Membros de terreiros do Engenho Velho da Federação fazem manifestação contra intolerância religiosa
Em sua 18ª edição, a comissão que organiza a marcha homenageia Telinha de Yemanjá, que morreu em julho deste ano
Na terça-feira (15/11), feriado da Proclamação da República, comunidades de terreiros sediados no Engenho Velho da Federação e adjacências voltam a realizar a Caminhada pelo Fim da Violência e da Intolerância Religiosa e pela Paz.
Em sua 18ª edição, a comissão que organiza a marcha homenageia Telinha de Yemanjá, que morreu em julho deste ano. A concentração acontece às 14h, no final de linha do bairro, onde fica o busto em homenagem a Mãe Ruinhó.
"Telinha era exemplo como ser humano e no comprometimento com a nossa religião. Com 96 anos, ela participava ativamente de todas as atividades do Terreiro do Cobre e de movimentos do povo de santo como essa caminhada. Quando pensei em criar esse movimento, ela foi comigo em todos os terreiros do nosso bairro para mobilizar as pessoas", conta Mãe Valnizia Bianch, líder espiritual do Terreiro do cobre e idealizadora da caminhada.
A caminhada chama a atenção sobre a necessidade constante de manter a vigilância e o protesto contra os ataques à liberdade de culto. Historicamente, as religiões de matrizes africanas são as denominações que mais têm sofrido ataques generalizados no Brasil contra os seus direitos.
SERVIÇO:
XVIII Caminhada pelo fim da violência e da intolerância religiosa
Quando: 15 de novembro, terça-feira
Onde: Concentração a partir das 14h no final de linha do Engenho Velho da Federação, onde fica o monumento em homenagem a Mãe Ruinhó
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