MP aciona Colégio São Paulo por venda casada de material didático

Ministério Público da Bahia acionou o Colégio São Paulo por venda casada de material didático

Por Da Redação.

O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) acionou, nesta terça-feira (18), o Colégio São Paulo, localizado no bairro do Itaigara, em Salvador, por prática de venda casada de material didático físico e digital. A investigação, conduzida pelo promotor de Justiça Saulo Mattos, teve início em novembro de 2023, após denúncia de uma consumidora.

Ela relatou que o valor do material didático exigido pela escola ultrapassava o limite de 5% do valor da anuidade escolar, violando a Lei Municipal nº 9.713/2023, que visa garantir que os materiais adotados pelas escolas, como livros e apostilas, sejam utilizados de forma eficiente e dentro de um período adequado, sem se tornarem desatualizados ou obsoletos rapidamente.

O Ministério Público do Estado da Bahia acionou  o Colégio São Paulo por venda casada de material didático. Foto: Reprodução| Google Street View

“O colégio aderiu ao Sistema de Ensino Poliedro, em que os livros físicos devem ser adquiridos como um kit fechado vinculado ao acesso à plataforma digital desse sistema de ensino. Ou seja, estabeleceu-se um verdadeiro sistema fechado de venda em bloco de livros físicos e material didático digital, já que não é possível a aquisição unitária de cada um dos livros físicos com fornecedores diferentes", destacou o promotor de Justiça.

A ação requer que o colégio permita a reutilização de material didático dos anos letivos anteriores, sem prejuízo de disponibilizar o acesso à plataforma digital de material didático do sistema de ensino Poliedro.

Além disso, segundo o MP-BA, o colégio deve assegurar que, caso seja considerado abusivo o valor cobrado pela venda casada de materiais didáticos físicos e digitais no ano letivo de 2025, os estudantes que optarem por não adquirir o novo kit de livros didáticos físicos terão acesso imediato, sem nenhum custo adicional, à plataforma digital de materiais didáticos do sistema de ensino Poliedro adotado pela instituição.

A ação requer que o colégio permita a reutilização de material didático dos anos letivos anteriores. Foto: Reprodução| MP BA

“Diversas denúncias apontaram que a instituição impedia a reutilização de livros didáticos de anos anteriores e obrigava os pais a adquirirem os materiais exclusivamente através de sua plataforma online, sem possibilidade de compra avulsa ou em outros fornecedores", destacou o promotor.

O MP-BA também acionou a empresa Poliedro, exigindo que ela ajuste seu sistema de ensino e colabore, considerando que o colégio São Paulo utiliza o material didático (físico e digital) do Sistema Poliedro como componente principal em seu processo educacional.

Ainda de acordo com o Ministério Público, a justiça deve determinar que o sistema Poliedro apresente o contrato feito com o Colégio São Paulo, quanto à adoção do sistema de ensino e à venda relativa ao material didático pela escola.

O Aratu On entrou em contato com o Colégio São Paulo, mas não obteve retorno até esta publicação.

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