;gia tamb&eacute;m &eacute; no piloto.
A cena que tem um plano m&eacute;dio de Eddie Miller (Stephen Graham), pai de Jamie, vendo o filho ser revistado, sem roupas, pelos policiais, &eacute;, talvez, a melhor (em termos de qualidade, de sensa&ccedil;&otilde;es &eacute; a pior) parte de toda a produ&ccedil;&atilde;o. &Eacute; muito inteligente como as dire&ccedil;&otilde;es - geral, fotografia e arte - mant&eacute;m a integridade do menino sem tirar o peso do contexto da trama.
Toda a sequ&ecirc;ncia da vistoria em Jamie &eacute; um plano longo em Eddie. O p&uacute;blico v&ecirc; apenas a sua rea&ccedil;&atilde;o e escuta o sil&ecirc;ncio frio da sala da delegacia, interrompido somente pelas indica&ccedil;&otilde;es dos policiais. Cada microexpress&atilde;o de Stephen &eacute; captada pela plateia. Inclusive, ainda que todo elenco se saia bem, sem exce&ccedil;&otilde;es, Graham &eacute; o grande destaque em termos de atua&ccedil;&atilde;o.
A maneira como o ator joga com a conten&ccedil;&atilde;o versus explos&atilde;o de movimento eleva a potencialidade de significados dos seus sentimentos. As d&uacute;vidas e ang&uacute;stias de um pai que n&atilde;o sabe o que sentir em rela&ccedil;&atilde;o ao seu filho, mesmo o amando, ficam n&iacute;tidas no trabalho de Graham por conta desta din&acirc;mica f&iacute;sica e corporal que ele investe.
No entanto, devido a l&oacute;gica da miniss&eacute;rie, n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel acompanhar a interpreta&ccedil;&atilde;o de Graham durante toda a obra. Modificando os cen&aacute;rios em cada epis&oacute;dio (delegacia, escola, institui&ccedil;&atilde;o psiqui&aacute;trica, casa da fam&iacute;lia Miller), um quebra-cabe&ccedil;a se monta e as trajet&oacute;rias das personagens s&atilde;o narradas. Todavia, ao mesmo tempo que esta estrutura esgar&ccedil;a o conte&uacute;do da hist&oacute;ria, ela impede que as personagens se desenvolvam.
O que ocorreu no crime fica bem explicado no segundo epis&oacute;dio. Dali em diante, o p&uacute;blico encontra repeti&ccedil;&otilde;es. Contudo, ao mesmo tempo, diversas figuras somem do enredo, sendo abandonadas pelo roteiro. &Eacute; por esta raz&atilde;o que, apesar de todo um apuro est&eacute;tico, Adolesc&ecirc;ncia &eacute; melhor em introduzir o seu universo ficcional do que mant&ecirc;-lo.&nbsp;
A obra vale a pena por transmitir sensa&ccedil;&otilde;es profundas, atrav&eacute;s da t&eacute;cnica do audiovisual. Mas, n&atilde;o d&aacute; para se prender ao destino das personagens, sen&atilde;o a decep&ccedil;&atilde;o ir&aacute; se instalar.&nbsp;
Assista ao trailer oficial:
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*Este material n&atilde;o reflete, necessariamente, a opini&atilde;o do Aratu On

Falamos muito sobre foco, mas nem sempre percebemos que tudo o que alimentamos com nossa aten&ccedil;&atilde;o cresce.
Por isso, escolha com cuidado onde coloca sua energia. No final, somos n&oacute;s que cultivamos e tamb&eacute;m quem lida com os frutos do que cresce dentro da gente.
Se voc&ecirc; passa muito tempo alimentando pensamentos de medo, inseguran&ccedil;a, d&uacute;vida&hellip; adivinha? Eles crescem dentro de voc&ecirc;.
E quanto mais crescem, mais moldam sua forma de ver o mundo, de se relacionar e at&eacute; de falar.
Agora, pensa nisso: Sem conex&atilde;o, sua fala tende a ser ignorada pela outra pessoa. Sem escuta, sua fala tende a n&atilde;o considerar o estado emocional do outro.Se voc&ecirc; j&aacute; est&aacute; pensando no que vai responder antes mesmo de ouvir&hellip; t&aacute; perdendo detalhes importantes do que o outro sente.
E sem reflex&atilde;o, suas emo&ccedil;&otilde;es, dores e insatisfa&ccedil;&otilde;es falam por voc&ecirc;.
O problema &eacute; que muitas vezes a gente n&atilde;o percebe o que est&aacute; crescendo dentro. S&oacute; sente o efeito disso: rela&ccedil;&otilde;es desgastadas, falas que n&atilde;o s&atilde;o ouvidas, uma sensa&ccedil;&atilde;o de frustra&ccedil;&atilde;o que parece n&atilde;o ter fim."
Estar presente n&atilde;o &eacute; s&oacute; uma escolha, &eacute; um compromisso. Um compromisso com suas rela&ccedil;&otilde;es, com a sua voz e com quem voc&ecirc; quer ser. O que voc&ecirc; tem alimentado ultimamente? Isso te fortalece ou est&aacute; te drenando?
Se essa reflex&atilde;o fez sentido pra voc&ecirc;, continue me acompanhando atrav&eacute;s das redes sociais: @decidaseexpressar e @gamatai. Porque tem muita coisa que a gente pode transformar, s&oacute; mudando o que cresce aqui dentro.
E n&atilde;o se esque&ccedil;a: o que voc&ecirc; sente, pensa e quer importam. Decida se expressar. At&eacute; a pr&oacute;xima!
*Este material n&atilde;o reflete, necessariamente, a opini&atilde;o do Aratu On

Isaac Edington

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