Economia

Quer financiar um imóvel? Atenção para as mudanças nas regras da Caixa

Colunista On: André LuisContador e Empresário, Presidente do CRCBA
Quer financiar um imóvel? Atenção para as mudanças nas regras da CaixaIlustrativa/Pexels

A Caixa Econômica Federal trouxe mudanças para o financiamento de imóveis. As alterações aconteceram para a modalidade que usa poupança, evidenciando o SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo).


O uso dessa origem de recursos destaca três mudanças:


1- Na garantia. O imóvel ficará em garantia no valor de até R$ 1,5 milhão. Isso mesmo. O valor máximo da compra para usar o imóvel como garantia.


2 - Quem tem um outro financiamento ativo não pode contratar um novo. Antes, poderia contratar outros financiamentos desde que sua renda fosse compatível com as exigências.


3 - O terceiro e último, que afetará mais a gente, é a redução do limite máximo de crédito concedido. As pessoas terão que dar mais entrada e, na minha opinião, dificulta um pouco a aquisição. Particularmente, considero a variável mais complexa.


Essencialmente, temos dois sistemas de amortização, o SAC e o Price. No SAC, as parcelas vão decrescendo e começando com o valor maior. Depois, vão diminuindo ao longo do tempo. Já o Price inicia com valor menor e se mantém parecidas e com pequenas correções até o seu final.


No SAC, antes, o limite máximo era de 80% de financiamento e 20% de entrada. Com essa mudança vai para 70% de financiamento e você vai ter que desembolsar um pouco mais, 30% da entrada.


No sistema Price, antes o limite máximo era de 70% para financiar, com 30% de entrada. Agora é 50% e 50%.


Reforço que a mudança é na Caixa Econômica Federal. Se você tiver um contrato ativo em um outro banco, poderá conseguir um financiamento pela Caixa. Segundo a Caixa, a demanda foi muito alta com relação ao planejável. Então, acredito eu que, alcançando um controle, essa forma deve ser mudada retornando à modalidade antiga.


Apesar da população ir para outros bancos, não necessariamente encontrarão cenários convidativos, por causa do aumento da taxa de juros. Normalmente, para não desistir, o indivíduo reduz o padrão do imóvel a ser comprado, para essa contemplação, ou deixa para depois.


Nesse contexto, uma retração para a compra de imóvel torna-se inevitável e, neste momento, cabe estudar para ver se uma aplicação financeira na sua reserva será interessante para o uso posterior na aquisição de imóvel ou se um consórcio será mais viável a depender da sua urgência.


*Este material não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On


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André Luis

André Luis

Com mais de 13 anos de atuação na contabilidade baiana, André iniciou sua vida na área acadêmica, com o ensino da matemática e da contabilidade. Com o amadurecimento profissional, após passagens por escritórios de contabilidade, abriu sua primeira empresa, a Ampla Contabilidade. Em 2018, chegou à Vice-Presidência do Conselho Regional de Contabilidade da Bahia e, na mesma entidade, foi  Presidente no período de 2022 a 2023.

Instagram: @andre.dedeko

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