Quer financiar um imóvel? Atenção para as mudanças nas regras da Caixa
A Caixa Econômica Federal trouxe mudanças para o financiamento de imóveis. As alterações aconteceram para a modalidade que usa poupança, evidenciando o SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo).
O uso dessa origem de recursos destaca três mudanças:
1- Na garantia. O imóvel ficará em garantia no valor de até R$ 1,5 milhão. Isso mesmo. O valor máximo da compra para usar o imóvel como garantia.
2 - Quem tem um outro financiamento ativo não pode contratar um novo. Antes, poderia contratar outros financiamentos desde que sua renda fosse compatível com as exigências.
3 - O terceiro e último, que afetará mais a gente, é a redução do limite máximo de crédito concedido. As pessoas terão que dar mais entrada e, na minha opinião, dificulta um pouco a aquisição. Particularmente, considero a variável mais complexa.
Essencialmente, temos dois sistemas de amortização, o SAC e o Price. No SAC, as parcelas vão decrescendo e começando com o valor maior. Depois, vão diminuindo ao longo do tempo. Já o Price inicia com valor menor e se mantém parecidas e com pequenas correções até o seu final.
No SAC, antes, o limite máximo era de 80% de financiamento e 20% de entrada. Com essa mudança vai para 70% de financiamento e você vai ter que desembolsar um pouco mais, 30% da entrada.
No sistema Price, antes o limite máximo era de 70% para financiar, com 30% de entrada. Agora é 50% e 50%.
Reforço que a mudança é na Caixa Econômica Federal. Se você tiver um contrato ativo em um outro banco, poderá conseguir um financiamento pela Caixa. Segundo a Caixa, a demanda foi muito alta com relação ao planejável. Então, acredito eu que, alcançando um controle, essa forma deve ser mudada retornando à modalidade antiga.
Apesar da população ir para outros bancos, não necessariamente encontrarão cenários convidativos, por causa do aumento da taxa de juros. Normalmente, para não desistir, o indivíduo reduz o padrão do imóvel a ser comprado, para essa contemplação, ou deixa para depois.
Nesse contexto, uma retração para a compra de imóvel torna-se inevitável e, neste momento, cabe estudar para ver se uma aplicação financeira na sua reserva será interessante para o uso posterior na aquisição de imóvel ou se um consórcio será mais viável a depender da sua urgência.
*Este material não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On