A Agropecuária Pontal, localizada no município de Gongogi (BA), promoveu no último dia 22 de abril o “Dia de Campo Agropecuária Pontal: 18 anos do Nelore de excelência”. O evento teve como objetivo principal apresentar os principais resultados zootécnicos do rebanho e, assim, reafirmar sua posição como uma das mais conceituadas do País.
Para abrir o palco do dia de campo com apresentação de resultados e perspectivas futuras tivemos o Médico Veterinário e diretor da Agropecuária Pontal, Eduardo Amaral, que implantou uma pecuária de resultados, eficiente, sustentável e de ciclo curto, sendo apontado como referência quando o assunto é gestão rural. Eduardo assumiu a gestão da empresa, há 14 anos, disposto a enfrentar os desafios que o setor apresenta: altos custos produtivos, baixa eficiência, índices zootécnicos insatisfatórios, áreas de pastagem subutilizadas e a falta de mão obra devidamente treinada e alinhada com os seus objetivos.
Trazendo no peito uma paixão pelo agro que vem desde a sua infância, aliada com perseverança, experiência de vida, conhecimentos técnicos e uma mente aberta para as novas tecnologias e metodologias que o mercado tem para oferecer, Eduardo, juntamente com sua equipe - que hoje conta com 131 colaboradores -, elevou a Agropecuária Pontal ao nível de referência quando o assunto é pecuária lucrativa e sustentável a pasto.
“A Agropecuária Pontal trabalha em busca da excelência, pecuária de ciclo curto, produzindo mais, em menos tempo e em menor área. Buscando uma harmonia de uma pecuária moderna de alta produtividade com o meio ambiente. O dia de campo veio em comemoração aos 18 anos do projeto e um momento para apresentar nosso projeto e resultados, podendo contribuir com a pecuária nacional através de informação e genética de um nelore de excelência e de alta produção.” – Afirma Eduardo Amaral. 
Outro grande nome que subiu ao palco foi do Zootecnista Juliano Resende, especialista em Nutrição de Bovinos de Corte. O consultor, renomado e muito requisitado na área, apresentou a importância e os principais resultados da suplementação concentrada na recria e engorda a pasto da Agropecuária. O intitulado ‘Programa Pontal’, por exemplo, demonstra o diferencial da suplementação durante a terminação, trabalhando com dietas de alta densidade energética e baixos teores de proteína, buscando ganho de tecido adiposo e rendimento de carcaça. Em sua apresentação, ressaltou também a importância da pesagem periódica do gado na propriedade para que se tenha uma pecuária eficiente e de precisão, afinal, como ressaltou o nutricionista ‘não se pode gerir o que não se mede’.
Em sequência, a palavra foi passada ao professor Adilson Aguiar, referência nacional quando se trata de manejo de pastagens. O Zootecnista apresentou o que vem sendo feito nos projetos pecuários mais rentáveis, apresentado resultados da própria Pontal. Além de evidenciar os custos produtivos (R$/@) em fazendas de recria, engorda e ciclo completo, Adilson destacou, a partir da sua vasta experiência, as nove etapas para uma gestão econômica eficiente em propriedades rurais partindo sempre da premissa: “Comecem sempre pelo básico bem-feito.”, afirmou.
Para fechar a manhã de palestras, subiram ao palco Robson Carreira e Lucas Sales, representando o programa de melhoramento para bovinos de corte (PAINT) da CRV Lagoa, que vieram reforçar a maestria genética que a Pontal vem apresentando como marco para a raça Nelore no Brasil. Selecionando animais não só por características de carcaça, eficiência produtiva e reprodutiva, os animais da Pontal também se destacam pela docilidade e facilidade de manejo, além do claro destaque em conformação para rendimento de carcaça.
Estavam à disposição também para os participantes exemplares de machos e fêmeas para compra nos piquetes de exposição. Os animais dispostos no local apresentaram evidente superioridade genética, padrão racial, capacidade de
hereditariedade e conformação exemplares para os amantes de uma pecuária eficiente, rentável e sustentável, arrancando elogios dos presentes no evento.
*Este material não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On.

Na última segunda-feira, 3 de abril, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) lançou nota proibindo o armazenamento, comercialização e uso de vacinas contra a febre aftosa em seis Estados e no Distrito Federal (DF), conforme estabelecido na portaria MAPA Nº 574, de 31 de março de 2023. Tal medida foi divulgada no Diário Oficial da União (DOU) e já era prevista, dando continuidade ao avanço do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA). Além do DF, os Estados proibidos são pertencentes ao grupo IV do programa e englobam: Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins.
O Plano Estratégico foi delineado para ser executado em um período de dez anos, iniciando em 2017 e encerrando em 2026 e tem como objetivo criar e manter condições sustentáveis para garantir o status do Brasil como país livre da febre aftosa. Outra consequência do plano será a ampliação das zonas livres de febre aftosa sem vacinação, protegendo o patrimônio pecuário nacional e gerando o máximo de benefícios aos envolvidos e à sociedade brasileira. De acordo com o MAPA, em nota, as sete unidades Federativas que não precisarão mais vacinar seu rebanho bovino e bubalino contra a febre aftosa somam aproximadamente 113 milhões de cabeças, representando cerca de 48% do rebanho total do País.
"Um dos critérios para a importação de produtos de origem animal é a condição sanitária do país exportador. Países ou zonas que são livres de febre aftosa sem vacinação têm acesso a mercados mais exigentes e que remuneram melhor, uma vez que essa doença representa um grande risco para a produção”, explica o diretor. Pensando em benefícios diretos e imediatos à cadeia produtiva, a retirada da vacinação suspende alguns custos, gerando alívio aos caixas dos produtores, sendo uma oportunidade para que parte dos recursos seja redirecionado para outros custeios e investimentos necessários à manutenção do status sanitário já alcançado.
Vale ressaltar que, atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm a certificação internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação. Até o momento, não haverá restrição na movimentação de animais e de produtos entre os estados do Bloco IV e as demais Unidades Federativas que ainda praticam a vacinação contra a febre aftosa no país. Isso porque o pleito brasileiro para o reconhecimento internacional de zona livre sem vacinação não será apresentado à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) ainda esse ano, dando tempo para que outros Estados do Bloco IV executem as ações necessárias para a suspensão da vacinação, fazendo com que o pleito seja apresentado posteriormente de forma conjunta.
Assim, salienta-se que a proibição da vacinação não significa o relaxamento das medidas de vigilância e prevenção contra a febre aftosa. Para garantir a saúde dos animais e evitar a propagação de doenças, os produtores devem manter as informações do rebanho sempre atualizadas e informar imediatamente qualquer suspeita de doença aos órgãos responsáveis.
*Este material não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On.

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Foto: arquivo/Daniela Cotrim</pre>

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Mais um peso no bolso do produtor. No dia 18 de agosto de 2020, o Minist&eacute;rio da Agricultura Pecu&aacute;ria e Abastecimento (MAPA) emitiu o Decreto n&ordm; 10.468, que apresentou uma posi&ccedil;&atilde;o mais rigorosa com rela&ccedil;&atilde;o &agrave;&nbsp;presen&ccedil;a&nbsp;de cistos de Cysticercus bovis (cisticercose bovina) nas carca&ccedil;as. Contudo, esse Decreto estava sob prorroga&ccedil;&atilde;o da Instru&ccedil;&atilde;o Normativa (IN) 121/2021, a qual estabelecia um prazo para adequa&ccedil;&atilde;o dos estabelecimentos de abate e pecuaristas &aacute;s normas de melhoria sanit&aacute;ria na qualidade da mat&eacute;ria-prima. Em outras palavras: deu-se um prazo de 18 meses, a partir da data de emiss&atilde;o da IN, para controle da cisticercose bovina dentro das propriedades. A partir de agora nem um cisto, mesmo calcificado (morto), encontrado na carca&ccedil;a, ou v&iacute;sceras, ser&aacute; tolerado e o pecuarista receber&aacute; abatimentos no acerto financeiro.

A cisticercose, seu ciclo e controle 

A cisticercose bovina é uma das doen&ccedil;as com maior n&uacute;mero de diagn&oacute;sticos, feitos pelos Serviços de Inspeção Sanitária (SIM, SIE, SISBI e SIF), nas plantas frigoríficas do Brasil durante a realização do exame post mortem. É considerada uma zoonose (doen&ccedil;a infecciosa transmitida entre animais e pessoas) de grande importância na saúde pública e ocasiona perdas econômicas tanto para os produtores quanto para as indústrias, isto devido a necessidade de tratamentos condicionais ou condenações de carcaças e vísceras de bovinos contaminados. Trata-se de uma doença transmitida por alimentos, sendo parte do complexo teníase-cisticercose, em que o homem é o hospedeiro definitivo do parasita Taenia saginata e elimina ovos junto as fezes.

J&aacute; o bovino, este se infecta ao consumirem água ou pastagem contaminada com ovos viáveis do parasita. O parasita, ent&atilde;o, se dissemina, via circula&ccedil;&atilde;o sangu&iacute;nea e linf&aacute;tica, e se instala nos órgãos e músculos dos animais desenvolvendo, assim, a sua forma larvar que &eacute; o cisticerco. Desta forma, o bovino &eacute; considerado um hospedeiro intermedi&aacute;rio do ciclo, n&atilde;o eliminando formas no ambiente, logo, o homem s&oacute; se contamina por meio da ingest&atilde;o da carne ou v&iacute;sceras contaminadas do animal (Figura 1).

<img alt="" src="/fotos/aratu_colunas_posts/318/mg/figura1.jpg" style="width: 700px; height: 420px;" /> 
&nbsp;Figura 1. Ciclo de vida da T&ecirc;nia (Brasil Escola, 2020)

Interromper o ciclo evolutivo do parasita deve ser a estrat&eacute;gia fundamental. A preven&ccedil;&atilde;o,&nbsp;a partir da utiliza&ccedil;&atilde;o protocolos de vermifuga&ccedil;&atilde;o tanto para os animais (consultar&nbsp;veterin&aacute;rio) quanto para equipe da fazenda e seus familiares (semestralmente), segue&nbsp;sendo a melhor op&ccedil;&atilde;o. O fornecimento de infraestrutura sanit&aacute;ria e educa&ccedil;&atilde;o para os&nbsp;moradores das propriedades rurais, e proximidades, deve estar entre as prioridades.&nbsp;Outros dois pontos de devem ser destacados s&atilde;o: o tratamento da &aacute;gua (flocula&ccedil;&atilde;o,&nbsp;sedimenta&ccedil;&atilde;o e filtra&ccedil;&atilde;o) e evitar o consumo de carne n&atilde;o inspecionada inspe&ccedil;&atilde;o e que&nbsp;n&atilde;o passou por tratamento por frio (congelamento) ou calor (cozimento).

Legisla&ccedil;&atilde;o vigente

De acordo com o Decreto n&ordm; 10.468, de 18 de agosto de 2020, as carca&ccedil;as que&nbsp;apresentarem cistos de Cysticercus bovis (cisticercose bovina) devem ser destinadas a&nbsp;tratamento a frio ou a calor (conserva).

&sect; 2&ordm; Nas infec&ccedil;&otilde;es leves ou moderadas, caracterizadas pela detec&ccedil;&atilde;o de cistos&nbsp;vi&aacute;veis ou calcificados em quantidades que n&atilde;o caracterizem a infec&ccedil;&atilde;o&nbsp;intensa, esta deve ser destinada ao tratamento condicional pelo frio ou pelo&nbsp;calor, ap&oacute;s remo&ccedil;&atilde;o e condena&ccedil;&atilde;o das &aacute;reas atingidas.

Antes deste Decreto, caso fossem encontrados cisticercos calcificados, na carca&ccedil;a ou&nbsp;nas v&iacute;sceras, a por&ccedil;&atilde;o era removida e a carca&ccedil;a estaria liberada normalmente. Pela nova&nbsp;regra, mesmo encontrando-se apenas um cisticerco calcificado na carca&ccedil;a, esta ser&aacute;&nbsp;penalizada e destinada a um tratamento t&eacute;rmico, acarretando preju&iacute;zos econ&ocirc;micos ao&nbsp;produtor. Vale salientar, ainda, que ao serem encontrados em pesquisa, na carca&ccedil;a ou&nbsp;nas v&iacute;sceras, mais de 8 cistos, vi&aacute;veis ou calcificados, a carca&ccedil;a &eacute; destinada por&nbsp;completo a graxaria.&nbsp;

Pesando no bolso

A Confedera&ccedil;&atilde;o da Agricultura e Pecu&aacute;ria do Brasil segue cautelosa e afirma em nota:

&quot;A referida mudan&ccedil;a foi realizada diante da necessidade de dar garantias da&nbsp;destrui&ccedil;&atilde;o do Cysticercus bovis, garantindo que o consumidor n&atilde;o seja acometido&nbsp;pela enfermidade, prezando pelos cuidados para a sa&uacute;de p&uacute;blica. A altera&ccedil;&atilde;o foi&nbsp;resultado de novas publica&ccedil;&otilde;es cient&iacute;ficas que comprovaram o risco &agrave; sa&uacute;de&nbsp;p&uacute;blica, al&eacute;m de equiparar a legisla&ccedil;&atilde;o nacional &agrave; internacional, como as dos&nbsp;Estados Unidos, do Reino Unido, do Canad&aacute;, do Chile, da Argentina e da Uni&atilde;o&nbsp;Europeia. Al&eacute;m disso, as novas recomenda&ccedil;&otilde;es est&atilde;o alinhadas com o&nbsp;preconizado pela Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de Animal (OIE) e pela&nbsp;Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para Alimenta&ccedil;&atilde;o (FAO). O antigo crit&eacute;rio de&nbsp;julgamento vinha sendo questionado por &oacute;rg&atilde;os de controle (CGU e TCU) como&nbsp;inadequado, pois apresentava regras de sa&uacute;de p&uacute;blica mais rigorosas quando o&nbsp;produto era destinado para a exporta&ccedil;&atilde;o do que quando comparado como os&nbsp;destinados ao mercado nacional.&rdquo;

Ao voltarmos a aten&ccedil;&atilde;o para os impactos efetivos no bolso do produtor, podemos&nbsp;observar abatimentos no valor da @ entre 50 e 100%. Quando a carca&ccedil;a &eacute; destinada a&nbsp;tratamento a frio (TF), o pecuarista &eacute; penalizado em 50% do valor da @; quando esta &eacute;&nbsp;destinada a tratamento por calor (Conserva) o valor recebido cai para 30%; e se a&nbsp;carca&ccedil;a for destinada a graxaria o desconto ser&aacute; de 100%, ou seja, o produtor n&atilde;o&nbsp;receber&aacute; por ela.

Todos os esfor&ccedil;os da porteira para dentro seguem sendo importantes para a melhoria&nbsp;na qualidade e seguran&ccedil;a da cadeia produtiva. A legisla&ccedil;&atilde;o segue rigorosa e cautelosa&nbsp;nos protocolos de inspe&ccedil;&atilde;o, e os frigor&iacute;ficos seguem repassando os preju&iacute;zos das&nbsp;condena&ccedil;&otilde;es, j&aacute; que tamb&eacute;m se prejudicam, financeiramente, com elas. Diante deste&nbsp;cen&aacute;rio, recomenda-se que o pecuarista siga se planejando e seguindo os protocolos de&nbsp;preven&ccedil;&atilde;o para que n&atilde;o sofra mais com as penaliza&ccedil;&otilde;es impostas.

*Este material n&atilde;o reflete, necessariamente, a opini&atilde;o do&nbsp;Aratu On.

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Foto: arquivo pessoal/Daniela Cotrim</pre>

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N&atilde;o foram poucos os desafios enfrentados pelos brasileiros nos dois &uacute;ltimos anos. O prolongamento inesperado da pandemia da Covid-19 provocou intensas mudan&ccedil;as no cen&aacute;rio produtivo e econ&ocirc;mico nacional, o que exigiu de todo o setor produtivo da carne um extenso trabalho, a fim de refor&ccedil;ar a qualidade e a seguran&ccedil;a do produto que chega &agrave; mesa n&atilde;o s&oacute; dos brasileiros, mas de consumidores de todo o mundo. Diante deste cen&aacute;rio, a for&ccedil;a da pecu&aacute;ria brasileira foi posta &agrave; prova e passou de forma clara e assertiva neste duro teste, cumprindo a sua miss&atilde;o, refor&ccedil;ando a sua posi&ccedil;&atilde;o de protagonismo no mercado mundial e destacando-se por mais recordes do setor.

De acordo com dados da Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira das Ind&uacute;strias Exportadoras de Carne (ABIEC, 2022), o Brasil encerrou o ano de 2021 com um recorde no volume de carne bovina exportada. Foram um total de 2,4 milh&otilde;es de TEC (toneladas em equivalente em carca&ccedil;a) embarcadas, o que correspondeu a US$ 9,2 bilh&otilde;es, representando uma alta de 8,4% em rela&ccedil;&atilde;o ao ano anterior, levando o pa&iacute;s a mais um recorde. Esse feito &eacute; resultado de um importante trabalho envolvendo pecuaristas, o Minist&eacute;rio da Agricultura e o setor privado o qual, em conjunto, refor&ccedil;aram quest&otilde;es sanit&aacute;rias a n&iacute;veis internacionais, conquistando a confian&ccedil;a do mercado externo e mantendo o pa&iacute;s com o t&iacute;tulo de maior exportador mundial de carne, representando 16% do com&eacute;rcio internacional.

Todos os esfor&ccedil;os, mesmo em meio ao cen&aacute;rio de crise, sustentaram a ascens&atilde;o da pecu&aacute;ria nacional. Em 2019, o PIB da Pecu&aacute;ria de Corte representou 8,4% da economia brasileira; j&aacute; em 2020 passou a representar 10% do PIB brasileiro. Ressalta-se que isso ocorreu mesmo com todo cen&aacute;rio de decl&iacute;nio de faturamentos dos outros setores em virtude da pandemia. Em 2021 o setor conseguiu mais recordes de representatividade, alcan&ccedil;ando a marca de 10,5% do PIB nacional, movimentando R$ 913,14 bilh&otilde;es. Assistimos, ent&atilde;o, um bi&ecirc;nio caracterizado como sendo um dos melhores da hist&oacute;ria do agroneg&oacute;cio brasileiro, que superou todas as expectativas.

Estes resultados s&atilde;o frutos de um amplo exerc&iacute;cio de melhoria cont&iacute;nua envolvendo tecnologia e qualifica&ccedil;&atilde;o de m&atilde;o de obra, diversos elos do setor pecu&aacute;rio, englobando milhares de profissionais e abrindo espa&ccedil;o para novos interessados no agroneg&oacute;cio. De acordo com dados fornecidos pelo Cepea (Centro de Estudos Avan&ccedil;ados em Economia Aplicada, Esalq/USP), em 2021 a popula&ccedil;&atilde;o ocupada com o agroneg&oacute;cio somou 18,45 milh&otilde;es de pessoas, representando um aumento de 5,5%, ou 958 mil pessoas, frente ao ano de 2020. Desta forma, a participa&ccedil;&atilde;o do agroneg&oacute;cio no mercado de trabalho nacional foi de 20,21%.

Apesar dos recordes do &uacute;ltimo bi&ecirc;nio, o ano de 2022 v&ecirc;m apresentando baixas. O PIB do setor apresentou recuo de 2,48% nos primeiros seis meses do ano. O cen&aacute;rio &eacute; fundamentado, especialmente, pela alta expressiva dos custos com insumos, tanto na agropecu&aacute;ria quanto nas agroind&uacute;strias, e refor&ccedil;ado pela conjuntura de guerra da R&uacute;ssia contra a Ucr&acirc;nia, culminando em impactos significativos no mercado de combust&iacute;veis e fertilizantes. De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econ&ocirc;mica Aplicada (Ipea) apresentados hoje (22/09), deve haver uma redu&ccedil;&atilde;o de 1,7% no PIB da Agropecu&aacute;ria Brasileira neste ano. Contudo, vale ressaltar que o Ipea levou em considera&ccedil;&atilde;o apenas as atividades &ldquo;da porteira para dentro&rdquo;, desconsiderando os demais elos da cadeia.

O setor reconhece os desafios, mas ressalta que o resultado em 2022 ainda pode ser considerado favor&aacute;vel. De acordo com nota expressa da Cepea/Esalq-USP em parceria com a Confedera&ccedil;&atilde;o da Agricultura e Pecu&aacute;ria do Brasil (CNA), estima-se que a participa&ccedil;&atilde;o do setor no total fique em por volta de 25,5% em 2022, pouco abaixo dos 27,5% registrados em 2021. Nos encontramos a aproximadamente 100 dias para encerramos o ano de 2022 e as perspectivas para a agropecu&aacute;ria brasileira, Safra 2022/2023, seguem firmes.

*Este material n&atilde;o reflete, necessariamente, a opini&atilde;o do&nbsp;Aratu On.

Elenco famoso, trama de vingan&ccedil;a, reviravoltas e personagens pol&ecirc;micos, Beleza Fatal entrega em sua proposta um modelo que agrada &agrave; espectatorialidade brasileira. Criada por Raphael Montes (Bom Dia, Ver&ocirc;nica), o maior ponto de qualidade da novela &eacute; a consci&ecirc;ncia que a equipe tem de que est&aacute; fazendo novela e precisa apostar nos modelos basilares do formato para alcan&ccedil;ar o que deseja mostrar.
H&aacute; uma coragem de Montes em investir em uma narrativa que se vale dos clich&ecirc;s e das conforma&ccedil;&otilde;es &lsquo;novel&iacute;sticas&rsquo;. Assim, o p&uacute;blico que gosta de telenovelas vai encontrar elementos j&aacute; conhecidos por ele: o n&uacute;cleo c&ocirc;mico, que &eacute; o da fam&iacute;lia sem dinheiro, os ricos apodrecidos, a vil&atilde; inescrupulosa etc. E esses pontos comuns reunidos revelam que h&aacute; uma consci&ecirc;ncia em convocar um padr&atilde;o familiar (<a href="https://aratuon.com.br/variedades/astrologa-preve-futuro-de-boninho-no-sbt-vai-explodir-e-passar-a-globo" target="_blank" rel="noopener">Oi, Globo</a>) para aproximar a audi&ecirc;ncia da produ&ccedil;&atilde;o.
Dessa forma, a HBO (emissora da novela) investe em Beleza Fatal e deixa n&iacute;tido que est&aacute; atenta a essa necessidade de mercado. E para contar essa hist&oacute;ria, com essas marcas comuns narrativas, a produ&ccedil;&atilde;o se vale tamb&eacute;m da est&eacute;tica visual da tradi&ccedil;&atilde;o de telenovela. O uso da luz mais chapada e aberta eleva a potencialidade desse universo de riqueza, beleza e cirurgia pl&aacute;stica, que &eacute; uma das bases do enredo.
Essa ilumina&ccedil;&atilde;o, aparentemente menos sofisticada, vem de um modelo de produ&ccedil;&atilde;o, por exemplo, no qual novelas originais s&atilde;o exibidas diariamente em tr&ecirc;s hor&aacute;rios. Por isso, diversas vezes, o apelidado de &ldquo;Luz de Maracan&atilde;&rdquo; era acionado. Ainda que esse n&atilde;o seja o caso de Beleza Fatal, a obra mostra o conhecimento dessa visualidade e elabora a constru&ccedil;&atilde;o de atmosfera se valendo das marcas de seu pr&oacute;prio formato.
Algo semelhante pode ser observado no uso das sombras. Elas est&atilde;o ali, principalmente, para acompanhar as personagens centrais da trama: a mocinha Sophia (Camila Queiroz) e a vil&atilde; Lola (Camila Pitanga). Olhar para Beleza Fatal &eacute; constatar as caracter&iacute;sticas est&eacute;ticas de telenovelas, e essa &eacute; uma das confirma&ccedil;&otilde;es. Assim como as sombras, a maioria dos recursos est&eacute;ticos, de encena&ccedil;&atilde;o e de som, estar&atilde;o &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o das duas figuras principais e do embate: mocinha x vil&atilde;.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/a6c9e8b7-55f3-46ae-9060-85720c572356.jpg?width=700&amp;height=422" alt="Foto: reprodu&ccedil;&atilde;o">
E &eacute; esse o diferencial desse tipo de formato e de produ&ccedil;&atilde;o. A plateia vai vibrar, torcer e se engajar com a rivalidade entre as personagens centrais estabelecidas pela obra. Todo o resto n&atilde;o pode ser largado, mas &eacute; menor. E por ter esse foco, a sensa&ccedil;&atilde;o de conex&atilde;o com a hist&oacute;ria se eleva. Dessa maneira, os pontos visuais e sonoros ser&atilde;o delas: de Lola e de Sophia - majoritariamente.&nbsp;
Quando o consumidor olhar para a cor rosa vibrante, vai imediatamente pensar em Lola. Amarelo (e suas deriva&ccedil;&otilde;es), em Sophia - seus cabelos, a roupa da sua m&atilde;e na pris&atilde;o. O fato de a jovem ir perdendo esse brilho puro pela sede de vingan&ccedil;a tamb&eacute;m &eacute; emblem&aacute;tico para a narrativa e posto de forma visual. Dentro de todas essas l&oacute;gicas, o que move as escolhas da produ&ccedil;&atilde;o &eacute; acertado, por&eacute;m falta ao produto sustentar a sua cria&ccedil;&atilde;o.
Em termos de enredo, al&eacute;m da obviedade dos encaminhamentos da hist&oacute;ria, as solu&ccedil;&otilde;es repetidas cansam. A inser&ccedil;&atilde;o dos problemas, as tens&otilde;es e como tudo ser&aacute; resolvido s&atilde;o quase id&ecirc;nticos em cada bifurca&ccedil;&atilde;o da trama. Assim, com certeza, Sophia vai descobrir um segredo de Lola ou da fam&iacute;lia Argento &mdash; os ricos, donos de tudo e corruptos &mdash;, ultrapassar todos os limites para expor o que encontrou de ruim e ser rebatida pela for&ccedil;a da influ&ecirc;ncia dos Argento e de sua arqui-inimiga.&nbsp;
Sem uma din&acirc;mica de progress&atilde;o ou controle das for&ccedil;as, a import&acirc;ncia do que est&aacute; sendo mostrado se esvai. E isso atinge o elenco, fazendo com que todos os n&uacute;cleos fiquem monoc&oacute;rdicos. A &uacute;nica atriz que se salva disso &eacute; Julia Stockler, a Gisela, porque ela vai al&eacute;m do que est&aacute; na obra e cria, atrav&eacute;s da voz e do corpo, outros tons para seu papel.&nbsp;
De toda maneira, a novela come&ccedil;a a ficar cansativa com tantos ciclos iguais. Outro elemento que pode ter interferido nessa sensa&ccedil;&atilde;o de repeti&ccedil;&atilde;o &eacute; sua forma de grava&ccedil;&atilde;o. As sequ&ecirc;ncias foram rodadas por loca&ccedil;&atilde;o, do in&iacute;cio ao fim. Talvez, por isso, reste uma impress&atilde;o de que n&atilde;o houve um desandar temporal e situacional. Quase todas as personagens agem sempre em um mesmo tom e a cria&ccedil;&atilde;o de atmosfera &eacute; semelhante o tempo inteiro.&nbsp;
Gradativamente, Beleza Fatal passa a ser entediante, cansativa e repetitiva. Ainda que ela cumpra uma fun&ccedil;&atilde;o importante no que se refere ao mercado da teledramaturgia brasileira, n&atilde;o basta introduzir uma obra que chame o p&uacute;blico. A manuten&ccedil;&atilde;o da qualidade e o cuidado com a espectatorialidade do consumidor &eacute; o que garante seu retorno.
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*Este material n&atilde;o reflete, necessariamente, a opini&atilde;o do Aratu On

Declara&ccedil;&atilde;o de ajuste anual do <a href="https://aratuon.com.br/economia/declaracao-do-imposto-de-renda-comeca-nesta-segunda-feira-confira-" target="_blank" rel="noopener">imposto de renda</a>. Voc&ecirc; j&aacute; ouviu falar da declara&ccedil;&atilde;o pr&eacute;-prenchida? O que &eacute;, quem pode e quais os pontos de aten&ccedil;&atilde;o? A declara&ccedil;&atilde;o pr&eacute;-prenchida do imposto de renda &eacute; uma funcionalidade oferecida pela Receita Federal do Brasil, que permite ao contribuinte iniciar a declara&ccedil;&atilde;o com diversas informa&ccedil;&otilde;es j&aacute; preenchidas automaticamente.&nbsp;
A declara&ccedil;&atilde;o pr&eacute;-prenchida utiliza dados fornecidos por fontes pagadoras, institui&ccedil;&otilde;es financeiras, planos de sa&uacute;de e outros &oacute;rg&atilde;os. Isso reduz o risco de erros e facilita o preenchimento, j&aacute; que o contribuinte precisa apenas revisar e complementar as informa&ccedil;&otilde;es.
Podem utilizar a declara&ccedil;&atilde;o pr&eacute;-prenchida:
<ul style="text-align: justify;">
<li>todos os contribuintes que possuem a senha gov.br no n&iacute;vel "prata ou "ouro". Se for bronze, eleve seu n&iacute;vel de seguran&ccedil;a;</li>
<li>quem tamb&eacute;m utiliza o programa do Imposto de Renda de Pessoa F&iacute;sica (vers&atilde;o de computador ou aplicativo m&oacute;vel), ou o servi&ccedil;o "Meu Imposto de Renda", no E-CAC;</li>
<li>contribuintes que entregaram a declara&ccedil;&atilde;o no ano anterior e j&aacute; tem os seus dados na <a href="https://aratuon.com.br/economia/receita-federal-libera-consulta-ao-lote-da-malha-fina-veja-detalhes" target="_blank" rel="noopener">base da Receita Federal</a> tamb&eacute;m poder&aacute; usar a declara&ccedil;&atilde;o pr&eacute;-prenchida.</li>
</ul>
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*Este material n&atilde;o reflete, necessariamente, a opini&atilde;o do Aratu On

Pesada, sombria e intensa, Adolesc&ecirc;ncia &eacute; uma das novas miniss&eacute;ries da Netflix. A premissa em si j&aacute; d&aacute; um n&oacute; na garganta, porque trata sobre um garoto de 13 anos, Jamie Miller (Owen Cooper), que &eacute; acusado de assassinar sua colega de escola. Apesar de algumas irregularidades, a s&eacute;rie impressiona por sua consci&ecirc;ncia de encena&ccedil;&atilde;o e desenho de som.
Como &eacute; que se conta uma hist&oacute;ria t&atilde;o assombrosa quanto essa? Como setar o tom, sem ultrapassar limites? Em termos de diegese e extra-diegese (o que h&aacute; dentro e fora da narrativa), a produ&ccedil;&atilde;o lida com essa premissa indigesta. Dentro da trama, um menino &eacute; preso por um crime de viol&ecirc;ncia extrema. Para que o impacto da situa&ccedil;&atilde;o seja sentido desde o in&iacute;cio, as din&acirc;micas da mise-en-sc&egrave;ne s&atilde;o exploradas.
A sequ&ecirc;ncia da pris&atilde;o de Jamie acontece nos primeiros minutos do seriado e &eacute; um excelente exemplo da qualidade do trabalho aqui. A come&ccedil;ar pelo fato de que ela tem poucos planos fechados, com movimenta&ccedil;&otilde;es espaciais intensas e mudan&ccedil;as geogr&aacute;ficas - como a ida da pol&iacute;cia do primeiro andar da casa de Jamie para o segundo.&nbsp;
A luz da interna &eacute; baixa, com a arte trabalhada na temperatura azulada e pontos de luz que v&ecirc;m dos policiais. Os sons possuem diversas camadas. Assim, o ambiente de caos &eacute; instaurado. Imagens e sons acelerados e intensos fazem com que o espectador se aproxime das emo&ccedil;&otilde;es das personagens - como de desespero e d&uacute;vida.&nbsp;
Al&eacute;m disso, nesta sequ&ecirc;ncia inicial e at&eacute; o final do primeiro epis&oacute;dio, o p&uacute;blico ainda n&atilde;o sabe para quem torcer ou o que pensar exatamente do que est&aacute; ocorrendo. H&aacute; uma organicidade dos movimentos do elenco, das c&acirc;meras e ru&iacute;dos que direcionam a plateia, em uma dan&ccedil;a sinuosa entre a&ccedil;&otilde;es f&iacute;sicas, amor familiar e contradi&ccedil;&otilde;es humanas.
Em termos de sons, ap&oacute;s a sa&iacute;da da casa dos Miller, a pot&ecirc;ncia do trabalho de sonoridades de Adolescence se eleva. A partir dali, quem assiste &eacute; convidado a mergulhar cada vez mais na atmosfera daquele universo ficcional. Quem faz o folley desta produ&ccedil;&atilde;o brilha - &nbsp;juntamente com toda a equipe de som. Cada elemento sonoro evoca um sentimento e explica cada situa&ccedil;&atilde;o vivenciada.&nbsp;
Depois do piloto, cada epis&oacute;dio se passa em um contexto - o que faz a s&eacute;rie cair um pouco, &eacute; verdade, mas chegaremos l&aacute; -, mas, ainda assim, o espectador sente que est&aacute; presente na narrativa justamente por conta dessa preocupa&ccedil;&atilde;o com os detalhes do som. Os ru&iacute;dos da escola, da delegacia, da sala de terapia entregam uma experi&ecirc;ncia narrativa particular.
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Est&aacute; tudo ali: as portas que abrem e fecham (aumentando ou diminuindo o som de uma ambiente), os telefones que tocam, as escadas do col&eacute;gio que t&ecirc;m aquele barulhinho de t&ecirc;nis rangendo. Mas, ainda melhor, o uso do sil&ecirc;ncio. Com toda esta l&oacute;gica de sonoridades, a aus&ecirc;ncia de ru&iacute;dos &eacute; potente, &eacute; simb&oacute;lica, &eacute; desconfort&aacute;vel. O auge desta estrat&eacute;gia tamb&eacute;m &eacute; no piloto.
A cena que tem um plano m&eacute;dio de Eddie Miller (Stephen Graham), pai de Jamie, vendo o filho ser revistado, sem roupas, pelos policiais, &eacute;, talvez, a melhor (em termos de qualidade, de sensa&ccedil;&otilde;es &eacute; a pior) parte de toda a produ&ccedil;&atilde;o. &Eacute; muito inteligente como as dire&ccedil;&otilde;es - geral, fotografia e arte - mant&eacute;m a integridade do menino sem tirar o peso do contexto da trama.
Toda a sequ&ecirc;ncia da vistoria em Jamie &eacute; um plano longo em Eddie. O p&uacute;blico v&ecirc; apenas a sua rea&ccedil;&atilde;o e escuta o sil&ecirc;ncio frio da sala da delegacia, interrompido somente pelas indica&ccedil;&otilde;es dos policiais. Cada microexpress&atilde;o de Stephen &eacute; captada pela plateia. Inclusive, ainda que todo elenco se saia bem, sem exce&ccedil;&otilde;es, Graham &eacute; o grande destaque em termos de atua&ccedil;&atilde;o.
A maneira como o ator joga com a conten&ccedil;&atilde;o versus explos&atilde;o de movimento eleva a potencialidade de significados dos seus sentimentos. As d&uacute;vidas e ang&uacute;stias de um pai que n&atilde;o sabe o que sentir em rela&ccedil;&atilde;o ao seu filho, mesmo o amando, ficam n&iacute;tidas no trabalho de Graham por conta desta din&acirc;mica f&iacute;sica e corporal que ele investe.
No entanto, devido a l&oacute;gica da miniss&eacute;rie, n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel acompanhar a interpreta&ccedil;&atilde;o de Graham durante toda a obra. Modificando os cen&aacute;rios em cada epis&oacute;dio (delegacia, escola, institui&ccedil;&atilde;o psiqui&aacute;trica, casa da fam&iacute;lia Miller), um quebra-cabe&ccedil;a se monta e as trajet&oacute;rias das personagens s&atilde;o narradas. Todavia, ao mesmo tempo que esta estrutura esgar&ccedil;a o conte&uacute;do da hist&oacute;ria, ela impede que as personagens se desenvolvam.
O que ocorreu no crime fica bem explicado no segundo epis&oacute;dio. Dali em diante, o p&uacute;blico encontra repeti&ccedil;&otilde;es. Contudo, ao mesmo tempo, diversas figuras somem do enredo, sendo abandonadas pelo roteiro. &Eacute; por esta raz&atilde;o que, apesar de todo um apuro est&eacute;tico, Adolesc&ecirc;ncia &eacute; melhor em introduzir o seu universo ficcional do que mant&ecirc;-lo.&nbsp;
A obra vale a pena por transmitir sensa&ccedil;&otilde;es profundas, atrav&eacute;s da t&eacute;cnica do audiovisual. Mas, n&atilde;o d&aacute; para se prender ao destino das personagens, sen&atilde;o a decep&ccedil;&atilde;o ir&aacute; se instalar.&nbsp;
Assista ao trailer oficial:
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*Este material n&atilde;o reflete, necessariamente, a opini&atilde;o do Aratu On

Falamos muito sobre foco, mas nem sempre percebemos que tudo o que alimentamos com nossa aten&ccedil;&atilde;o cresce.
Por isso, escolha com cuidado onde coloca sua energia. No final, somos n&oacute;s que cultivamos e tamb&eacute;m quem lida com os frutos do que cresce dentro da gente.
Se voc&ecirc; passa muito tempo alimentando pensamentos de medo, inseguran&ccedil;a, d&uacute;vida&hellip; adivinha? Eles crescem dentro de voc&ecirc;.
E quanto mais crescem, mais moldam sua forma de ver o mundo, de se relacionar e at&eacute; de falar.
Agora, pensa nisso: Sem conex&atilde;o, sua fala tende a ser ignorada pela outra pessoa. Sem escuta, sua fala tende a n&atilde;o considerar o estado emocional do outro.Se voc&ecirc; j&aacute; est&aacute; pensando no que vai responder antes mesmo de ouvir&hellip; t&aacute; perdendo detalhes importantes do que o outro sente.
E sem reflex&atilde;o, suas emo&ccedil;&otilde;es, dores e insatisfa&ccedil;&otilde;es falam por voc&ecirc;.
O problema &eacute; que muitas vezes a gente n&atilde;o percebe o que est&aacute; crescendo dentro. S&oacute; sente o efeito disso: rela&ccedil;&otilde;es desgastadas, falas que n&atilde;o s&atilde;o ouvidas, uma sensa&ccedil;&atilde;o de frustra&ccedil;&atilde;o que parece n&atilde;o ter fim."
Estar presente n&atilde;o &eacute; s&oacute; uma escolha, &eacute; um compromisso. Um compromisso com suas rela&ccedil;&otilde;es, com a sua voz e com quem voc&ecirc; quer ser. O que voc&ecirc; tem alimentado ultimamente? Isso te fortalece ou est&aacute; te drenando?
Se essa reflex&atilde;o fez sentido pra voc&ecirc;, continue me acompanhando atrav&eacute;s das redes sociais: @decidaseexpressar e @gamatai. Porque tem muita coisa que a gente pode transformar, s&oacute; mudando o que cresce aqui dentro.
E n&atilde;o se esque&ccedil;a: o que voc&ecirc; sente, pensa e quer importam. Decida se expressar. At&eacute; a pr&oacute;xima!
*Este material n&atilde;o reflete, necessariamente, a opini&atilde;o do Aratu On

Daniela Cotrim

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