Quem era o ex-militar morto após ser obrigado a beber ácido
Tiago Nicolau tinha 30 anos, era ex-militar da FAB e foi rendido por dois homens que o obrigaram a beber ácido
Por Lucas Pereira.
Morto no último dia 18 de junho, após ser obrigado a beber ácido por sequestradores em São Paulo, o ex-militar da Força Aérea Brasileira (FAB), Tiago Augusto Nicolau tinha 30 anos e trabalhava como motorista de aplicativo na cidade de Leme, interior paulista.
Tiago era casado e tinha uma filha. Ele ficou internado por oito dias na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) por conta de queimaduras causadas pela ingestão do ácido. O rapaz havia sido desligado da Aeronáutica por desenvolver um problema na visão, não relacionado à atividade que desempenhava.
Em seu perfil no Facebook, o ex-militar usava a frase “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, lema popularizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
O crime aconteceu no dia 10 de junho, quando Tiago foi sequestrado por dois homens, rendido e levado para uma área de mata, onde foi agredido e obrigado a beber o líquido descrito como “ácido de bateria”. Um trabalhador de uma usina de cana-de-açúcar encontrou o rapaz e acionou os serviços de emergência.
A vítima informou ainda que teve o celular, carteira e o carro que usava para rodar levados pelos suspeitos. Devido à ingestão do ácido, Tiago teve queimaduras graves na boca, língua, faringe e esôfago, não resistindo e morrendo no dia 18. Ele foi velado e enterrado no dia 20.
O crime, relatado inicialmente como roubo, agora é investigado como latrocínio, que é roubo seguido de morte. Até o momento, ninguém foi identificado e os pertencentes da vítima não foram localizados.
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