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População em situação de rua em Salvador cresce 50% em 15 anos; condição afeta 5 mil pessoas

A cidade não dispunha de um levantamento oficial feito pelo município. Portanto, o Censo das Pessoas é o primeiro neste sentido na capital baiana

Por Matheus Caldas

População em situação de rua em Salvador cresce 50% em 15 anos; condição afeta 5 mil pessoasVitor Santos/Sempre
A população em situação de rua de Salvador cresceu 50% em Salvador nos últimos 15 anos. É o que sugere o cruzamento dos dados disponibilizados em 2008, pelo governo federal, e nesta quarta-feira (19/7), pelo prefeito Bruno Reis (União).
De acordo com o gestor, o município identificou que a capital possui, atualmente, 5 mil pessoas nesta condição. Ele se refere ao Censo das Pessoas, feito pela prefeitura, em parceria com o Projeto Axé. Até o momento, Bruno não deu mais detalhes sobre o levantamento.
O número é maior que o apresentado em 2008. Na ocasião, uma pesquisa do antigo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), no segundo mandato do governo Lula (PT), identificou 3.289 pessoas vivendo em situação de rua na capital baiana.
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Apesar do crescimento, o montante é menor que o estimado pela prefeitura. Em 2020, ao portal Bahia Notícias, a Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre) projetou que 6 mil pessoas viviam nesta condição na capital.
À época, a cidade não dispunha de um levantamento oficial feito pelo município. Portanto, o Censo das Pessoas é o primeiro estudo realizado pela gestão municipal sobre o tema.
O crescimento contrasta com a diminuição da densidade demográfica de Salvador. Segundo o último censo divulgado pelo IBGE, com 9% de queda, a cidade foi a capital que mais teve perda de habitantes desde 2010, data do último censo demográfico.
Atualmente, são 2.418.005 moradores, ante 2.675.656 pessoas em 2010 – portanto, em um recorte de tempo mais próximo ao de 2008.
Por outro lado, há diferença de contextos sociais e econômicos em relação há 15 anos. O Censo das Pessoas, que identificou o número de pessoas em vulnerabilidade, foi feito em um panorama socioeconômico adverso, sobretudo pelos impactos causados pela pandemia da Covid-19.
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