Morte de Paulo Colombiano e Catarina Galindo completa 11 anos sem prisão dos suspeitos e família protesta

Colombiano era tesoureiro do Sindicato dos Rodoviários e Catarina trabalhava no comitê do PCdoB

Por Da Redação.

Morte de Paulo Colombiano e Catarina Galindo completa 11 anos sem prisão dos suspeitos e família protestaarquivo/Aratu ON

A família e os amigos do casal Paulo Colombiano e Catarina Galindo, assassinados em 2010, promovem, nesta terça-feira (29/6), um ato para reclamar da impunidade dos acusados.

Os dois foram mortos a tiros em plena luz do dia, no bairro de Brotas, em Salvador. Em 2012, as investigações apontaram o empresário e oficial aposentado da Polícia Militar Claudomiro César Ferreira Santana e seu irmão, o médico Cássio Antônio, como mandantes do crime.

Funcionários dos dois, Adaílton de Jesus, Edilson Araújo e Wagner Lopes seriam os executores. Na decisão de primeira instância, Cássio Antônio foi retirado do processo, mas a acusação recorreu da decisão.

O processo já tinha chegado à segunda instância, mas sofreu um revés em 2017, quando desembargadores da 2ª Turma da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia devolveram a sentença proferida em primeiro grau, que levava a júri popular os acusados. A alegação da defesa foi de que o primeiro juiz usou "excessos de linguagem".

Com a decisão, o processo deverá ter uma nova sentença de primeira instância, para a "adequação da linguagem", mas só depois que forem apreciados todos recursos que a defesa apresentou aos tribunais de Brasília, com o objetivo de absolver os acusados. Um desses recursos está no Superior Tribunal de Justiça, sem movimentação desde 2020.

RELEMBRE

O duplo homicídio ocorreu há 11 anos e chocou a Bahia. Os dois irmãos suspeitos de planejarem o crime eram proprietários da MasterMed, empresa do ramo de plano de saúde que tinha um contrato com o Sindicato dos Rodoviários, onde Paulo Colombiano era tesoureiro. Claudomiro e Cássio teriam encomendado o crime após Colombiano descobrir uma fraude milionária na prestação de serviços ao sindicato.

O assassinato aconteceu quando ele voltava para casa, depois de ter buscado no trabalho a esposa Catarina, que era funcionária e militante do Comitê Estadual do PCdoB na Bahia. O protesto vai acontecer em frente ao Fórum Ruy Barbosa, em Salvador, a partir das 9h, respeitando as normas sanitárias de prevenção à Covid-19.

Durante todo esse tempo de espera por uma condenação, as pessoas próximas a Colombiano e Catarina têm denunciado a morosidade do sistema de Justiça, o que, para elas, tem significado seletividade penal e impunidade.

"Quando é para prender criminosos poderosos, endinheirados, o processo é essa lentidão que nós estamos acompanhando agora", desabafa Geraldo Galindo, irmão de Catarina.

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